terça-feira, 13 de abril de 2010

NPC

TRAGÉDIA DE ABRIL DE 2010, NO RIO DE JANEIRO



Sete perguntas sobre a chuva no Rio



1- Quando acabou a escravidão (no famoso 13 de maio) para onde foram mandados os escravos agora libertos?

2 - Quem inventou as favelas no Rio, no Brasil, na América Latina, no mundo?


3 – Se tivesse sido feita, desde há 120 anos atrás, a Reforma Agrária, quantos milhões de pessoas morariam no campo ao invés dos morros ou lixões do Rio?


4 – Por que ¼ da população do Rio “quer” morar em favelas?


5 – Quais alternativas foram apresentadas, nos últimos 50 anos para deixar a favela? Qual plano de construções populares, construídas a menos de um quilômetro da favela a ser removida? Qual o valor da mensalidade a ser paga até resgatar o total do valor da casa em 30 anos? Qual a relação deste valor com o salário do morador removido?


6 – Por que as pessoas “escolhem” morar em barracos em cima de barrancos ou na beira de córregos poluídos e em situação de risco?


7 – Por que as pessoas das favelas teimam em não querer mudar de lugar de moradia?





Para refletir e agir




Para refletir sobre estas e outras perguntas que ainda precisam ser feitas, o BoletimNPC organizou esta série de artigos, reportagens e entrevistas sobre as previstas chuvas que caíram no Rio de Janeiro no final de abril. Refletir sobre a tragédia é urgente e necessário. A imprensa popular e alternativa terá a responsabilidade nesta década de cobrir as mudanças que ocorrerão no Rio de Janeiro nos anos que antecedem a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Cobrir, principalmente, a forma como estas mudanças afetarão a vida das classes trabalhadora.






1- RIO Chuvas e desabamentos trazem de volta fantasma de remoção
[Por Claudia Santiago] Decreto da Prefeitura do Rio permite remover moradores à força.

A vida não vai ser nada fácil, ou melhor, vai ser mais difícil ainda, para quem mora em favelas no Rio de Janeiro. É que o temporal que desabou sobre a cidade nos primeiros dias de abril deu novo gás aos defensores da remoção dos pobres das áreas valorizadas da cidade. É como se fosse a reprise de um filme que não valesse a pena ser visto de novo.


A televisão e os jornais criaram o colchão macio em que o discurso das autoridades pudesse se acomodar facilmente e passasse a ser repetido nas ruas do Rio. Os pobres moradores dos locais afetados foram responsabilizados pela tragédia. Levaram a culpa também os governantes que levaram algum tipo de beneficiamento a estas comunidades. O jornal carioca O Globo abre a sua lista com o nome de Leonel Brizola.


Para o historiador Guilherme Marques Soninho (IPPUR-UFRJ) culpar as vítimas, quando acontecem tragédias, é sempre fácil. “É o discurso que as classes dominantes gostam. O Globo adora esses discursos. No editorial do Globo de hoje (08.04), eles fazem uma forte defesa das remoções forçadas. O decreto do prefeito Eduardo Paes diz que as famílias que residem em áreas de riscos poderão ser removidas à força. Mas o decreto podia dizer também que vão ser construídas novas e boas casas para essas famílias. Mas isso nem o decreto nem o Globo dizem. Deveria ser considerado crime culpar as vítimas dessas tragédias”, afirma Soninho em entrevista à jornalista Sheila Jacob.





2- RIO Direito à cidade para os pobres
[Por Maria Lúcia Pontes] As fortes chuvas que assolaram o Estado nos últimos dias, além de produzir danos irreparáveis para centenas de famílias, que ainda enterram seus mortos, colocaram mais uma vez o direito de morar dos pobres no banco dos réus, em declarações reiteradas do Prefeito do Rio de Janeiro. [10.04.2010]



3- RIO Chuvas e hipocrisia
[Por Paulo Alentejano] Nestas horas em que centenas de pessoas morrem ou ficam desabrigadas em função do desabamento de encostas, enchente e transbordamento de rios, proliferam na mídia textos e entrevistas de “especialistas” que buscam apontar as causas ”naturais” e “antrópicas” que explicariam tais “tragédias”. Alguns destes textos e entrevistas são mais sérios, outros mais oportunistas. Uns mais pontuais, outros mais abrangentes. Alguns mais contundentes na crítica aos governantes de plantão, outros mais benevolentes. Mas, poucos vão a fundo na análise do conjunto de questões que estão envolvidos nesta complexa problemática. [10.04.2010]




Entrevistas:




4 - RIO – Entrevista “Deveria ser considerado crime culpar as vítimas dessas tragédias” – diz o historiador Guilherme Marques sobre as enchentes no Rio
[Por Sheila Jacob] Moradores de favelas e periferia do Rio e de Niterói foram duramente atingidos pelas enchentes no início do mês de abril. Até o dia 7 de abril, o saldo era de 133 mortos no Estado do Rio, além de centenas de feridos e pessoas desaparecidas. O governador do Rio, Sérgio Cabral, chegou a culpar os moradores dos locais de risco pela tragédia. Mas, para o historiador Guilherme Marques, uma das principais causas deste infeliz quadro é a falta de uma política habitacional decente na cidade, que possa atender a toda a população, oferecendo moradias com boas condições, localizadas em área com infra-estrutura urbana e transportes públicos de qualidade. Para ele, “deveria ser considerado crime culpar as vítimas dessas tragédias”. [8/04/10]





5 - RIO – Entrevista Professor da UFMT cita experiência de Santos
[Por Tatiana Lima] José Domingues Godói Filho é geólogo e professor da Universidade Federal do Mato Grosso. No momento, faz doutorado no IPPUR-UFRJ. Ele conversou por telefone com a repórter Tatiana Lima, para o BoletimNPC.





6 - RIO – Entrevista “A tragédia estava anunciada”, afirma arquiteto
[Por Sheila Jacob] O arquiteto Canagé Vilhena considera que já era “anunciada” toda essa tragédia que ocorreu no Rio e chocou o Brasil inteiro, causando centenas de mortos e feridos. Isso porque, segundo ele, não apenas o Rio de Janeiro mas também e principalmente as grandes cidades, como São Paulo, não possuem uma política urbana correta e eficaz que garanta tanto a “função social da propriedade” prevista na Constituição de 1988 quanto as "funções sociais da cidade", estas previstas no Plano Diretor do Rio de 1992. Segundo o arquiteto, ambos os princípios nunca foram implementados porque “esse não é o dos grandes empresários do mercado imobiliário, porque mexe com o tabu da propriedade privada”. [10.04.2010]





7 - RIO – Entrevista Para OAB regularização e urbanização garantem qualidade de vida
[Por Sheila Jacob] Rafael Mitchell, presidente da Comissão de Direitos Urbanísticos da OAB, analisa que um dos principais problemas é a ausência de políticas públicas no município do Rio que sejam concretas e duradouras. [10.04.2010]





8 - RIO – Reportagem Vida e conversas no Morro do Borel após o desastre das chuvas
[Por Ana Lúcia Vaz (Renajorp) e Gizele Martins (NPC)] É verdade que construir na encosta de um morro é sempre uma opção de risco. Aliás, morar no Rio de Janeiro é uma opção de risco. Mas imagine a confusão se o governador decidisse dizer que quem morre de bala perdida ou acidente de trânsito – bem mais provável do que por desabaento de encosta – morreu por escolher o risco! [10.04.2010]






9 - RIO - Depoimento: O que pensam os moradores da Vila Autódromo, ameaçados com remoção

[Por Jane Nascimento] É nas favelas que está a maior exploração.




Notícias do NPC


Editora NPC lança Dicionário de Politiquês

Quem escreve para um ou dois leitores, está dispensado da leitura de Dicionário de Politiquês. Agora, quem escreve para milhares, tem obrigação de ler o novo livro de Vito Giannotti, escrito em parceria com Sérgio Domingues. A publicação é um manual prático com cerca de 3500 verbetes incompreensíveis para a grande maioria da população que não passou mais do que oito anos nos bancos escolares. Para cada palavra ou expressão há uma ou mais sugestões de “tradução” para a língua dos “normais”. A lingua que todos possam entender.
Dicionário de Politiquês é útil também para estudantes universitários que sofrem para compreender determinados textos. Escrito de uma forma que qualquer interessado possa compreender, o autor deixa claro sua preocupação com a importância da linguagem na disputa de hegemonia, ou seja, na disputa por uma nova visão de mundo. “Temos que convencer vários milhões de que é necessário mudar os rumos, participar, se mobilizar e tomar o poder das mãos dos nossos inimigos de classe. E como se convence? Comunicando. Em que língua? Na que todos entendem”, afirma o autor.




O livro está sendo oferecido, em pacotes, a preços especiais para sindicatos ou movimentos que queiram adquirir grandes quantidades para seus ativistas ou militantes. Eis a tabela: Unitário: R$ 30,00 // 10 exemplares: R$ 28,00 // 20 exemplares: R$ 25,00 // 50 exemplares: R$ 22,00 // 100 exemplares: R$ 20,00




Começa etapa de lançamentos do Dicionário pelo Brasil afora




A data do lançamento no Rio de Janeiro foi alterada. Será no dia 28 de abril, às 19h, no Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro, que fica na Av. Rio Branco, 277, 401, Centro do Rio. Antes o livro será lançado em Manaus (AM) no dia 15 de abril. Estão também previstos lançamentos nas cidades de Viçosa (MG), Natal (RN), Recife (PE) e Brasília para o mês de maio; Nova Friburgo (RJ), Florianópolis (SC) e Londrina (PR) para junho; e São Paulo e Belo Horizonte para julho.




Para adquirir um ou mais exemplares do livro, entre em contato com o NPC pelos telefones (21)2220-5618 e 2220-4895, ou então pelos e-mails boletimnpc@uol.com.br e npiratininga@uol.com.br




Radiografia da Comunicação Sindical


Federação dos Sindicatos de Engenheiros lança primeiro boletim eletrônico semanal






# A Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (FISENGE) lançou nessa semana seu primeiro boletim eletrônico. A periodicidade é semanal. Na pauta estão, além de notícias próprias da categoria, notas sobre o país, o mundo, serviços, entrevistas e artigos de opinião. Quem quiser encaminhar sugestão de pauta ou se cadastrar para receber o boletim, pode enviar um e-mail para: fisenge@gmail.com ou camila_marins@yahoo.com.br




# Na área da FISENGE já existia, desde 2009, um boletim eletrônico diário feito pelo Sindicato dos Engenheiros do Paraná. Este continua firme e se tornou um belíssimo exemplo de disputa de hegemonia através da comunicação. É um boletim ágil, rico de informações que vão do local de trabalho concreto a notícias sobre o Estado do Paraná, sobre o Brasil e até internacionais. Tudo isso apresentado de uma maneira dinâmica e politizada. Um belo exemplo para muito sindicatos que têm dificuldade em produzir este tipo de ferramenta para disputar os corações e as mentes dos trabalhadores que são envenenadas pela mídia patronal/comercial.


[http://www.senge-pr.org.br/]





A Comunicação que queremos


Campanha "O Petróleo Tem que Ser Nosso!" lança história em quadrinhos



A campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso! já conta com mais um material de conscientização e divulgação: uma revista de história em quadrinhos, criada pelo cartunista Luís Cláudio Mega, baseada no texto da cartilha da campanha. Com 20 páginas, os protagonistas da história são uma família negra - Roberto, o pai; Patrícia, a mãe; e os filhos Maria e Pedro. O aposentado Lobato também se destaca na narrativa, uma homenagem explícita a Monteiro Lobato que, no passado, lutou contra os "gringos" que negavam a existência de petróleo no Brasil. A história resgata momentos da luta em defesa dos interesses da nação e do povo brasileiro. Exemplares da cartilha estão disponíveis na sede do Sindipetro-RJ. Nesta primeira edição foram rodados 50 mil exemplares.


O Sindicato fica na Avenida Passos, 34, Centro do Rio (próximo à Praça Tiradentes.

[Fonte: Agência Petroleira de Notícias]




Proposta de Pauta - Geral


Relator da ONU apresenta quadro da desigualdade no Brasil

“A insegurança alimentar prossegue, para 37,5% dos lares brasileiros, cifra inaceitável para uma nação rica como o Brasil. 100 milhões de hectares ou 12% do território nacional sofrem com a grilagem, uma grande injustiça. O processo de demarcação de terras para comunidades indígenas e quilombolas segue em ritmo muito lento e a concentração de terra aumenta em alguns Estados produtores de cana-de-açúcar, tais como São Paulo”. Essa informação foi divulgada pelo Relator Especial das Nações Unidas sobre o direito à alimentação, Olivier De Schutter. Faz parte do relatório que produziu durante sua missão no Brasil em outubro de 2009. Seu objetivo era avaliar o progresso do Estado Brasileiro na realização do direito à alimentação. Para ele, ainda persistem lacunas no direito à alimentação no país, apesar de notável progresso – como a redução de 73% na desnutrição infantil entre 2002 e 2008, e o aumento do salário mínimo. “Eliminar a fome no Brasil exigirá a consolidação de políticas sociais, maior igualdade na distribuição da terra, apoio contínuo à agricultura familiar e uma reforma tributária progressiva”, opinou.
O relatório “Mission to Brazil” está disponível em http://ap.ohchr.org/documents/dpage_e.aspx?m=101.





Proposta de Pauta - Exploração em Dados


A face desumana da Aracruz Celulose (Fibria) contra seus trabalhadores

Os trabalhadores das fábricas da Aracruz Celulose/Fibria lançaram um manifesto à sociedade capixaba, para denunciar as atitudes arbitrárias e cruéis da maior produtora de celulose contra seus empregados no Espírito Santo. Dentre as acusações estão as ações da empresa “contra o meio ambiente, que transformou grande parte do Espírito Santo num deserto verde de eucaliptos, expulsando pequenos produtores, quilombolas e, principalmente, os índios que têm suas terras invadidas pelas florestas. Não bastasse tamanha crueldade, a Aracruz/Fibria monstruosamente ataca seus trabalhadores, demitindo, coagindo, massacrando e retirando direitos trabalhistas adquiridos nos últimos 30 anos”, diz um trecho. Leia o texto completo.


Contato: Tânia Trento - taniatrento@gmail.com




Em Belo Horizonte, epidemia de assassinato e mutilações de trabalhadores cometidos pelas construtoras

Esta é a manchete de A Marreta, boletim do dia 18/3/2010 do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da Região de Belo Horizonte. Os diretores deste sindicato fizeram esta denúncia num seminário da Federação dos Engenheiros que ocorreu em Belo Horizonte no final de março. Eles apresentaram números assustadores. Somente este ano, 15 operários morreram em acidente de trabalho em canteiro de obras, na área do Sindicato. No ano passado foram mais de 300 mil acidentes.


A mídia local quase nunca noticia o fato. Qualquer acidente de moto ou de carro é noticiado com detalhes e a voz embargada dos locutores e locutoras nas rádios e televisões do Estado. Já as mortes em acidentes provocados pela falta de condições de segurança, pelo ritmo acelerado exigido e pelas longas jornadas de trabalho, não viram notícia. O diretor do Sindicato, Milton afirmou: “É evidente que a mídia patronal não quer dar notícias que acusem os proprietários das construtoras o grandes empresas incorporadoras.


Para saber mais e fazer sua matéria para seu jornal, boletim eletrônico ou site, entre em contato com o Sindicato pelo e-mail sintracom@sintracom.org.br ou então com Milton Mendes, pelo telefone (31) 8451-6035 ou pelo e-mail sticbh@sticbh.org.br





De Olho Na Mídia


Mensagem de João Pedro Stédile a Luis Nassif reafirma necessidade das ocupações do MST e condena mídia patronal

O coordenador do MST, João Pedro Stédile, escreveu uma carta ao jornalista Luis Nassif para esclarecer uma matéria veiculada pelo jornal Zero Hora na qual teria feito uma “autocrítica sobre o tema das ocupações das propriedades”. Como justifica Stédile, o repórter do jornal de Porto Alegre o entrevistou por mais de uma hora, mas “depois editou de acordo com os interesses de seus patrões”. Segue abaixo um trecho da nota escrita pelo coordenador do MST:


“Estamos num novo período histórico, determinado pelo avanço do capitalismo internacional e financeiro sobre a agricultura brasileira, que leva a uma disputa entre dois projetos socioeconômicos para organizar a produção agrícola. De um lado, os latifundiários “modernizados” (em geral, propriedades acima de 500 hectares), que construíram uma aliança com as empresas transnacionais, fornecedoras de insumos, sementes e compradoras da produção. Além de expulsar o povo do interior para as grandes cidades, é agressor do ambiente, pois o monocultivo destrói todas as outras formas de vida vegetal e animal, e só consegue produzir com elevado uso de venenos agrícolas. (...) Do outro lado, temos a agricultura familiar, que prioriza o mercado interno, por meio de práticas agrícolas em equilíbrio com a natureza. (...)

Em outro ciclo histórico, a ocupação de terras era a principal forma de luta. Agora a ocupação de terras é insuficiente para enfrentar o modelo do agronegócio. Por isso, além das ocupações, (...) devemos desenvolver novas formas de luta, para conscientizar a sociedade das perversidades do agronegócio e suas consequências para o nosso povo e para toda a sociedade”.
Leia a nota de João Pedro Stédile na íntegra: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/04/07/o-mst-e-a-ocupacao-de-terras/


Democratização da Comunicação


Pontos de Cultura de todo o país se reúnem em Fortaleza para celebrar a diversidade cultural popular brasileira


Através da dança, da música, do teatro e da poesia, brasileiros dos mais distintos costumes se reuniram, entre os dias 25 e 31 de março, em Fortaleza (CE), na “Teia Brasil 2010: Tambores Digitais”. Este é o encontro dos Pontos de Mídia Livre e dos Pontos de Cultura, que têm como objetivo incentivar a produção cultural que não depende da lógica do mercado. O coordenador do NPC, Vito Giannotti, esteve presente no evento. O Boletim do Núcleo Piratininga foi um dos contemplados, em 2009, pelo Edital Pontos de Mídia Livre do Ministério da Cultura.


O evento reuniu cerca de cinco mil pessoas em torno de oficinas, debates, rodas de conversa e apresentações em audiovisual. Hoje, o MinC contabiliza cerca de 4 mil Pontos de Cultura em todo o país, além de 80 Pontos de Mídia Livre. A seleção é feita através de editais.


Leia a cobertura completa na página do Brasil de Fato.


NPC Informa


Charges Latuffianas no Twitter
Agora você pode ter acesso às charges de Carlos Latuff pelo Twitter. Basta seguir o seu perfil no endereço http://twitter.com/CarlosLatuff.

Professores substitutos para a ECO

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo de contratação de quatro professores substitutos para a Escola de Comunicação da UFRJ em 2010/1. As inscrições vão até o dia 13/04 no setor dos Departamentos da ECO.

A Escola de Comunicação da UFRJ fica na Av. Pasteur, 250 Fundos.



Dia 12 de abril começa Encontro Internacional dos atingidos pela Vale

Está no ar a página eletrônica do I Encontro Internacional dos Atingidos pela Vale: http://atingidospelavale.wordpress.com. O encontro será realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 12 e 15 de abril, e reunirá organizações e movimentos sociais do Brasil e do mundo que questionam o discurso massivo da mineradora sobre sua “sustentabilidade” e “responsabilidade social”. Durante o Encontro, esses atingidos pela Vale irão mostrar que os impactos causados ao meio ambiente e o desrespeito aos direitos das comunidades por parte dos empreendimentos têm um custo muito alto, que é o do endividamento público e o aumento de abismos sociais. Na página do encontro está divulgado, em três partes, o documentário A Vale é Nossa, que foi lançado em 2007 durante o plebiscito popular pela anulação do leilão de privatização. A produção traz entrevistas com juristas, pesquisadores e ativistas.



Em defesa dos jornalistas Keka Werneck, Enock Cavalcanti e Fábio Pannunzio

A jornalista Ana Angélica de Araújo Werneck, mais conhecida como Keka Werneck, presidente do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso, se tornou ré em ação protocolada pelo deputado estadual José Geraldo Riva (PP-MT) na 10a Vara Criminal de Cuiabá. Riva, que é presidente da Assembléia Legislativa de MT pela quarta vez consecutiva, não gostou do artigo “Os últimos coronéis”, publicado por Keka Werneck no blog do também jornalista Enock Cavalcanti. E não gostou porque, nesse artigo, a jornalista tece críticas à imprensa de Cuiabá, que deixou de divulgar sentença que condenou o parlamentar, em primeira instância, por improbidade administrativa.



Documentário mostra contradições de Foz do Iguaçu e propõe outro olhar sobre a periferia



O filme As muitas faces de uma cidade revela as tensões e as contradições da cidade de Foz do Iguaçu (PR) a partir da observação do cotidiano de pessoas comuns, que moram na periferia, ocupações, ruas ou que desenvolvem algum trabalho artístico, cultural e social na cidade. O documentário procura mostrar uma face da periferia silenciada pelos meios de comunicação comerciais, que tratam as favelas sempre como berços da criminalidade e violência. O objetivo do filme é, assim, combater a lógica da criminalização da pobreza.


Esse é um desdobramento de uma pesquisa conjunta sobre a cidade feita pelo historiador Danilo Georges e pelo militante do Movimento Hip Hop Eliseu Pirocelli, que mora na periferia da cidade. Os dois estarão presentes no debate de lançamento do filme, que será no dia 13 de abril, às 19h, na UNIOESTE – campus Foz. Além deles participarão o jornalista Jackson Lima e com a antropóloga Adriana Facina, docente da UFF-RJ que coordena diversos projetos nas áreas periféricas do Rio. A mediadora será Silvana Souza, pedagoga docente da UNIOESTE.



Filme de Carlos Pronzato sobre Euclides da Cunha será lançado na Bahia


O cineasta “argentino-baiano” Carlos Pronzato lança seu novo documentário, A Bahia de Euclides da Cunha, nesta quarta-feira, 14 de abril, às 17h, no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador, Praça Municipal (ao lado do elevador Lacerda). O documentário oferece um panorama dos passos de Euclides da Cunha na Bahia, onde o autor esteve presente em 1897 durante a Guerra de Canudos, imortalizada no seu livro Os Sertões. Diversos estudiosos dão seus depoimentos sobre a obra do escritor, conduzidos por Oleone Coelho Fontes, autor do livro Euclides da Cunha e a Bahia (editora Ponto e Vírgula, 2009).




Livro aborda situação dos trabalhadores migrantes em São Miguel Paulista

Um Nordeste em São Paulo: trabalhadores migrantes em São Miguel Paulista (1945-66) é uma versão revista e editada da tese de Doutorado de Paulo Fontes. O autor abordou, em sua pesquisa, o bairro São Miguel Paulista da cidade de São Paulo, que se criou a partir da industrialização dos anos 1940/60. O texto analisa de forma inédita os processos de formação operária vinculados às questões relativas à fábrica e às lutas sindicais, além de outras questões ligadas à localidade, à migração e ao dia-a-dia dos moradores. A preocupação principal é “não despolitizar o cotidiano no processo de formação de classe”. A pesquisa confirma a importância das teias de relações sociais e de um espaço público para a criação de identidade e luta por direitos pelos trabalhadores. O fato de o local ter sofrido um grande impacto das migrações, principalmente a vinda da região Nordeste, reforçou os argumentos do autor de que a identidade nordestina, criada e recriada em São Paulo, articulou-se a uma identidade de trabalhador, o que abriu espaço para um forte sentimento classista entre muitos migrantes. O livro é um relato de um momento histórico, na formação da classe operária brasileira, feito na linha do historiador inglês Edward Thompson.





Imagens da Vida


Imagem do pós chuva no Morro do Borel, na Tijuca, Rio de Janeiro.



Foto: Gizele Martins




De Olho Na Vida


Favelados de Niterói lançam nota sobre a tragédia e a omissão do poder público
[Nota de esclarecimento] “Nós, moradores de favelas de Niterói, fomos duramente atingidos por uma tragédia de grandes dimensões. Essa tragédia, mais do que resultado das chuvas, foi causada pela omissão do poder público. A prefeitura de Niterói investe em obras milionárias para enfeitar a cidade e não faz as obras de infra-estrutura que poderiam salvar vidas. As comunidades de Niterói estão abandonadas à sua própria sorte. (...) Ao invés de declarações que culpam a chuva ou os mortos, queremos o compromisso com políticas públicas que nos respeitem como cidadãos e seres humanos.” Leia o texto completo.

Secretaria de Direitos Humanos constata situação de miséria e preconceito em áreas indígenas no MS

O Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), visitou no início de março áreas indígenas no município de Dourados (MS), onde foram constatadas condições degradantes e miseráveis. O objetivo da visita é verificar as denúncias de violações contra indígenas Kaiowá e Ñandeva, da etnia Guarani, e elaborar um relatório com recomendações às autoridades estaduais e federais. Segundo o diretor de Defesa de Direitos Humanos da SEDH, Fernando Matos, em vários locais faltam alimentos e água. Há ainda problemas na demarcação da área e preconceitos na região contra os indígenas. Matos disse que os indígenas estão impedidos de realizar atividades de subsistência típicas de sua etnia, como a caça e a pesca, e que há denúncias de homicídios.


O advogado do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Rogério Batalha, disse que o Mato Grosso do Sul tem a segunda maior população indígena do Brasil, com cerca de 70 mil indígenas, mas apresenta a pior situação de demarcação de terras do país. “A fronteira agrícola avançou nos anos 70, mas houve poucos avanços no reconhecimento das áreas indígenas. A falta de regularização desencadeou problemas sociais, violência, consumo de drogas e álcool e o maior índice de assassinatos de índios no país”, destacou o advogado.
[Fonte: Agência Brasil]



Marisa escraviza imigrantes e sindicato vai às ruas denunciar


Uma cliente, que não quis se identificar, afirmou que não compraria mais na Marisa. “É um absurdo o que estão fazendo. Gostaria de saber para que tanta ganância? Para que tanta riqueza se não fornecem sequer salário justo e trabalho digno para as pessoas?”, disse C.M.A. Segundo o site da Marisa, a mesma é “a maior rede de lojas femininas do país", com “mais de 220 lojas espalhadas por todas as regiões"; "mais de 90 milhões de peças vendidas" e "mais de 44 milhões de clientes" frequentam as unidades da rede por ano. Entretanto, mesmo com toda esta grandeza, a empresa não se envergonha de escravizar imigrantes, desrespeitar as leis e agir na ilegalidade. Segundo o jornal, há registros de "salários" de R$ 202 e de R$ 247, menos da metade do salário mínimo (R$ 510).



O Sindicato dos Comerciários de Fortaleza repudia todos os absurdos cometidos nas Lojas Marisa e garante que este é apenas o começo da luta em combate a esta empresa.





Na ocasião, a edição do jornal Brasil de Fato na qual constam todas as informações sobre a fiscalização foi distribuída para os trabalhadores, clientes e transeuntes. A população parou para ouvir o discurso dos dirigentes sindicais e indignou-se com os fatos relatados. Muitos clientes saíram da loja e desistiram de comprar em um estabelecimento que, em pleno Século XXI, se utiliza de trabalho escravo para enriquecer ainda mais seu patrimônio.

O Sindicato dos Comerciários de Fortaleza foi às ruas denunciar e repudiar as ações ilegais e imorais da confecção registrada como Indústria de Comércio e Roupas CSV Ltda, fabricante de peças de vestuário feminino para as Lojas Marisa, publicadas no mês de março pelo jornal Brasil de Fato. A manifestação aconteceu em frente à Loja Marisa do centro de Fortaleza. Os sindicalistas levaram à público as denúncias de escravidão, maus tratos, aliciamento, ilegalidade, jornadas de trabalho excessivas, diversos problemas no campo da saúde e segurança do trabalho e até indícios de tráfico de pessoas, segundo a fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, que responsabilizou a Marisa em 43 autos de infração.



[Fonte: Sindicato dos Comerciários de Fortaleza]





Vila Autódromo: um caso típico da política de remover favelas no Rio


[Por Sheila Jacob] Altair Guimarães e Jane Nascimento, ambos da Associação de Moradores da Vila Autódromo, se reuniram no dia 30 de março com o secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar (PT/RJ). O objetivo do encontro foi apresentar o projeto das Olimpíadas aos moradores da comunidade e aos defensores públicos que vêm acompanhando o caso. Esse havia sido um dos desdobramentos previstos da reunião ocorrida com o prefeito Eduardo Paes (PMDB/RJ) no início de março, mas só foi ocorrer quase um mês depois. Só a partir dessa etapa poderá ser construída uma proposta contrária, ou seja, um projeto que garanta a realização dos Jogos Olímpicos com a permanência da comunidade, já que, apesar das promessas de reassentamento para locais próximos, os moradores não querem deixar suas casas. Foi estabelecido um prazo de 45 dias para que a Defensoria Pública e uma equipe de arquitetos apresente uma alternativa.
Leia o texto completo.




Nota da editora:

O caso desta Comunidade, na região da Barra da Tijuca, no Rio, é o melhor exemplo da política implementada pela Prefeitura, junto com as grandes empreiteiras e empresas de especulação imobiliária nestes anos pré-Copa e pré-Olimpiadas. O caso é muito claro. A comunidade de Vila Autódromo está localizada numa área fortemente valorizada. As empresas construtoras e incorporadoras querem aquele terreno. Agora com as enchentes e os 200 mortos ficou muito mais fácil para estes senhores impor sua política e ganhar a população do Rio para sua conversa. Agora descobriu-se que a população vive em área de risco. A verdade é outra. Querem tirar os moradores incômodos para seu projeto de lucros astronômicos, de qualquer jeito. E as chuvas do começo de abril vão servir como uma luva. Quem escuta a Globo sabe repetir direitinho: O problema do Rio são os favelados que são tarados por morar em morros e áreas de risco. Além deles, culpados foram os governos que fizeram qualquer coisinha para urbanizar minimamente estes locais perigosos. Solução? A Globo fala: REMOVAM-SE TODOS. Vamos ouvir os moradores da Vila Autódromo que agora são a bola da vez.




Dicas


Livro O Brasil, entre o passado e o futuro

O livro Brasil, entre o passado e o futuro reúne ensaios de pensadores da cena política e intelectual brasileira, que buscam refletir sobre as intensas transformações econômicas, políticas e sociais ocorridas no país nos últimos sete anos. Os textos se debruçam sobre o passado recente do país, na tentativa de desvendar diversos aspectos da realidade brasileira. Além de mostrar a herança recebida do passado e as mudanças que ocorreram, os textos também contribuem para interpretar o momento atual e apontam o caminho possível para fazer deste um país “justo, solidário, soberano e humanista”, de acordo com os organizadores do volume, Emir Sader e Marco Aurélio Garcia. O livro contém uma entrevista com Dilma Rousseff, artigos de Marcio Pochmann, Guilherme Dias, Luiz Dulci, Nelson Barbosa, José Antonio Pereira de Souza e Jorge Mattoso.




Filme: A Guerra contra a democracia desvenda a política dos EUA para a América Latina

O documentário A guerra contra a democracia (The War on Democracy) foi filmado no ano de 2007, e é dirigido por Christopher Martin e John Pilger. Seu título faz uma referência de maneira irônica ao conceito “Guerra ao Terror”, expressão que inclusive dá nome ao filme vencedor do Oscar deste ano de 2010. O documentário foca na intromissão dos Estados Unidos nos assuntos políticos da América Latina. Grande parte da temática se desenvolve ao redor da figura de Hugo Chávez na Venezuela. Também aborda a participação da CIA nos golpes de estado contra Jacobo Arbenz, na Guatemala, e contra Salvador Allende, no Chile. Mostra ainda a situação econômica no Chile depois da ditadura de Augusto Pinochet, e o ascenso de Evo Morales na Bolívia.


O filme está dividido em 10 partes, e disponível no youtube com legendas em espanhol:


The War on Democracy - 1/10 - http://www.youtube.com/watch?v=Mxst77hl9bQ
The War on Democracy - 2/10 - http://www.youtube.com/watch?v=ladHmvrB4dY
The War on Democracy - 3/10 - http://www.youtube.com/watch?v=ecRY2OvoNK4
The War on Democracy - 4/10 - http://www.youtube.com/watch?v=xj2C6__6gfY
The War on Democracy - 5/10 - http://www.youtube.com/watch?v=lnZMIGKKo6k
The War on Democracy - 6/10 - http://www.youtube.com/watch?v=Qp60Qj6Fgug
The War on Democracy - 7/10 - http://www.youtube.com/watch?v=QNzDLo7ZGYk
The War on Democracy - 8/10 - http://www.youtube.com/watch?v=q-p-pW6Cno0
The War on Democracy - 9/10 - http://www.youtube.com/watch?v=uAdIBHArxeM
The War on Democracy 10/10 - http://www.youtube.com/watch?v=cYapTuUjY2A




Livro Veja: o indispensável partido neoliberal reforça que “A mídia é o verdadeiro partido da burguesia”

O livro Veja: o indispensável partido neoliberal (1989-2002) faz mais do que denunciar como essa imprensa é conservadora e parcial - o que aliás, muitos já sabem. A autora Carla Luciana Silva mostra com riqueza de detalhes como a revista tratava, e trata ainda, de construir um senso comum, encontrando apoio nos grandes conglomerados empresariais multinacionais e em alguns de origem brasileira. “As grandes cadeias da mídia empresarial no país defendem de maneira agressiva o mercado, mas não dependem dele. Vivem da garantia inter-empresarial, traduzida em contratos de publicidade, para que sejam não apenas os porta-vozes da maioria dos empresários, mas para que os ajudem a ‘educar’ a sociedade para a dominação capitalista”, diz a historiadora Virgínia Fontes, no prefácio. O livro é resultado da tese de doutorado sobre a Veja defendida por Carla Luciana Silva na UFF, em 2005.





NÃO FALTAM BOAS REVISTAS. FALTAM LEITORES.


REVISTA DA QUINZENA – Revista Caros Amigos – edição especial

Dando continuidade à nossa seção de divulgação de revistas de esquerda, recomendamos a leitura da EDIÇÃO ESPECIAL da Caros Amigos sobre a direita brasileira. A publicação pretende esclarecer como agem as forças conservadoras na atual conjuntura do país. Como diz o editorial, "desde o final do ano passado a direita brasileira procurou enterrar de vez o esclarecimento dos crimes praticados pelo Estado na ditadura militar (1964-1985), em especial o que foi suscitado pelo 3º Programa Nacional dos Direitos Humanos, que levou o presidente da República a fazer alterações ao gosto dos setores mais reacionários. A direita não quer saber de Comissão da Verdade e da Justiça, não quer passar a limpo a história da prisão, tortura, morte e desaparecimento de opositores políticos".






Leia o editorial completo.




ÍNDICE PARCIAL da revista, já nas bancas:




Política: Bloqueio no Congresso Nacional impede avanços sociais e democráticos

[Hamilton O. de Souza]
Nova direita brasileira quer apagar as lutas políticas e contradições sociais

[Virgínia Fontes]
Economia: A direita hoje é uma fração da classe burguesa transformada em gangue.

[Francisco de Oliveira]
Direitos Humanos: Práticas da ditadura são usadas contra os pobres com a conivência das elites

[Tatiana Merlino]
Mídia: O imenso poder hipnótico dos grupos que monopolizam a comunicação.

[José Arbex Jr.]
Movimentos Sociais: Poder econômico usa instituições públicas para reprimir o povo trabalhador.

[Otávio Nagoya]

Os desafios dos trabalhadores na luta contra a atuação da direita.

[Gilmar Mauro]
Educação: O processo de privatização da educação continua a todo vapor.

[Gabriela Moncau]
Judiciário: A instituição é usada para criminalizar os movimentos sociais.

[Kenarik Boujikian Felippe]
Repressão: Vários torturadores da ditadura militar continuam em cargos públicos.

[Lúcia Rodrigues]




De Olho No Mundo


Rádios livres e comunitárias da Europa e América Latina preparam cobertura da Cúpula dos Povos, em Madrid



Presidentes e chefes de Estado da União Européia, América Latina e Caribe se reunirão em Madrid entre os dias 14 e 18 de maio deste ano. Nestes encontros normalmente são propostas políticas para favorecer o capital financeiro e as grandes corporações transnacionais, através, por exemplo, do saque de recursos naturais, da privatização dos serviços públicos e da flexibilização dos direitos trabalhistas. Em oposição a esse encontro oficial, será realizada, na mesma cidade, a Cúpula Alternativa dos Povos “Enlaçando Alternativas”. A ideia deste encontro alternativo é defender a soberania dos povos, a democracia participativa, a justiça social, o meio ambiente e os direitos trabalhistas, das mulheres, das populações indígenas; os direitos humanos em geral.


Rádios livres e comunitárias da Europa e da América Latina estão se organizando para cobrir o evento. A Agência Pulsar, ligada à AMARC, fará uma cobertura especial. Saiba mais sobre a Cúpula Alternativa dos Povos em http://www.enlazandoalternativas.org/





Memória


Livro, Luta Substantivo Feminino, reúne histórias de 45 mulheres mortas e desaparecidas durante a Ditadura Militar










Para não deixar cair no esquecimento os crimes e as barbaridades ocorridos durante o período da Ditadura Militar, foi lançada recentemente, em São Paulo, a publicação Luta, Substantivo Feminino. O livro reúne histórias de 45 mulheres mortas ou desaparecidas, além de divulgar os depoimentos de 27 sobreviventes, vítimas da violência cometida naquele período por agentes do Estado. São mulheres de diferentes cidades do Brasil que não se conformaram e se opuseram ao regime de violência e censura que passou a vigorar no país em 1964.


Este é o terceiro livro da série “Direito à Memória e à Verdade”, editado pela Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. O novo livro pode ser baixado em formato PDF no endereço http://portal.mj.gov.br/sedh/livromulheres.pdf



Mídia comercial clamou pelo Golpe Militar de 1964

[Blog do Altamiro Borges] No último 1º de abril lembramos os 46 anos do fatídico golpe civil-militar de 1964. Naquela época, a imprensa teve papel destacado nos preparativos do golpe. Na sequência, muitos jornalões continuaram apoiando a ditadura, as suas torturas e assassinatos. Outros engoliram o seu próprio veneno, sofrendo censura e perseguições. Nesta triste data da história brasileira, vale à pena recordar os editoriais dos jornais burgueses na época:




“Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares que os protegeram de seus inimigos. Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais”.



O Globo, 2 de abril de 1964.




“Minas desta vez está conosco... Dentro de poucas horas, essas forças não serão mais do que uma parcela mínima da incontável legião de brasileiros que anseiam por demonstrar definitivamente ao caudilho que a nação jamais se vergará às suas imposições”.


O Estado de S.Paulo, 1º de abril de 1964.



“Desde ontem se instalou no país a verdadeira legalidade... Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas”.


Jornal do Brasil, 1º de abril de 1964.




“Um governo sério, responsável, respeitável e com indiscutível apoio popular, está levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social – realidade que nenhum brasileiro lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama”.


Folha de S.Paulo, 22 de setembro de 1971.





Pérolas da edição


Por Maria Lucia Pontes
Demagogia é falar de remoção compulsória dos moradores dos assentamentos precários, inclusão do nome em lista de espera por moradias em construção, num programa de crédito sem prazos de entrega das casas e oferecimento de três meses de aluguel social como solução habitacional para a ocupação desorganizada do solo, sem considerar a urbanização e execução de obras de infra-estrutura das comunidades consolidadas.



(Maria Lúcia Pontes - Defensora Pública)



Por Mia Couto

“... o compromisso maior do escritor é com a verdade e com a liberdade. Para combater pela verdade o escritor usa uma inverdade: a literatura. Mas é uma mentira que não mente.”


(Mia Couto, no livro Pensatempos)




Novas entrevistas em nossa página


Ima Vieira prevê maior participação da sociedade no Conselho Curador da EBC


[Por TV Brasil] Em entrevista à página da TV Brasil, a presidente do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ima Célia Vieira, analisa a atuação deste espaço de participação da sociedade na empresa pública responsável pela TV Brasil, Agência Brasil, além de oito emissoras de rádio. Em sua opinião, a indicação de conselheiros por meio de consulta pública deve continuar. E lembra que o prazo da atual consulta termina no dia 10/04. Três novos integrantes do Conselho serão escolhidos através de sugestões de grupos da sociedade civil. Leia a entrevista completa.




As tragédias são frutos das opções políticas


[Por Carlos Rizzo, Glauco Faria e Renato Rovai/ Revista Fórum] Raquel Rolsnik, em entrevista à Revista Fórum, já havia falado como os desastres não são naturais, mas sim consequências de um modelo de gestão que não respeita o meio ambiente nem garante qualidade de vida à maioria da população. Pouco tempo depois, o Rio sofreu diversas tragédias com a chuva. Leia a entrevista completa.





Novos artigos em nossa página


A antiga imprensa, enfim, assume partido
[Por Jorge Furtado] Finalmente a antiga imprensa brasileira assumiu que virou um partido político. O anúncio foi feito pela presidente da Associação Nacional dos Jornais e executiva da Folha de S.Paulo, Maria Judith Brito: "Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada". A presidente da associação/partido não questiona a moralidade de seus filiados assumirem a “posição oposicionista deste país” enquanto, aos seus leitores, alegam praticar jornalismo. O artigo é de Jorge Furtado. Leia o texto completo.



A reprise de 2006. Agora, como farsa
[Por Luiz Carlos Azenha] Em 2005 e 2006 eu era repórter especial da TV Globo. Tinha salário de executivo de multinacional. Trabalhei na cobertura da crise política envolvendo o governo Lula. Fui a Goiânia, onde investiguei com uma equipe da emissora o caixa dois do PT no pleito local. Obtivemos as provas necessárias e as reportagens foram ao ar no Jornal Nacional. O assunto morreu mais tarde, quando atingiu o Congresso e descobriu-se que as mesmas fontes financiadoras do PT goiano também tinham irrigado os cofres de outros partidos. Ou seja, a “crise” tornou-se inconveniente.



Capitalismo e Michael Moore: um caso mal resolvido
[Por Sérgio Domingues] Capitalismo: uma história de amor é mais um ótimo filme de Michael Moore. Mas, o próprio diretor parece ter dificuldades em romper radicalmente com aquilo que denuncia tão bem. Leia o texto completo.

Medalha Chico Mendes homenageia vítimas do descaso com Direitos Humanos
[Por Gizele Martins] Mais de 300 pessoas acompanharam e aplaudiram de pé os dez homenageados da Medalha Chico Mendes 2010, cerimônia realizada dia 31/03 no Clube de Engenharia pelo grupo Tortura Nunca Mais. O objetivo dos 22 anos da cerimônia é incentivo à luta de militantes que foram ou estão sendo torturados pelo Estado. A abertura, que teve início por volta das 19h, contou com uma “mística” do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com o canto do hino nacional e a amostra de um vídeo sobre a Ditadura Militar, ao mesmo tempo em que era tocada a música “Cálice” de Chico Buarque. Leia o texto completo.








Expediente


Núcleo Piratininga de Comunicação

Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130
Tel. (21) 2220-56-18 / 9923-1093
www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br

Coordenador: Vito Giannotti

Edição: Claudia Santiago (MTB.14915)

Redação: Sheila Jacob e Vito Giannotti.


Web: Luisa Santiago


Colaboraram nesta edição: Arthur William (RJ), Camila Marins (RJ), Danilo Georges (PR), Gizele Martins (RJ), Jéssica Santos (RJ), Rosane Vargas (RS), Tânia Trento (ES).







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Se você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.

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ÍNDICE
Clique nos ítens abaixo para ler os textos.

Especial
TRAGÉDIA DE ABRIL DE 2010, NO RIO DE JANEIRO

Notícias do NPC
Editora NPC lança Dicionário de Politiquês

Radiografia da Comunicação Sindical
Federação dos Sindicatos de Engenheiros lança primeiro boletim eletrônico semanal

A Comunicação que queremos
Campanha "O Petróleo Tem que Ser Nosso!" lança história em quadrinhos

Proposta de Pauta - Geral
Relator da ONU apresenta quadro da desigualdade no Brasil

Proposta de Pauta - Exploração em Dados
A face desumana da Aracruz Celulose (Fibria) contra seus trabalhadores
Em Belo Horizonte, epidemia de assassinato e mutilações de trabalhadores cometidos pelas construtoras

De Olho Na Mídia
Mensagem de João Pedro Stédile a Luis Nassif reafirma necessidade das ocupações do MST e condena mídia patronal

Democratização da Comunicação
Pontos de Cultura de todo o país se reúnem em Fortaleza para celebrar a diversidade cultural popular brasileira

NPC Informa
Charges Latuffianas no Twitter
Professores substitutos para a ECO
Dia 12 de abril começa Encontro Internacional dos atingidos pela Vale
Em defesa dos jornalistas Keka Werneck, Enock Cavalcanti e Fábio Pannunzio
Documentário mostra contradições de Foz do Iguaçu e propõe outro olhar sobre a periferia
Filme de Carlos Pronzato sobre Euclides da Cunha será lançado na Bahia
Livro aborda situação dos trabalhadores migrantes em São Miguel Paulista

Imagens da Vida
Imagem do pós chuva no Morro do Borel, na Tijuca, Rio de Janeiro.

De Olho Na Vida
Favelados de Niterói lançam nota sobre a tragédia e a omissão do poder público
Secretaria de Direitos Humanos constata situação de miséria e preconceito em áreas indígenas no MS
Vila Autódromo: um caso típico da política de remover favelas no Rio

Dicas
Livro O Brasil, entre o passado e o futuro
Filme: A Guerra contra a democracia desvenda a política dos EUA para a América Latina
Livro Veja: o indispensável partido neoliberal reforça que “A mídia é o verdadeiro partido da burguesia”

NÃO FALTAM BOAS REVISTAS. FALTAM LEITORES.
REVISTA DA QUINZENA – Revista Caros Amigos – edição especial

De Olho No Mundo
Rádios livres e comunitárias da Europa e América Latina preparam cobertura da Cúpula dos Povos, em Madrid

Memória
Livro, Luta Substantivo Feminino, reúne histórias de 45 mulheres mortas e desaparecidas durante a Ditadura Militar
Mídia comercial clamou pelo Golpe Militar de 1964

Pérolas da edição
Por Maria Lucia Pontes
Por Mia Couto

Novas entrevistas em nossa página
Ima Vieira prevê maior participação da sociedade no Conselho Curador da EBC
As tragédias são frutos das opções políticas

Novos artigos em nossa página
A antiga imprensa, enfim, assume partido
Capitalismo e Michael Moore: um caso mal resolvido
Medalha Chico Mendes homenageia vítimas do descaso com Direitos Humanos

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