segunda-feira, 19 de abril de 2010

Torcida Colorada leva Inter a Ser Campeão




19 de abril de 2010 | N° 16310AlertaVoltar para a edição de hojeINTER
Combustível vermelhoQuando D’Alessandro fez o terceiro gol, o da virada sobre o Pelotas, aos 36 minutos do segundo tempo, uma comoção tomou conta do Beira-Rio. Jorge Fossati jogou as mãos ao céu e, por alguns segundos, ficou exercitando a sua fé. Eller e Kleber caíram de joelhos, abraçados, no gramado. Pato, Sorondo, Sandro, Edu, Glaydson e Bolívar fecharam-se em círculo, enquanto o argentino comemorava o seu gol com Walter e Alecsandro. Nas arquibancadas, os 30 mil colorados pulavam e festejavam o fim do sufoco e o título da Taça Fábio Koff.

Apesar do susto, o heroísmo colorado serviu como combustível para receber o Deportivo Quito, nesta quinta-feira, quando o Inter é obrigado a vencer para seguir na Libertadores. Caso empate, dependerá de combinações de resultados para seguir no torneio. Vencendo, será o primeiro colocado do Grupo 5, e enfrentará nas oitavas de final Banfield, Cruzeiro ou Alianza Lima. No domingo, o primeiro Gre-Nal da final do Gauchão, em casa, verá um Inter com três ou quatro reservas em campo e os titulares no banco. A ordem é preservar o time para a Libertadores.

– Desde o jogo em Guayaquil estamos crescendo. Sofremos dois gols por erros nossos. Houve desatenção e desconcentração, mas jogamos bem de novo. O Pelotas não respirou no segundo tempo – disse o vice de futebol Fernando Carvalho, que comparou a vitória de ontem com a virada do Inter sobre o Pumas, também após um 2 a 0, na Libertadores de 2006.

Com grandes dificuldades para evitar os contra-ataques do Pelotas, o Inter foi empurrado pela torcida. Não se pode ser heroico em todas as partidas, por isso, o experiente Pato Abbondanzieri advertiu: há erros a corrigir. Viu de perto, nos dois gols, Alex Dias e Clodoaldo passarem com facilidade pela defesa, talvez tivesse lembrado de Palácio e Palermo, já que eles também vestiam amarelo e azul.

– Estou contente, mas preocupado pela forma como o time jogou. Temos que melhor muitíssimo. Valeu o esforço da segunda parte. Agora, temos que colocar a cabeça na quinta-feira – afirmou o goleiro.

Ainda que o presidente Vitorio Piffero tenha atribuído a virada ao técnico, lembrando que ao fixar Kleber como volante, liberando Eller para ser ala, parou o Pelotas, Fossati advertiu que os erros de marcação que proporcionaram os gols do Pelotas não poderiam ter ocorrido. Bolívar também mostrou-se incomodado com as falhas:

– Minha indignação é saber que nosso grupo não pode jogar uma final contra o Pelotas levando 2 a 0 dentro de casa. Meu gol foi para botar tudo para fora, aquela raiva que estávamos sentindo.

A preocupação do zagueiro é a do torcedor. Afinal, o futuro do Inter na temporada começa a ser definido na quinta-feira, às 19h30min.



LEANDRO BEHS
Fonte: Zero Hora

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