quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cidade Negra - Que Assim Seja (Clipe Oficial)

Senador Paulo Paim






terça, 18 de agosto de 2010

Paim lidera na pesquisa do Instituto Methodus
Pesquisa do Instituto Methodus, encomendada pelo jornal Correio do Povo com as intenções de voto para o Senado no Rio Grande do Sul, e divulgada nesta terça-feira (17), mostra empate técnico entre o senador petista Paulo Paim, candidato à reeleição, e o peemedebista Germano Rigotto. Paim tem 48,5% e Rigotto 47,7%. Ana Amélia Lemos (PP) aparece com 39,4%. Os demais candidatos aparecem com índices totais inferiores a 5%. Brancos e nulos são 8,9% e, indecisos, 34,8%. Leia Mais
Campanha ao Senado por Beatriz Fagundes - Jornal O Sul Leia
Paim confraterniza com grupo interreligioso Leia
Direção da Amapergs visita Paulo Paim Leia
Paim quer apressar a Consolidação das Leis Sociais O candidato à reeleição ao Senado Paulo Paim (PT) disse nesta segunda-feira (16) que uma das suas prioridades para o próximo mandato será o de reunir em um só documento todos os programas de inclusão social, de transferência de renda e de segurança alimentar do governo federal. “A criação da Consolidação das Leis Sociais é uma sugestão do presidente Lula. Vamos reunir o que há de melhor nestas áreas e transformar programas de governo em políticas de Estado, permanentes e de longo prazo. As leis ficam, independentemente da mudança de governantes”, explica Paim. Leia Mais
Paim participa de lançamento de programa para as mulheres Leia
Sou Paim - Tarso Genro - Veja - Veja vídeos de apoio de políticos, amigos a campanha do senador Paim - http://www.polisicaro.com.br/sistema/link.php?M=19465&N=73&L=113&F=H
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Cooperação

Mobiliddae e Cooperação Internacional/Portugal

Cursos de Português para Estrangeiros

O Instituto Superior Tecnico, da Universidade Tecnica de Lisboa, através do Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional // NMCI, oferece aos estudantes ERASMUS a possibilidade de frequentarem cursos de Português que têm lugar nas suas instalações e poderá ainda organizar um curso de Português para outros estudantes estrangeiros a estudar no IST, dependendo do número de inscrições. Os alunos interessados devem enviar para o NMCI a ficha preenchida»»»
http://nmci.ist.utl.pt/files/pt/Fichalinguas.doc. O valor a pagar irá depender do número de inscrições.

Para mais informações contactar o NMCI Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional : nmci.ist.utl.pt/ .

Dr. Pedro Abreu
E-mail: pedroabreu@iscsp.utl.pt

http://nmci.ist.utl.pt/pt/ist/

Programas de mobilidade
Prazo de candidatura aos programas de mobilidade ERASMUS, BRASIL, SMILE e DUPLOS DIPLOMAS: 1.º Semestre – 30 de Junho2.º Semestre – 30 de Novembro
Coordenadores dos Programas de Mobilidade.

http://nmci.ist.utl.pt/files/en/ERASMUS_scientific_coordinators_IST.pdf

Economia da China

((Economia da China ultrapassa Japão)) http://inteligenciabrasileira.blogspot.com

Vinicius de Morais Embaixador

RIO - No ato de promoção póstuma de Vinicius de Moraes a embaixador, cargo máximo da carreira diplomática, o presidente Lula posa com Maria Luiza (bisneta de Vinicius, à esquerda), Mariana (neta), Luciana (filha), a cantora Miúcha e Georgina (filha). Lula disse ter inveja do poeta, pois ele vivia com a casa aberta, cercado de amigos, cantando e bebendo. Para Lula, Vinicius tinha "o dom de saber escolher pessoas boas para conviver, e não viver cercado de gente chata". Diplomata de carreira, Vinicius foi cassado pelo AI-5 em 1969, quando era primeiro-secretário do Itamaraty...
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/08/16/lula-promove-vinicius-de-moraes-embaixador-917412741.asp
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O que a noticia não acrescenta é que como Embaixador Vinicius tera, com essa, mais uma pensãozinha (aposentadoria) à já recebida por "nos defender" da ditadura!!!!
O engraçado é que aquele negro da 'Revolta da Chibata' ganhou só.... busto!!!!
Realmente as palavras de Lulla são profeticas: "O Negro não precisa de dinheiro, e sim de solidariedade!"
HEITOR (((((º_º))))) CARLOS http://portodoscasais.blogspot.com/
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Final da Libertadores

Polícia Civil instala posto no Beira-Rio para a final da Libertadores18/08/2010 10:33
A Polícia Civil, através da 20ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, com o apoio do Grupamento de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, abrirá o Posto Policial no Estádio Beira Rio às 18hs desta quarta-feira (18/08). O Posto Policial está localizado nas dependências do Estádio, onde funciona a Escola Rubra, ao lado das instalações do Posto da Justiça.
No local, os torcedores poderão efetuar registros de qualquer natureza. Conforme o delegado Leandro Cantarelli Lisardo, que responde pela 20ª DP e Posto Policial do Estádio Beira Rio, os policiais também estarão combatendo eventuais ações de cambistas.
Fonte: Ascom/ PC

Tambores




Como é bom ser Colorado!

Centenário, Campeão do Mundo – FIFA, da Libertadores, da Sul-americana, da Recopa, da Suruga, da Copa do Brasil, Tricampeão Brasileiro, Multicampeão Gaúcho, e por aí vai... O que mais te falta Colorado, depois de ganhar TUDO?

Pois é, mas hoje tem mais, começará TUDO DE NOVO! Tu não perdoas, Colorado! Tu com tantos... Mas é assim, tu gostas mesmo é de sempre ser o primeiro.

O Mundo te respeita, a imprensa te reconhece, teus adversários te temem, teus guerreiros lutam por ti, tua torcida te ama!

Aliás, que mística é esta que apaixona e faz chorar um Gaúcho dos quatro costados? Que magia é esta? Sabemos todos, é a tua história. Da Rua Arlindo para o Mundo, os Irmãos Poppe não tinham a noção de que este Clube se tornasse tão grande e tão conquistador, a tal ponto de ter todos os troféus do Mundo aos seus pés.

De onde vem esta força, este poder? Indagam todos!

A resposta é simples: os que fizeram o Colorado um Clube desta grandeza foram aqueles que assistiam no alambrado da Rua Arlindo; aqueles que construíram cada pedaço dos Eucaliptos, do pavilhão de madeira à arquibancada de concreto; aqueles que construíram pedaço a pedaço do maior templo do futebol no Sul do País, o Gigante da Beira-Rio, aqueles que vibram e se emocionam quando a camisa vermelha está na disputa.

És tu mesmo, torcedor colorado, mesmo que não estejas mais aqui, mas a tua força está; tu que irás ao Beira-Rio ou ficarás na torcida. Tu és o protagonista da história vencedora do S. C. Internacional. É a paixão por este Clube de Futebol que o faz gigante.

Torcedor: quarta-feira é o teu dia!

Colorado, teu povo estará junto contigo, para continuar a festa!

Samanta Cardoso Bertei,
Presidente da Confraria Tambores de Yokohama.
Email: presidente@tamboresdeyokohama.com.br

"TAMBORES": DE YOKOHAMA A ABU DHABI 2010!



Brigada Entrega Medalhas

Brigada Militar entrega medalhas a autoridades e desportistas
18/08/2010 12:38


Nesta quarta-feira (18/8), às 14h30min, no Salão Nobre do Quartel do Comando Geral da Brigada Militar, realizar-se-á a entrega de 18 medalhas de Serviços Relevantes à Ordem Pública da Brigada Militar e de quatro comendas. Concomitantemente, haverá apresentação do vídeo institucional e dos preparativos para a Copa 2014. O ato terá lugar, sito na Rua dos Andradas, 522, bairro Centro, Capital dos gaúchos.

As medalhas que ora serão conferidas destinam-se a distinguir militares, policiais militares, civis, pessoas físicas e/ou jurídicas, brasileiros ou estrangeiros, que no exercício de suas funções e atividades tenham contribuído eficazmente para o desenvolvimento, o aperfeiçoamento e o aprimoramento das atividades da Brigada Militar.

Também serão laureadas as pessoas que tenham atuado de forma marcante e destacada para o prestígio, a imagem e o conceito da Corporação junto à sociedade e a outras organizações, estreitando as relações de amizade e compreensão entre as mesmas, de modo a se tornarem merecedores do reconhecimento público.

A comenda destina-se a distinguir personalidades, órgãos e entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, que se distinguiram por suas relevantes contribuições prestadas à Corporação, e é outorgada por ato do Comandante-Geral.

Fonte: Ascom/ BM

Livro

No próximo domingo dia 22, a literatura afro estará presente na Bienal do Livro.

Às 12h, no estande da Secretaria de Educação, rola um bate-papo com autores e às 15h30, no mesmo local, vai acontecer uma roda de poemas. É o último dia do evento e, se você estiver em SP, aguardamos você lá.

A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo acontece no Pavilhão de Exposições do Anhembi, de 12 a 22 de Agosto de 2010, das 10h às 22h, em São Paulo / SP.

Axé!



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News Negro

Nosso muito obrigado a todos que atenderam nosso pedido de voto em Alaíde do Feijão!
Para ler a matéria íntegra, acesse http://caminhadaazoany.blogspot.com/2010/08/o-publico-escolheu-mae-neide-chica.html



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CEN Brasil.
Acesse: http://www.cenbrasil.org.br

Concurso Beleza Negra

Abertas inscrições para o Concurso Beleza Negra
Correio do Estado
Já estão abertas as inscrições para a edição de 2010 do Concurso "Beleza Negra Campo Grande", que será realizado no dia 25 de setembro no Armazém Cultural. ...
Veja todos os artigos sobre este tópico »

Halle Berry faz capa histórica da Vogue de setembro, 1ª negra em ...
Blue Bus
O que muita gente pode nao saber é que a capa é também histórica - é a 1ª vez em mais de 20 anos que uma mulher negra é a capa da ediçao de setembro, ...
Veja todos os artigos sobre este tópico »
Terça Negra terá um cunho político e social
pe360graus.com
A edição desta semana da Terça Negra terá um cunho político e social, além das costumeiras atrações. Nesta terça (17), a partir das 19h30, o Pátio de São ...
Veja todos os artigos sobre este tópico »


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HEITOR (((((º_º))))) CARLOS
http://portodoscasais.blogspot.com/
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CD Cidade Negra

Operação 24 horas

Brigada Militar divulga resultados das operações realizadas nas últimas 24 horas
18/08/2010 15:05


A Brigada Militar fiscalizou mais de 35 mil veículos, efetuou 340 prisões e realizou 3,5 mil inspeções a bancos nas últimas 24 horas em todo o Rio Grande do Sul.
Os números constam dos dados atualizados, divulgados na manhã desta quarta-feira (18), da produção operacional, das atividades de rotina e das operações Centauro Lei Seca, Centauro Caixa Forte, Centauro Segurança no Campo, Centauro Cadeado, Centauro Sensação, Centauro Capacete Limpo e Centauro Transporte Seguro, realizadas pela corporação nas 24 horas dessa terça (17).

Total de Veículos Fiscalizados – 35.036

Total de Veículos Autuados – 1.253

Total de Veículos Recolhidos - 330

Total de Veículos Recuperados - 13

CNH Apreendidas - 30

Bares Fiscalizados - 1.290

Casas Noturnas Fiscalizadas - 174

Desmanches Fiscalizados - 30

Prisões Realizadas: 340

Foragidos - 22

Inspeções a Bancos – 3.533

Inspeções a Escolas - 372

Inspeções a Postos de Saúde - 251

Armas Brancas - 8

Armas de Fogo Apreendidas - 7

Posse de Entorpecentes - 34

Tráfico de Entorpecentes - 17

Apreensão Maconha – 768,70 gramas

Apreensão Cocaina – 8,20 gramas

Apreensão Crack - 124 gramas

Apreensão de Munições - 1

Apreensão de Espécie (R$) – 2.398,40

Fonte: PM5-Imprensa/BM

Tribos

[Anexos de Margarida Castro incluídos abaixo]




África! Exótico Continente...


Fabuloso - RIO OMO - Etiópia





Roda Viva

Ivana Sena, Grupo Multiculturas, enviou:
Arquivo do programa Roda Viva disponível para pesquisa

Memória Roda Viva é um novo canal de pesquisa na internet, voltado para estudantes, professores e público em geral. Este canal oferece aos internautas um espaço para pesquisa de grandes temas nacionais e internacionais, a partir dos debates exibidos no programa Roda Viva, exibido pela TV Brasil. Os usuários têm acesso às transcrições integrais das entrevistas realizadas nos últimos 24 anos, além de um trecho de vídeo do programa e verbetes informativos.

Mais de quinhentas das principais entrevistas estão disponíveis para consulta e pesquisa. Semanalmente são inseridos outros programas, até que todos estejam na página.

Esse é o resultado de uma parceria entre a Fundação Padre Anchieta, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


Para conhecer, acesse: http://www.rodaviva.fapesp.b

Alimentos

SOLICITAÇÃO DE COLABORAÇÃO

Fernando Casimiro (Didinho)
11.08.2010
Fernando Casimiro (Didinho)Sei que muita gente aguarda com ansiedade a minha carta aberta ao Sr. Procurador-Geral da República; a minha análise sobre a Força ou Missão de Estabilização para a Guiné-Bissau, assim como mais esclarecimentos sobre a nova abordagem da Associação Guiné-Bissau - CONTRIBUTO. Terão que aguardar mais uns dias!
Espero conseguir apresentar todos esses trabalhos até domingo, 15.08.2010.

Hoje quero apenas fazer uma solicitação aos nossos irmãos ou amigos, residentes na Guiné-Bissau.
Tendo em vista a realização de pequenos vídeos promocionais sobre produtos da Guiné-Bissau, através do YouTube, solicito/proponho colaboração (gratuita, obviamente), a todos quantos estiverem interessados em fornecer imagens fotográficas ou de vídeo relacionadas com os seguintes produtos da Guiné-Bissau:
1 - Frutas, produtos hortícolas, flores, plantas e árvores de grande porte.
2 - Produtos da pesca: peixes, moluscos e crustáceos.

Agradeço a designação/nome de cada produto e se possível, uma resumida referência informativa sobre o mesmo.
Solicito igualmente colaboração na recolha e envio de músicas tradicionais em formato wav ou mp3.
Continuarei a solicitar, de forma alargada e diversificada, mais colaboração aos que estão na terra.
Para o envio de imagens fotográficas, vídeos e músicas tradicionais, escrever para:
Antecipadamente grato
Mantenhas a todos
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR, TODOS JUNTOS, PELA GUINÉ-BISSAU!

O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU!

http://www.didinho.org/SOLICITACAODECOLABORACAO.htm
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Atividade nos últimos dias:

Rio dos Mortos

ta O Berro.......................................................................repassem

À margem do rio dos Mortos – PARTE 1

Paula Sacchetta 12 de agosto de 2010 às 11:42h

Hoje, no Brasil, ainda são 144 os desaparecidos políticos da ditadura civil-militar. A reportagem que é publicada aqui é de autoria de Paula Sacchetta, estudante do quarto ano de Jornalismo da USP. Ela será editada em quatro partes. Foto: Arquivo Público do Estado de São Paulo

Na foto ao lado, protestos pelos desaparecidos da Ditadura durante seção da Lei de Anistia na Câmara dos Deputados

“Queres tu, realmente, sepultá-lo, embora isso tenha sido vedado a toda a cidade?”

Fala de Ismênia na tragédia Antígona


Corpos à espera do sepultamento. Familiares à espera de concretizar o luto, de acabar com a incerteza. Almas à espera da travessia do Aqueronte.

Cena 1: o começo ou sepultamento inusitado

Segunda-feira, 18 de maio de 1992. Em Jales, a 600 quilômetros de São Paulo, um caixão fechado é velado na Câmara Municipal. Foi decretado feriado, a cidade inteira está parada. A Câmara está lotada. Presentes crianças e adolescentes, gente de todas as idades. É um dia de sol muito quente, daqueles que nem ferro de marcar. Após o velório, um cortejo segue a pé até o cemitério.

Depois de anos de busca do filho desaparecido, Ruy Thales consegue enterrá-lo. O caixão é finalmente depositado no jazigo da família Berbert. Dentro dele, porém, não havia um corpo. Nem restos mortais. Apenas um terno completo e os sapatos de Ruy Carlos Vieira Berbert, desaparecido desde 1972. Objetos que haviam permanecido até então intocados em seu quarto, para “caso ele voltasse”.

Antes do início das cerimônias, Ruy Thales, o pai, chamou Amélia Teles em casa para tomar um café. Ela estava em Jales representando a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos. “Ele havia me chamado para o enterro, mas eu sabia que os restos mortais não haviam sido encontrados. Aceitei o convite e não perguntei nada. Ele também não me disse nada”.

Depois do café, o conteúdo do caixão foi revelado. Naquele dia, Amélia foi cúmplice de Ruy Thales. Ninguém, além dos dois, sabia que o ataúde estava praticamente vazio. O pai já estava bastante idoso, e, prevendo que morreria logo, quis enterrar o filho. Mesmo sem ter um corpo. No fim do dia, depois do ato na Câmara e do enterro, deu um jantar para 80 pessoas. “Era uma mesa enorme, parecia um banquete”, conta Amélia. O pai de Berbert morreu pouco tempo depois. Mas conseguiu enterrar seu filho.

Cena 2: Ruy Carlos Vieira Berbert, presente!

O ritual foi a forma encontrada pela família Berbert para acabar com a espera. A maneira de encerrar o luto que já durava 20 anos. Estavam se libertando de um fantasma que, até hoje, assombra a vida de famílias inteiras: filhos, pais, mães e irmãos. Hoje, no Brasil, ainda são 144 os desaparecidos políticos.

“Não pode haver aceitação da ideia de que ainda existem mais de 140 brasileiros que muitos vivos sabem onde estão seus corpos ou como seus corpos deixaram de existir”, afirma Paulo Vannuchi, à frente da Secretaria Especial de Direitos Humanos desde o final de 2005.

O caso de Ruy Carlos Vieira Berbert é emblemático. Nascido em Regente Feijó, no interior paulista, em 1947, veio para São Paulo tentar o vestibular da USP. Passou em letras, começou o curso e se tornou militante no movimento estudantil. Mais tarde, passou à luta armada. Em 1969, viajou, pela ALN – Ação Libertadora Nacional, organização de maior expressão no cenário da guerrilha urbana, nascida como dissidência do PCB (Partido Comunista Brasileiro) e que teve Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira como dirigentes –, para Cuba, de onde retornou como militante do Molipo – Movimento de Libertação Popular, surgido a partir de um racha da própria ALN.

A maioria dos que voltavam do treinamento na ilha socialista já chegava ao Brasil “queimada” e procuradíssima pela repressão. Quando os serviços de informação da ditadura souberam que os integrantes do Molipo estavam se espalhando de forma clandestina para dentro do país, o governo baixou uma ordem exigindo a prisão de todo e qualquer estranho recém-chegado às cidades do interior.

O turista relâmpago

Na virada de 1971 para 1972, Berbert instalou-se em Natividade (na época, em Goiás, hoje, no Tocantins), em uma pequena pensão. No dia seguinte, foi preso enquanto conversava tranquilamente na calçada com a filha do dono do estabelecimento.

A delegacia da cidade era bem antiga. Suas celas possuíam amplas janelas gradeadas que davam para a praça principal. Da janela, o preso conversava com as pessoas que por ali passavam. Em algumas horas, o militante tornou-se celebridade, quase uma atração turística. Ficou conhecido.

Dois ou três dias após sua prisão, baixou em Natividade “o pessoal de São Paulo”, como eram chamados os agentes do DOI-Codi. Nesse mesmo dia, Berbert apareceu enforcado em sua cela. A versão oficial: suicídio.

No dia seguinte, um grande proprietário de terras da região, não muito querido pela população local, também morreu. Os dois corpos partiram em cortejo rumo ao cemitério, seguidos por boa parte dos habitantes daquela cidade. Os agentes da repressão acreditavam que era por conta da morte do latifundiário, mas as pessoas estavam seguindo Berbert, o turista relâmpago, que, embora tivesse ficado tão pouco tempo na cidade, angariou simpatia e admiração, e que, do mesmo jeito que chegou, foi-se embora num piscar de olhos. Enterraram o latifundiário na ala “dos ricos” do cemitério, e o militante, numa vala comum, junto aos indigentes.

A família Berbert passou a ter informações sobre o filho somente através de notícias de jornal. Em 1979, um general ligado ao aparelho repressivo admitiu sua morte em entrevista concedida à Folha de S. Paulo. Na ocasião, dona Ottília, mãe de Ruy Carlos, disse ao grupo Tortura Nunca Mais que gostaria de mostrar a luta constante pela qual passaram, na busca incerta da solução de um passado certo: “Apesar dos fatos comprovarem a quase certeza de sua morte, nós vivemos mais de uma década com a esperança e o sonho de vê-lo novamente”.

Corpo que não era corpo

Apenas em 1991 começaram a obter dados mais concretos. Um atestado de óbito com o nome de João Silvino Lopes foi entregue à Comissão 261/90 da Prefeitura de São Paulo, criada no mandato da prefeita Luiza Erundina, para acompanhar a identificação das 1.049 ossadas encontradas na vala clandestina do cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus. Segundo a versão oficial, Lopes havia se suicidado em 2 de janeiro de 1972, em Natividade. Embora pudesse ser um militante político, seu nome não constava na lista de desaparecidos.

Só um ano mais tarde, em 1992, quando os familiares dos mortos e desaparecidos tiveram acesso aos arquivos do Dops, foi encontrada uma relação elaborada a pedido de Romeu Tuma, diretor da unidade paulista do órgão entre 1977 e 1982. Nela, estava o nome de Ruy Carlos Vieira Berbert com as seguintes observações: preso em Natividade, suicidou-se na Delegacia de Polícia, em 2 de janeiro de 1972. Concluiu-se que João Silvino Lopes era o nome com que fora enterrado Ruy Carlos Vieira Berbert.

Tendo-se como base esse mesmo documento, foi possível saber que seu corpo estava no cemitério de Natividade, mas não em qual local exatamente. Para exumá-lo e fazer a posterior identificação, seria preciso escavar o cemitério inteiro. Membros da Comissão 261/90 explicaram a situação à família Berbert, que, resignada, se contentou com um atestado de óbito, concordando em não fazer a exumação praticamente impossível. O corpo permaneceu no local, mas um enterro simbólico foi realizado na cidade onde seus pais moravam.

Naquele dia, quem passou pela Câmara Municipal de Jales prestou homenagens frente ao caixão vazio de corpo, mas repleto de símbolos. Velaram um corpo que não era corpo, que não sabiam que não era corpo, mas que reverenciavam e o fariam ainda que o soubessem. No cemitério, colocaram a bandeira a meio-pau e cantaram o hino nacional. Tudo isso para o homem que não estava lá

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À margem do rio dos Mortos – PARTE 2

Paula Sacchetta 12 de agosto de 2010 às 15:30h

Nessa segunda parte da reportagem de Paula Sacchetta sobre os desaparecidos da ditadura, Paulo Vannuchi, à frente da Secretaria Especial de Direitos Humanos, enfatiza a necessidade da construção de uma narrativa oficial. Foto: Elza Fiúza/Ag. Brasil

Cena 3: dona Gertrudes ou “é ele, é ele!”

Quando o filho de dona Gertrudes morreu, ela começou a se interessar em saber mais sobre a sua luta. Já senhora, foi estudar direito e leu todos os livros que pôde sobre a esquerda brasileira. Saiu atrás das pessoas que conheceram seu filho e que com ele militaram. Soube da participação de Frederico Eduardo Mayr na ALN, descobriu que ele foi treinar guerrilha em Cuba e que voltou como militante do Molipo.

Dona Gertrudes participou ativamente da luta dos familiares de mortos e desaparecidos. Conseguiu localizar os restos mortais de Frederico (na vala comum do cemitério Dom Bosco, no bairro paulistano de Perus), pois haviam documentos que atestavam sua morte e o local onde ele havia sido enterrado.

“Dona Gertrudes era capaz de dizer quando seu filho havia sido preso, onde e quem o prendeu, sabia de tudo, mas dizia que, até o dia de enterrá-lo, toda vez que chovia à noite e uma porta ou janela batia, pulava da cama e corria para a porta dizendo ‘é ele, é ele!’”. Quem conta a história é o ministro Paulo Vannuchi. Mayr foi morto sob tortura no DOI-Codi em 1972. Foi enterrado, no Rio de Janeiro, somente 20 anos depois.

“Esse é o tema da espera que gosto de colocar em todas as conversas que tenho, posso ter e terei ainda com o [ministro da Defesa Nelson] Jobim e com chefes militares”. Vannuchi afirma que não entra na discussão da punição dos torturadores. Não diz que não, nem que sim, mas, se o pressionam muito, acaba confessando ser a favor de punir, sim. “Não que punir seja necessariamente enfiar na cadeia, porque significaria enfiar na cadeia octogenários”. Mas defende que essa discussão é tema do Judiciário. O presidente Lula já avisou: o Executivo não entra no debate sobre punição.

“Lula insiste em que eu coordene o trabalho de apoio às famílias, para localizar todas as informações, arquivos e, sobretudo, os corpos. Porque os corpos constituem um problema limiar de uma ideia de barbárie. Essa espera eterna se constitui numa manutenção da violação dos direitos humanos, numa manutenção do crime. A ocultação de cadáveres não está protegida por nenhuma lei de anistia”, diz Vannuchi, que acrescenta: “Às vezes, as famílias se irritam e dizem: ‘temos de obrigá-los a falar onde estão os corpos’.Vamos obrigar com 110 ou 220 volts? Não tem pau de arara, não tem cadeira elétrica. Não tem como obrigar ninguém, o esforço agora é de convencimento. E, nesse sentido, o convencimento é muito difícil quando a imprensa e setores conservadores não ajudam a reforçar esse consenso necessário e nacional de que não queremos discutir quem ganhou ou quem perdeu. Vamos dizer que o Brasil perdeu”.

Narrativa e reconstrução

O regime ditatorial sufocou a cultura, a manifestação, o pensamento, a juventude. Matou e torturou. “Eles vão dizer que, se não houvesse isso, haveria uma ditadura comunista pior ainda”. Para Vannuchi, esse não é o ponto. “Continuemos pensando diferente, vamos debater isso no voto, na universidade. O problema é que não dá pra dizer que o assunto terminou, que está encerrado”.

Segundo ele, não adianta colocar uma pedra em cima. “É preciso acabar com a ocultação de cadáveres e, se não houver cadáver, é preciso construir uma narrativa oficial, formal, com um pedido oficial de desculpas feito pelo presidente da República e pelo ministro da Defesa, ou os chefes das três armas”.

Vannuchi cita o caso de Ulysses Guimarães. Até hoje, não encontraram seu corpo. Porém, há uma reconstituição do acidente. Ele estava em um helicóptero, sobrevoando o mar de Angra dos Reis no dia 12 de outubro de 1992. A aeronave caiu no oceano – a hora exata do acidente pode ser informada –, foram detectados os problemas que a fizeram cair e foram encontrados os corpos de todos os outros passageiros à bordo: sua mulher, o senador Severo Gomes e esposa, e o piloto.

A narrativa e a reconstrução do momento permitem afirmar que, mesmo sem terem achado o corpo, ele está morto. Sem o corpo e, pior, sem a narrativa e a certeza da morte, resta a dúvida: “e se fulano foi torturado até perder a consciência, teve uma amnésia e está encostado em um asilo ou abrigo?”, indaga o ministro.

“A narrativa é importante para encerrar esse processo de espera que se caracteriza como crime continuado e violação de direitos continuada. Essa incerteza, essa angústia, produz situações como a de dona Gertrudes. Tem que haver uma narrativa. Sem ela, não existe nenhuma certeza. E sem a certeza, os familiares não podem processar o luto. Isso tem que acabar, os familiares de desaparecidos não podem legar aos seus filhos essa espera”.

Cena 4: o ritual necessário ou a travessia de Caronte

O ministro sabe o que está dizendo. Segundo Carl Gustav Jung, um dos “pais” da psicologia analítica, para lidar com o imponderável, de nada adianta ao homem seu pensamento lógico e sistematizado que explica o mundo. Em situações em que o desconhecido, o incompreensível e o inexprimível estão envolvidos (no caso, o desaparecimento de familiares), a instância simbólica se compõe como a única solução. Apenas os rituais permitem ao homem, de alguma forma, participar do fenômeno e vivenciá-lo de fato.

A busca incansável dos familiares pelos corpos dos desaparecidos está ligada à instância simbólica. Racionalmente, há muito pouca diferença entre ter ou não o corpo, a prova concreta dessas perdas. Simbolicamente, no entanto, isso representa muito mais do que uma prova; o corpo sem vida é a passagem para o que Jung chamou de participação mística, que permite à pessoa enlutada transformar o momento de dor e melancolia em verbo, significá-lo, fazê-lo acontecer.

Por isso, a situação dos familiares de desaparecidos políticos, de nutrir uma esperança sobre a morte, é pior do que o luto, “uma tristeza inteira”. Aquilo que não pode ser definido e não pode ser falado, não se concretiza. Somente a simbolização poderia fazer essa ponte, o que, nesse caso, só poderia ocorrer com um enterro dos corpos ou restos mortais dos desaparecidos. Os familiares se certificariam de sua perda e concretizariam a morte, pondo fim à eterna angústia da incerteza.

A necessidade de rituais fúnebres está tão arraigada no imaginário da humanidade que já existia na mitologia grega. O barqueiro Caronte tinha a função de atravessar as almas para a outra margem do Aqueronte, o rio dos Mortos. Porém, só transportava as dos que tinham tido seus corpos devidamente sepultados.

Segundo essa lenda, as almas dos que não haviam sido sepultados não podiam atravessar o rio, e estavam condenadas a vagar pela margem do Aqueronte durante 100 anos.

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À margem do rio dos mortos – PARTE 3

Paula Sacchetta 13 de agosto de 2010 às 12:24h

Na terceira parte da reportagem sobre desaparecidos da ditadura, Paula Sacchetta conta o caso emblemático dos irmãos Petit. Dos três que foram para a Guerrilha do Araguaia em 1970, até hoje apenas um foi encontrado

A história dos irmãos Petit é um caso emblemático, dos três que foram para a Guerrilha do Araguaia em 1970, até hoje apenas um foi encontrado

Cena 5: sobre Penélope e Antígona – Laura Petit tem 63 anos. Viu seus irmãos, pela última vez, em 1970. Viveu e vive a melancolia até hoje. Espera até hoje. Assim como Antígona, quer enterrar seus irmãos, para que eles não sejam obrigados a vagar durante um século às margens do rio dos Mortos. Como Penélope, que aguardava seu Ulisses, Laura espera a abertura dos arquivos da ditadura, espera respostas, e a punição dos responsáveis.

Eram em quatro: Lúcio, o mais velho, Jaime, ela e Maria Lúcia, a mais nova.
O pai deles morreu antes de Maria Lúcia nascer. Era administrador de uma fazenda de café perto de Jaú, no interior de São Paulo, quando um de seus capatazes o assassinou. A mãe, de então 28 anos, ficou viúva cedo e com quatro filhos pequenos.

Permaneceram por um tempo onde viviam, na fazenda que pertencera aos parentes da escritora Hilda Hilst, numa cidade hoje chamada Itapuí. A família do pai das crianças ofereceu à mãe uma casa que havia sido do avô delas, em Amparo. E para lá se foram, os cinco. Lúcio e Jaime, os mais velhos, fizeram o primário na cidade e Laura começou a estudar por lá. Moraram ali durante quatro ou cinco anos. Era uma casa enorme, com um quintal muito grande também. Clóvis, o quinto irmão, nasceu do segundo casamento da mãe.

“As lembranças são boas. Crescemos juntos, todos tínhamos quase a mesma idade.
Lúcio sempre se destacava, porque era muito inteligente, e a professora lá de Amparo ficava admirada. Ele surpreendia”, conta Laura. De Amparo, mudaram-se de novo, dessa vez, para Bauru, onde o avô materno administrava uma fazenda.

Ali, Lúcio começou a fazer o ginásio e a mãe, sozinha e sem apoio da família do pai, começou a ter dificuldade para manter os quatro filhos estudando. Decidiu: “os meninos vão continuar estudando e as meninas vão parar”. Mais tarde, escreveu para um tio das crianças que morava em São Paulo, que aceitou receber Laura e custear seus estudos.

Que nem a Emília – “Nas férias, eu reencontrava meus irmãos. Eu sentia falta, porque éramos muito unidos. Nessa fase que minha mãe passou dificuldade para comprar material escolar para quatro filhos, o Lúcio a ajudava. Tinha um esquema de escolher café em casa. Era trabalho doméstico infantil”. Laura ri quando conta que a mãe punha todo mundo numa mesa grande para tirar graveto e escolher o café. E recorda: “Uma coisa que foi o traço mais forte de Lúcio era o de sentir e perceber as diferenças. Um dia, estávamos na casa do meu avô em Amparo com relativo conforto, depois, estávamos passando necessidade. Ele teve que trabalhar ainda criança, ajudar a mãe a criar os irmãos. Com certeza, sentiu isso”.

Em Bauru, a família Petit morava perto da estação de trem, por onde passavam a pé na volta da escola. Lá, havia um armazém de cargas coberto, sob o qual paravam ciganos e “um pessoal que rodava o mundo”. Um dia, Lúcio viu um homem negro e muito, muito pobre, que levou para casa. Lá chegando, deu a ele um prato de comida, mesmo diante das dificuldades da família. Depois, buscou uma caixa de ferramentas e pegou um alicate para tirar, do sapato do homem, um prego que estava machucando seu pé. “Eu era bem pequena na época, mas aquilo ficou muito marcado em mim. O Lúcio era assim, solidário e fraterno com o sofrimento alheio. Em termos de caráter, tinha essa coisa de partilhar, de ser solidário, e, por isso, dá para entender porque mais tarde lutou contra uma ditadura opressora e por um mundo melhor onde todos fossem iguais”.

Laura estudava em São Paulo, Lúcio em Minas Gerais e Jaime no Rio, cada um na casa de um tio ou parente que aceitara custear seus estudos. Maria Lúcia e Clóvis, os mais novos, ficaram com a mãe em Duartina, cidade para a qual haviam se mudado recentemente. Nas férias, os três primeiros se encontravam em São Paulo, na estação da Luz, e tomavam o trem até lá, onde se reuniam com os irmãos menores e a mãe durante o mês inteiro, até a volta das aulas.

“Nessa época, na escola, as professoras falavam que a Maria Lúcia era muito crítica. Ela lia e discutia muito. Meus irmãos, que vinham de fora, traziam as discussões para dentro de casa. Ela leu a coleção do Monteiro Lobato inteira e era ‘perguntadeira’ que nem a Emília”.

Pela última vez – Mais tarde, com Lúcio e Jaime formados em engenharia, Laura cursando ciências sociais e Maria Lúcia tendo acabado a escola, os quatro juntaram-se outra vez em São Paulo. Mas não por muito tempo. Lúcio e Jaime tornaram-se militantes do PCdoB (Partido Comunista do Brasil) em 1967. Maria Lúcia entrou para o partido ainda como estudante secundarista.

Em 1968, Jaime, que havia sido preso por alguns dias por conta do 30º Congresso da UNE e fichado pelo Dops, foi chamado para depor. “Já havia muita repressão. Ele ficou com medo de ser interrogado e preso, então, a partir daí, entrou na clandestinidade. Ele não veio para nossa casa, porque podia ser procurado”.

Mais tarde, Laura ficaria sabendo que ele se hospedara na casa de uma tia-avó, na zona Norte paulistana. As filhas dessa tia-avó contaram que haviam sido recomendadas a não comentar com ninguém que ele estava lá. “Ele só saía à noite, para reuniões. Foi aí que o partido o mandou para o interior, mas não podia nos dizer onde por questões de segurança”.

Quando Jaime ia a São Paulo para reuniões, visitava a irmã. Não podiam trocar cartas, mas, mais tarde, Laura soube que ele morou em Goiás. Os três Petit foram para o Araguaia, para a região onde seria instalada a guerrilha, em princípios de 1971. Laura os viu pela última vez, em datas distintas, em fins de 1970.

Maria Lúcia ainda não estava clandestina quando foi para o Araguaia. Trabalhava com Laura em uma escola municipal. “Prestamos os primeiros concursos da Prefeitura para o cargo de professora. Ela tinha acabado de sair da escola e passou. Foi efetivada e escolhemos o mesmo lugar para trabalhar. Ela queria ainda estudar medicina, tinha muitos planos, mas, depois, a vida a levou para outro lado. As coisas mudaram”, conta.

Cena 6: a ditadura que não era branda – Maria Lúcia deixou São Paulo no começo de 1970, e Lúcio, no final do mesmo ano. Ele tampouco estava clandestino: trabalhou como engenheiro até partir. No período de preparação da guerrilha, Maria Lúcia, frequentemente doente de amidalite, fez uma operação e se preparou como pôde. “Eu sabia que ela ia para algum lugar, mas não sabia para onde”, conta Laura.

Sua irmã se despediu no começo de 1970, mas voltou em dezembro, para as festas de fim de ano. “Ela ficou alguns dias na minha casa e, depois, visitou nossa mãe em Bauru. Veio para reuniões do partido. Na noite do reveillón, as irmãs se juntaram “ao pessoal da USP” e foram para o samba no Camisa Verde e Branco, na Barra Funda.

“Nessa época, eu estava grávida, meu filho nasceria em fevereiro. Na hora de se despedir, Maria Lúcia disse: ‘ainda bem que eu não vou conhecer meu sobrinho, seria uma pessoa a mais para sentir saudades lá’”. E se foi mais uma vez. E, mais uma vez, Laura não sabia exatamente para onde. Só sabia que era um lugar quente e com muitos insetos: “quando ela veio, estava muito morena de sol e tinha picadas de pernilongo pelo corpo inteiro”.

A partir de então, Laura não tinha mais contato direto com os irmãos. “Um mensageiro trazia as cartas, eu respondia, e ele as levava de volta. Eu não sabia onde estavam, não tinha nenhuma dica. Esse mensageiro era da direção do partido. Eu o conhecia como Antônio”.

O Exército chegou ao Araguaia em abril de 1972. “Ele nos trouxe a notícia. Não era o momento exato, mas a guerrilha havia começado”. Ainda estava em fase de preparação, mas fora descoberta. Antônio explicou que era difícil circular pela região. Laura ficou sem notícias dos irmãos, mas, agora, sabia onde eles estavam.

“Em 73, vi em um jornal pendurado em uma banca com uma foto imensa estampada na capa: Antônio estava morto. Eram aquelas versões inventadas: tentativa de fuga, morto em confronto com a polícia ou outras alegações do gênero. Já sabíamos que não teríamos mais sequer as notícias dele. A partir daí, ficamos sabendo que Antônio era Carlos Nicolau Danielli, dirigente do PCdoB”. Ele havia sido morto sob tortura, no DOI-Codi.

Sofrer em silêncio – “Pegamos todos os documentos do partido, fotos dos meus irmãos, o jornal A Classe Operária e meu marido levou numa ponte do Tietê e jogou tudo rio abaixo. Como o Antônio vinha em casa, a qualquer hora poderiam aparecer. Foram livros do Marx, do Lênin e tudo que era considerado ‘subversivo’”.

Laura ficava preocupada com a falta de notícias. “Em fins de 1968, depois de decretado o Ato Institucional número 5, o AI-5, a ditadura nunca foi ‘ditabranda’. A situação estava feia. Pode ter sido branda para quem ficou assistindo televisão, que veiculava as propagandas do governo do tipo ‘este país vai pra frente’ ou ‘Brasil, ame-o ou deixe-o’. Para quem sentiu na pele a repressão, sabe que de branda a ditadura não teve nada”.

Em 1973, Laura foi visitar a mãe em Bauru. Quando voltou, seu marido disse que tinha uma notícia muito ruim. Contou que havia encontrado Regilena de Aquino. Ela, que também havia participado da guerrilha, mas que estava de volta, pois havia se entregado ao Exército, fora casada com Jaime, seu irmão.

Regilena havia contado com detalhes que Maria Lúcia estava morta. Ela fora à casa de um camponês do Araguaia, seu “compadre”, João Coioió, que lhe havia comprado mantimentos. Maria Lúcia se tornaria madrinha de seu filho. Combinou de ir à casa logo cedo, com mais dois companheiros, Miguel Pereira dos Santos, conhecido como Cazuza, e Rosalindo de Souza, vulgo Mundico, que a ajudariam a carregar os mantimentos. Quando estava chegando, recebeu um tiro na altura da bacia e outro na cabeça. Os militares estavam na casa e a executaram assim que ela se aproximou. Seus companheiros conseguiram escapar.

Laura conta que, no momento em que soube da morte da irmã, teve que ficar calada. Sofria em silêncio e chorava às escondidas. Não podia compartilhar seu luto nem contar da morte da irmã aos amigos mais próximos.


-----Anexo incorporado-----

Melhorias na Delegacia do Interior

Governo repassa recursos da Consulta Popular para melhorias em delegacias do Interior
17/08/2010 21:28

A governadora do Estado Yeda Crusius autorizou, nesta terça-feira (17), o repasse de R$ 321,9 mil para melhoria das instalações físicas de delegacias de polícia do interior do Rio Grande do Sul.

O objetivo é atender prioridades das demandas municipais manifestadas pela população na Consulta Popular. A iniciativa atenderá a 60 municípios da região do Vale do Caí, Paranhana Enconsta da Serra e Serra.

Fonte: www.estado.rs.gov.br

Praiana

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Praiana pronta para lançar seu samba-enredo

Posted: 17 Aug 2010 08:01 AM PDT

O que todos os praianenses ainda queriam saber já tem data e horário para ser revelado ao vivo. No próximo dia 27, a partir das 21h, a Academia de Samba Praiana realiza uma grande festa de lançamento do samba da escola para 2011. Também será lançado oficialmente o enredo que cantará na avenida a cultura cigana, proposto por Carla Ribeiro e desenvolvido pelo carnavalesco Guaraci Feijó.

O evento terá entrada gratuita, mas é necessário apresentar convites na entrada. Eles estão disponíveis na quadra da Praiana (Av. Padre Cacique, 1261) com a Mariana Helena, no salão do presidente Humberto ou com a Carla, pelo telefone 9147-0448.

Por enquanto, ficamos devendo o áudio do samba. Mas a letra da obra composta pelo intérprete Alexandre Belo em parceria com Alex Bagé e Bruno Martins você já conhece agora.

Pelos caminhos da vida fiz minha pátria.
Sou cigano, sou do mundo, sou feliz

Pelos caminhos da vida, fiz minha pátria. SouIluminados pela luz do criador
Agraciados com o dom da premonição
Mensageiros da paz e do amor
Vou montar a minha tenda
Santa Sara nos defenda
Nesta minha caminhada, que é sem fim
Castanholas, violinos
Cartas mostram o destino
Previsões e melodias pelo ar
Paixão caliente, um convite pra bailar

O mundo é o meu lar, sou como as estrelas
A minha pátria é uma estrada sem fronteiras
Povo cigano é felicidade
Em verde e rosa sou a própria liberdade

A natureza é a energia
Fogo, água, terra e ar
É força, poder que os guia
Forja e comércio, talento secular
Mãe, fonte da vida
A base familiar deste povo irreverente
Banho de sorte pra purificar
Ouro e fartura a essa gente

Vou invadir o Porto Seco
Sacudir a arquibancada
Minha bandeira é cultura e tradição
Praiana pergunta: Como será o amanhã?
O seu futuro esta na palma da mão

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Fidalgos prorroga inscrições para o Festival

Posted: 17 Aug 2010 06:09 AM PDT

Para quem perdeu a data, ainda dá tempo. Foi prorrogado o prazo de inscrições para o Festival de Samba-Enredo dos Fidalgos e Aristocratas. Compositores têm até o dia 28 de agosto para entregarem suas fichas. A data de entrega dos sambas, no entanto, continua a mesma: dia 4 de setembro, quando será a ordem das apresentações. O prêmio é de R$ 1,5 mil.

Esta noite, haverá a segunda reunião para tirar dúvidas dos participantes sobre o enredo e a composição do samba. O atendimento é individual, das 20h às 22h, na quadra da escola. O terceiro encontro será na próxima semana, no dia 23 de agosto, no mesmo horário.

Em 2011, a Fidalgos vai levar para a avenida um enredo sobre o orgulho (leia aqui). A sinopse, os demais documentos necessários para participar do festival e outras informações sobre o concurso estão aqui, é só clicar.

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Tarso Genro

Boletim nº 01

A campanha no rádio, na TV, na internet, nas ruas

Primeiro programa mostra candidata sensível e comprometida com o povo

Empresários aprovam compromisso de Tarso de NÃO prorrogar atuais contratos de pedágios

18.08 - TARSO - Encontro com cooperativas gaúchas
18.08 - MOBILIZAÇÃO - Caminhada e Panfleteação no Centro de Porto Alegre
Jingle Campanha Tarso Governador 2010
A campanha entrou na fase decisiva nesta terça-feira, com o início dos programas do horário eleitoral em rádio e TV. A agenda de atividades – comícios, bandeiraços, panfletagens e caminhadas- também será reforçada para garantir a nossa presença nas ruas de todo o Rio Grande. Uma campanha política é um momento de trabalho e conscientização, mas também de alegria e encontro. É assim que queremos conquistar a vitória e levar o Rio Grande do Sul ao lugar que merece, no Brasil e no mundo. Com a tua confiança e a tua participação. Informe-se sobre as atividades, acompanhe nossos candidatos no site, nas redes sociais e nas ruas. A partir de hoje, enviaremos boletins para te auxiliar nesta caminhada. A edição de hoje vai com um regalo: o clipe do jingle Tarso governador. Conte conosco. Nós contamos contigo!

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