Zico é "derrubado" por denúncia sem prova do Conselho Fiscal do Flamengo
Vinicius Castro
No Rio de Janeiro
Ídolo do clube da Gávea, Zico é "derrubado" por uma denúncia sem prova do Conselho Fiscal
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O dia 1º de outubro ficará guardado na história do Flamengo como a data na qual o Conselho Fiscal do clube conseguiu tirar do cargo de diretor executivo o maior ídolo da história rubro-negra. O papel do dito poder é fiscalizar as contas e, por coerência, costuma ser composto pela oposição.
Desde que assumiu o cargo, Zico sabia das cobranças internas e da resistência de correntes do clube contra a sua contratação. Assim que começou a trabalhar, avisou que o ídolo ficara no passado, e ele teria de ser avaliado como dirigente.
Não demorou para as primeiras contestações em relação ao trabalho acontecerem. Segundo o Conselho Fiscal, as contratações de Val Baiano, Leandro Amaral e Cristian Borja foram intermediadas pelos filhos de Zico, Júnior e Bruno, que atuariam como laranjas do empresário Alan Espinosa.
O Galinho afirmou que as denúncias poderiam ser checadas à vontade no departamento de futebol, e que jamais seus filhos estariam metidos em uma situação caluniosa como essa. Neste momento, o desgaste do ídolo já era mais do que perceptível.
Em paralelo, as denúncias de que Zico estaria “vendendo” as categorias de base do clube transcorriam sem pausa nos bastidores. A então parceria com o CFZ causava mais problemas do que benefícios para a diretoria do clube.
Entretanto, o Conselho Fiscal não provou nenhuma acusação contra Zico até o momento, e ao anunciar sua saída, o ídolo garantiu que tomaria todas as medidas judiciais cabíveis para reparar os prejuízos causados a ele e a sua família.
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Na visão do Conselho Fiscal, tudo começou quando Zico vendeu o CFZ para o fundo de investimento MFD. Entretanto, o contrato do Flamengo com o CFZ continha uma cláusula segundo a qual estaria imediatamente encerrado em caso de terceirização das atividades do CFZ.
A parceria foi assinada em março, e o Flamengo poderia escolher jogadores das divisões de base do CFZ e levá-los para a Gávea dividindo o contrato com 50% para cada clube. Também poderia levar para o CFZ atletas que não tivesse a intenção de utilizar. Esses jogadores poderiam amadurecer e, mais tarde, retornarem à Gávea.
Em agosto, o fundo de investimentos MFD comprou todos os ativos do CFZ, e passou a ser o dono dos 50%. Porém, antes de qualquer parceria entre CFZ e Flamengo, o MFD já tinha porcentagens sobre jogadores do elenco profissional do Flamengo, como o lateral-esquerdo Juan.
Na Gávea, a corrente pró-Zico lamenta a situação e ainda não crê que uma denúncia, segundo eles, infundada, tenha encerrado o sonho de Zico reconstruir o Flamengo.
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