As duas Vacarias

Lendo algumas revistas observo que várias cidades suas lideranças politicas lutam para trazer industrias para os seus municípios. Aqui em Vacaria acontece o contrário as industrias não vem. Talvez digam alguns que é o setor da fruticultura que não deixa as industrias chegarem. No passado se falava que os fazendeiros não deixavam Vacaria crescer, chegou a fruticultura é temos que mencionar se não fosse essa nova ordem económica Vacaria estaria quebrada. Ainda observamos um choque cultural entre a pecuária e a fruticultura, pequenos fazendeiros e empresários da fruticultura. Fiquei surpreso com a expressiva votação que o Deputado Federal eleito pelo PSB Beto Albuquerque fez em Vacaria, o mesmo tirou de nossa cidade uma fabrica de cerveja a AMBEVI e levou para a sua cidade Passo Fundo, o povo esquece rápido ou é mal informados. As duas Vacarias dos pobres e dos ricos. A Vacaria dos ricos que fazem milagres com o génio da lâmpada, a Vacaria dos pobres que contam com ajuda de Deus para sobreviver. Uma me falou que foi numa palestra numa Escola de um bairro de Vacaria e uma autoridade do judiciário abordava que em nossa cidade as pessoas não querem trabalho e sim emprego, aliás a visão da elite vacariana que os trabalhadores pobres querem bons empregos, parece que não é direito do pobre querer crescer e sonhar em crescer profissionais. Para alguns da elite vacariana é proibido o pobre ser rico e um dia ascender socialmente. Aliás em Vacaria o pobre crescer e ficar rico honestamente é difícil, os ricos não dão espaço, os melhores cargos de direção de empresas é sempre deles ou fecham a administração empresarial com membros da sua família, o capitalismo patrimonialista. Na brigas das duas Vacarias sempre vence a dos ricos aqueles que tem o poder económico, a Vacaria pobre perde pela desunião da sua equipe digamos assim a falta de organização em movimentos sociais. É assim a história vai continuar e nunca vai mudar, vai aumentar os assaltos e crimes pois os ricos vacarianos não querem distribuir a renda e dividir o bolo e não querem investir no campo social. O país das maravilhas de Dilma e Lula não chegou na cidade Porteira do Rio Grande.