terça-feira, 30 de março de 2010

NPC

http://www.piratininga.org.br

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Boletim do NPC — Nº 164 — De 15 a 31/3/2010
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais

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Notícias do NPC


Linguagem para transformar o mundo






[Por Sheila Jacob] Dicionário de Politiquês é o novo livro de Vito Giannotti, escritor e coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC). Escrita em parceria com Sérgio Domingues, a publicação é um manual prático de linguagem para ser usado todos os dias por quem deseja se comunicar com muitas pessoas. São cerca de 3500 verbetes incompreensíveis traduzidos para a língua dos “normais”, ou seja, para a grande maioria da população que não passou mais do que oito anos nos bancos escolares. Vito Giannotti já escreveu outros livros sobre o tema. Essa preocupação vem do reconhecimento da importância da linguagem na disputa de hegemonia, ou seja, na disputa por uma nova visão de mundo, por novos valores, para que se chegue à organização da classe trabalhadora para a transformação. “Temos que convencer vários milhões de que é necessário mudar os rumos, participar, se mobilizar e tomar o poder das mãos dos nossos inimigos de classe. E como se convence? Comunicando. Em que língua? Na que todos entendem”, afirma o autor. Leia a entrevista completa.



Fórum Social Urbano debate Direito à Comunicação e importância da mídia alternativa


[Por Sheila Jacob] “Direito à Comunicação também é Direito às Cidades" foi o tema de um debate ocorrido no último dia do Fórum Social Urbano, 26 de março. Estiveram presentes Vito Giannotti, coordenador do NPC; Álvaro Neiva, do Coletivo Intervozes; Helena Elza de Figueiredo, do Movimento Helaiz, que luta contra o seqüestro de crianças; e Gizele Martins, editora do jornal O Cidadão, da Maré. Ao final do debate foi apresentado o vídeo Levante Sua Voz, produzido pelo Intervozes, que retrata a concentração da mídia no Brasil.


Giannotti, fazendo referência ao tema da mesa, constatou que não é garantido a todos(as) o direito à cidade devido à visão que se tem de cidade-empresa, que não prevê a inclusão da população negra e pobre. Ele lembrou que, historicamente, os movimentos sociais e de trabalhadores que se opõem a tal situação e passam a lutar por seus direitos acabam sendo reprimidos e silenciados, sem ter garantido seu direito à comunicação. Como Giannotti avalia, essa estratégia é importante para deixar a classe trabalhadora cada vez mais e oprimida e assustada, sem reconhecer seus direitos. “Por isso é importante combater essa mídia burguesa, criando nossos próprios meios de comunicação que disputem a visão de mundo”, concluiu.
Confira a cobertura completa em nossa página.




Curso de Oratória em 10 e 11 de abril



Inscrições e informações: (21) 2220-5618 com Augusto.





Lançamento de Dicionário de Politiquês será no dia 20/04



O lançamento do Dicionário de Politiquês (Ed. NPC) está marcado, inicialmente, para o dia 20 de abril, às 19h, no Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro, que fica na Avenida Rio Branco, 277, 401, Centro do Rio. O livro foi escrito por Vito Giannotti e Sérgio Domingues.





A Comunicação que queremos


Lançada cartilha em defesa dos direitos de moradores de favelas





Na quinta-feira, 18/03, foi lançada a Cartilha Popular do Santa Marta: abordagem policial, com edição inicial de três mil exemplares. A publicação surgiu da necessidade de os moradores da comunidade conterem os excessos e abusos da ação policial no país. A cartilha descreve os limites da ação da polícia e orienta os moradores sobre a melhor maneira de agir em uma abordagem e nos casos de violação de seus direitos. No sábado, dia 20, houve uma festa de lançamento com apresentação de grupos culturais de Santa Marta e de outras comunidades.


As organizações Visão da Favela Brasil e o Grupo ECO, ambas do Santa Marta, coordenaram a construção da cartilha. A publicação teve o apoio da Associação de Moradores da comunidade, do Mandato Marcelo Freixo, da Justiça Global, CDDH-Petrópolis, IDDH, Anistia Internacional, e outras organizações.



Blog da Reforma Agrária já está no ar


Estreou no dia 18 de março o blog da rede de comunicadores em apoio à Reforma Agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais. Esta foi uma das decisões da reunião que ocorreu na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Dela participaram cerca de 100 pessoas, entre jornalistas, radialistas, blogueiros, estudantes e radiodifusores comunitários.



Um dos objetivos editoriais do blog é monitorar os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), instalada no final do ano passado por imposição da bancada ruralista que visa criminalizar todos(as) aqueles(as) que lutam pela distribuição de terras no país. A nova página também servirá para divulgar experiências bem sucedidas de reforma agrária, de assentamentos rurais e de agricultura familiar, que a mídia privada omite. O blog terá sessões fixas, como o raio-x do latifúndio, impactos do agronegócio, quem apóia a reforma agrária, entre outras.
Acesse o blog em http://www.reformaagraria.blog.br/


[Fonte: blog do Miro - http://altamiroborges.blogspot.com]





Proposta de Pauta


Direita se reúne em ataque ao Plano Nacional de Direitos Humanos


As entidades empresariais e de classe reunidas no Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor vão lançar, nos próximos dias, um manifesto contra o Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH), instituído por decreto presidencial em dezembro do ano passado. Entre as entidades associadas estão a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio).



A iniciativa foi anunciada pelo presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sincon-SP), José Maria Chapina Alcazar, durante debate sobre o PNDH realizado no dia 18/03. Segundo ele, as entidades veem no plano do governo uma tentativa de amordaçar a imprensa e de cercear o Judiciário. Também são contrárias à regulamentação do imposto sobre grandes fortunas e a mudanças nos currículos escolares propostas pelo programa.
O PNDH estabelece uma série de diretrizes para políticas públicas. Porém, sua implantação depende de aprovação de leis específicas pelo Congresso.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.





De Olho Na Mídia


O Globo veta anúncio em defesa das cotas nas universidades

[Por Altamiro Borges] O jornal O Globo vetou a publicação de um anúncio pago em defesa das cotas nas universidades brasileiras. A peça publicitária do movimento Afirme-se, produzida pela agência baiana Propeg, enfatizava que 60% dos brasileiros apóiam as políticas afirmativas e defendia a manutenção das cotas. O anúncio visava interferir nos debates da audiência pública do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema. Ele foi publicado em vários veículos ao custo médio de R$ 40 mil. Já o jornal da família Marinho, que antes havia orçado a publicação em R$ 54.163,200, ao saber do conteúdo da campanha elevou o preço para R$ 712.608,00 – um aumento de 1.300%.

Preço elevado em 1.300%
O movimento Afirme-se ingressou com representação no Ministério Público do Rio de Janeiro contra O Globo, exigindo a “punição do veículo e a obrigatoriedade da publicação do anúncio a preço simbólico ou gratuito”. Para o jornalista Fernando Conceição, coordenador do Afirme-se, o majoração de 1.300% “é uma coisa irracional, por isso ingressamos com uma representação por abuso de poder econômico”. Segundo o advogado João Fontoura Filha, a atitude do jornal atenta contra a liberdade de expressão e fere vários artigos da Constituição.

Na ação enviada ao subprocurador-geral de Justiça e Direitos Humanos, o advogado afirma que o anúncio visava “informar a sociedade a respeito da constitucionalidade das cotas – tão atacadas nos editoriais e artigos difundidos, entre outros, pelo O Globo”.




Mais uma análise sobre os significados do Fórum realizado pelo Instituto Millenium

[Por Gilberto Maringoni] Vale a pena refletir mais um pouco sobre os significados e consequências do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, realizado pelo Instituto Millenium, em São Paulo , em 1 de março.


A questão é: por que os barões da mídia resolveram convocar um evento público para discutir suas ideias? (...) Quem assistiu aos debates não deixou de ficar preocupado. Aos arranques, os pitbulls da grande mídia atacaram toda e qualquer tentativa de se jogar luz no comportamento dos meios de comunicação. Talvez o maior significado do encontro esteja em sua própria realização. Não é todo dia que os donos das grandes empresas de comunicação deixam de lado a concorrência e se juntam para pensarem em táticas comuns na cena política nacional. No Fórum estavam unidos Roberto Civita [Abril], Otávio Frias Filho [Folha] e Roberto Irineu Marinho [Globo]. Sem mais nem porquê. (...)




Não se pode dizer que a turma resolveu botar o golpe na rua. Mas é sintomática a realização do evento quase no mesmo dia em que a candidatura de Dilma Roussef empatou com a de José Serra, de acordo com o Datafolha. Ou que ele aconteça quando os partidos conservadores - PSDB e DEM - estejam às voltas com crises sérias. O que isso quer dizer? Que as representações institucionais da direita brasileira estão se esfarelando. Seu candidato não sabe se vai ou se não vai. Apesar de o governo Lula deixar intocada a política econômica neoliberal, este não é o governo dos sonhos da plutocracia pátria. Ela odeia sua política externa, e também a possibilidade de um governo Dilma acatar indicações das várias conferências temáticas realizadas nos últimos anos, como a de Direitos Humanos e a de Comunicação (Confecom).



A tática golpista vingará? Pouco provável. Não se pode, contudo, subestimar essa turma. Como interpretar a delirante intervenção de Arnaldo Jabor, ao dizer que "A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo?" Como chegar a tal objetivo se não pela quebra da democracia?


[Trechos do artigo de Gilberto Maringoni, para a Carta Maior. Leia o texto completo em nossa página]




NPC Informa


Livro analisa avanços e contradições da comunicação em rede


Mutações do visível, da comunicação em massa à comunicação em rede é o nome do novo livro organizado pelo professor Dênis de Moraes, da UFF. A publicação, da Editora Pão e Rosas, será lançada no dia 30 de março,às 19h, no auditório do Sindicato dos Bancários, em Porto Alegre. Haverá um debate com os três autores brasileiros: Dênis de Moraes, Antônio Fausto Neto e Valério Cruz Brittos. O debate será promovido pelo Grupo de Pesquisa em Comunicação, Economia Política e Sociedade (Cepos), da Unisinos.


Em entrevista ao jornal Brasil de Fato, o professor explicou que a publicação reúne autores que se destacam internacionalmente na análise dos efeitos da cultura digital. O objetivo é avaliar criticamente as diversas mutações comunicacionais e socioculturais que ocorrem hoje por força da acelerada expansão das tecnologias digitais. Como afirma Moraes, existem contradições e diferentes aspectos a serem considerados antes de se aceitar passivamente o culto celebratório do novo e as euforias tecnológicas. "Devemos reconhecer avanços como, por exemplo, as funcionalidades dos celulares; os serviços públicos online; os espaços colaborativos; e a divulgação descentralizada de dados, sons e imagens através da internet. Mas não podemos deixar de ressaltar que há sérias desigualdades nos acessos e usos dessas mesmas tecnologias. Parcelas expressivas da população mundial continuam excluídas", analisa o organizador.



Brasil de Fato realiza curso de formação política em parceria com ENFF


O jornal Brasil de Fato e a Escola Nacional Florestan Fernandes realizarão em Brasília, no Distrito Federal, o 1º Curso sobre Conjuntura, intitulado "A conjuntura política em 2010: burguesia, capital e embate eleitoral no Brasil". O curso está organizado em quatro módulos semanais durante o mês de maio de 2010. Os palestrantes são de reconhecida produção teórica nos temas e/ou então atuam efetivamente nas organizações políticas.


Informações sobre como fazer a inscrição e a programação completa do curso em http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/brasil-de-fato-realiza-curso-de-formacao-politica



Simpósio em Londrina (PR) discute política no continente latino-americano

Entre os dias 14 e 17 de setembro de 2010 será realizado o 4º Simpósio Lutas Sociais na América Latina, na Universidade Estadual de Londrina (PR). O eixo temático será Imperialismo,


nacionalismo e militarismo no século XXI. Haverá grupos de trabalho sobre os seguintes temas: “Lutas camponesas e indígenas na América Latina”; “Estado, ideologias e meios de comunicação”; “Classes sociais e transformações no mundo do trabalho”; “Imperialismo, nacionalismo e militarismo na América Latina”; “Lutas sociais urbanas”; “Socialismo no século XXI e problemas da transição”; “Feminismo e marxismo na América Latina”; e “Marx e marxismos latino-americanos”. Para saber sobre envio de artigos e propostas de painéis, basta acessar a página www.uel.br/ gepal.




Livro sobre a resistência nos quilombos vai para Feira na Itália

O livro Zumbi dos Palmares, do bancário Renato Lima, foi uma das obras brasileiras selecionadas para representar o Brasil na Feira do Livro Infantil de Bolonha, na Itália. Para o autor, esse reconhecimento é uma quebra de barreiras, principalmente em relação à discriminação social. “É gratificante ver o negro representar resistência à discriminação social e à escravidão. São fatos contra os quais lutamos desde sempre, e que agora ganham destaque internacional.” Seu livro


tem como objetivo mostrar o legado do líder mais famoso dos quilombos no Brasil, Zumbi, que virou símbolo da luta contra a escravidão e pela liberdade. Por isso ele é um ícone para o movimento negro. Recuperar sua história significa reforçar o movimento contra a divisão entre casa e grande e senzala que continua na nossa sociedade, mesmo tendo passado tantos anos após a abolição.





Imagens da Vida









Durante o fim de semana essa foto de Clayton de Souza, da Agência Estado, circulou pela internet como se uma vítima da PM estivesse socorrendo seu agressor durante manifestação de professores em São Paulo. Mas o suposto professor é, na verdade, um soldado da PM à paisana. Ele socorreu sua colega de trabalho, a soldado Erika Cristina Moraes de Souza Canavezi. Resta saber o que um PM à paisana fazia no meio da manifestação. O jornalista Luiz Carlos Azenha publicou o assunto em seu blog. E solicitou da PM uma explicação. Até agora a resposta não veio. Veja mais em: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/foto-da-manifestacao-pm-ainda-nao-sabe-o-nome-do-policial-que-socorreu-a-soldado-nem-o-que-fazia-la.html





De Olho Na Vida


Fórum Social Urbano reivindica democracia urbana e direito à cidade

Marcha de abertura do Fórum Social Urbano, dia 22/03





Foto por: Francisco Valdean / Ag. Imagens do Povo


Imagens do FSU no blog: http://www.ocotidiano.com.br/search?q=F%C3%B3rum+Social+urbano




De 22 a 26 de março ocorreu, no Rio de Janeiro, o Fórum Social Urbano, encontro paralelo ao Fórum Urbano Mundial, organizado pela ONU, que estava sendo realizado no mesmo período. Organizado por diversos movimentos sociais e entidades de esquerda, o FSU propôs debates e rodas de discussão sobre diversos assuntos, como a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais; a injustiça na divisão urbana; os sociais causados por megaeventos; as diferentes concepções de cidade; a exclusão e silenciamento dos pobres e negros; os grandes empreendimentos e conflitos socioambientais; projetos urbanos; direito à comunicação; e muitos outros. O encontro foi um marco para os que lutam pela democracia, pela justiça urbana e pelo direito à cidade.




Na quinta-feira, durante uma plenária que reuniu cerca de 300 pessoas, foi consolidado o dia 25 de março como Dia Internacional de Luta pelo Direito à Cidade. Os presentes assumiram ainda o compromisso de construção do 2º Fórum Social Urbano, daqui a dois anos, quando ocorrerá novamente o encontro organizado pela ONU. Também foi produzido e aprovado o texto base da Carta do Rio, que receberá contribuições até o dia 15 de abril. Quem quiser colaborar, basta mandar e-mail para cartadoriofsu@gmail.com.

A cobertura completa do FSU está em www.forumsocialurbano.wordpress.com



Ato público encerra 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres

Após onze dias de caminhada desde Campinas, de onde saíram no dia 8 de março, as duas mil militantes da Marcha Mundial das Mulheres chegaram na quinta-feira, 18/03, a São Paulo. Ao todo, três mil mulheres dos 27 estados brasileiros participaram da chamada Ação 2010, que tem quatro eixos de luta: "autonomia econômica das mulheres", "paz e desmilitarização", "pelo fim da violência sexista" e "pela defesa dos bens comuns e serviços públicos". O lema da 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres é Seguiremos em marcha, até que todas sejamos livres. Por isso, nem no Brasil, nem nos outros 51 países que realizaram atividades no primeiro período de lutas (de 8 a 18 de março), a quinta-feira significa um ponto final.

Veja a cobertura completa da marcha em http://www.sof.org.br




Chacina da Baixada: não esqueceremos!

Nesta quarta-feira, dia 31 de março, ativistas sociais e militantes de direitos humanos do Rio de Janeiro vão lembrar os cinco anos da Chacina da Baixa. Uma carreata sairá às 14h30, na Via Dutra, em frente à concessionária Besouro Veículos. A manifestação irá seguir pela rodovia, com paradas onde as vítimas foram mortas, passando pela Rua Gama e depois por Queimados, com encerramento na Praça da Bíblia. Informações com Luciene: (21) 8640-6823.


Chacina da Baixada


No dia 30 de março de 2005, noite de quarta-feira, policiais decapitaram duas pessoas e atiraram a cabeça de uma delas para dentro do 15º Batalhão da Polícia Militar em Duque de Caxias. As cenas foram registradas pelo sistema de segurança de uma escola ao lado do Batalhão.


A ação seria uma resposta ao comando da polícia pela “operação Navalha na Carne”, que colocou sob detenção mais de uma centena de policiais e levou vários outros a prisão por desvio de conduta.


Na noite seguinte, 31 de março, policiais iniciaram uma seqüência de mortes em Nova Iguaçu e terminaram em Queimados. O resultado foi 29 mortos, sendo, oito crianças.




Dicas


Vídeo na internet sobre a vida do militante Octavio Brandão





O documentário Octavio Brandão: As lutas do seu tempo foi produzido pelo Arquivo Edgar Leuenroth da Unicamp. Foi baseado em um longo depoimento dado pelo dirigente comunista entre 1977 e 1978, pouco tempo antes de sua morte, em março de 1980. Brandão ingressou no Partido Comunista do Brasil logo após sua fundação, em 1922. Em pouquíssimo tempo tornou-se, ao lado de Astrojildo Pereira, um dos importantes dirigentes daquela organização política.


No filme ele fala sobre seu pioneirismo em várias áreas do conhecimento, e também da ação revolucionária. Sua vida foi marcada por uma grande esperança de transformar o Brasil e o mundo, mas também por algumas decepções. A mensagem que deixa para as novas gerações é que a luta sempre vale a pena. Como ele mesmo diz: “dirão que fui um grão de areia, mas a praia é feita de grãos de areia. Alguém tinha que começar”.
Veja o documentário e leia uma breve biografia de Brandão clicando no link abaixo:


http://www.fmauriciograbois.org.br/portal/cdm/noticia.php?id_sessao=32&id_noticia=672




Octavio Brandão Rego


Poeta, naturalista, libertário, anarquista, comunista, precursor do petróleo no Brasil. Nasceu em Viçosa (AL), no dia 12 de setembro de 1896. Foi, junto com Astrojildo Pereira, um dos pilares da formação do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Sua ideologia e militância levaram-no a passar 15 anos de sua vida no exílio e décadas na clandestinidade. Foi preso 17 vezes. Morreu no dia 15 de março de 1980, lutando contra um AVC.



Livro de Rubim Aquino torna inesquecíveis os anos de chumbo



O historiador e professor Rubim Aquino está lançando o livro Um tempo para não esquecer. A publicação é uma tentativa de manter viva a memória em relação ao nosso passado recente de torturas e violência praticadas no período da Ditadura Militar. A partir de uma pesquisa de mais de 20 anos, o autor traz à tona histórias sobre o aparato repressivo do Estado Brasileiro de décadas atrás. Ele mostra como a violência em suas variadas formas, física e psicológica, e os sistemas de informação e vigilância foram institucionalizados em nosso país. O historiador fala sobre os principais centros oficiais e clandestinos de tortura e mortes criados, além de apresentar uma lista de centenas de pessoas envolvidas direta e indiretamente com a repressão. Dentre elas estão alguns médicos legistas que falsificaram certidões de óbitos. Este livro consiste em um “alerta contra as mais variadas formas de tortura, tão banalizadas e, mesmo, aplaudidas por vários segmentos sociais nos dias de hoje. Livro que é um brado contra a prática da tortura, ainda defendida por alguns como um ‘mal menor’ e por vezes, necessário”, diz a psicóloga Cecília Coimbra, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, na apresentação do livro.



REVISTA DA QUINZENA – Revista Sem-Terra n°54

O BoletimNPC está abrindo uma nova seção, após a constatação de que faltam leitores(as) para as várias revistas de esquerda existentes no país. A cada quinzena apresentaremos uma dessas publicações.


Dessa vez indicamos a última edição da Revista Sem-Terra, dos meses de fevereiro e março. A publicação traz um excelente estudo sobre a “Era Chávez” na Venezuela, além de outros assuntos. Veja o índice:


- Editorial: Criminalização da luta social;
- Entrevista: Direitos Humanos e Reforma Agrária
- Universidade: um sonho possível
- Confecom, entre a conciliação de classes e a organização popular
- Entrevista: Haiti: a catástrofe anunciada
- Internacional: Em Copenhague, o meio ambiente ficou de fora
- Internacional: A Reforma Agrária na Bolívia: possibilidades e desafios
- MST: As mudanças estruturais na agricultura
- Resenha: “Evidências do real”
- Em pauta: Por que ser Marighellista?
- Estudo: Venezuela: a era Chávez
- Cultura: Uma viagem pelas imagens do Sertão
- Crônica do trabalhador: de tragédia em tragédia



Saiba mais em http://www.mst.org.br/revista/54





De Olho No Mundo


Hugo Chávez amplia acesso à internet e anuncia criação de blog

Alvo de críticas por um suposto projeto para limitar o acesso à internet, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi à televisão negar que pretende estabelecer censura no país. Segundo ele, o número de usuários de internet saltou de 273 mil para 1,5 milhão nos últimos nove anos. "A notícia que percorre o mundo de que vamos acabar com a internet é falsa, assim como a de que vamos restringir o serviço. Temos uma estratégia central que é a transferência de poder para o povo”, disse Chávez, durante seu programa Alô Presidente. O presidente afirmou ainda que serão abertos 24 novos centros de informação em todo o país. Atual mente há 668 centros no Projeto Infocentros. Chávez disse que esses centros têm capacidade para servir mais de 2 milhões de pessoas por ano.


O presidente da Venezuela anunciou também a criação de um blog que será atualizado por ele mesmo, direto do Palácio Miraflores, para combater informações falsas que correm o mundo a respeito de seu governo. A intenção é “comunicar-se com milhões; não somente com a Venezuela, mas também com o mundo". Ainda não se sabe quando a página entrará no ar e qual será o endereço. O presidente venezuelano avalia que as redes sociais da internet servem de instrumento para que a direita do país engane o público.


[Com informações da Agência Brasil e O Globo]




No México houve o Festival das Resistências e Arrastão Latino Americano de Rádios Livres

No sábado, dia 13 de março, ocorreu, na Cidade do México, o Festival das Resistências. 12 bandas e músicos ajudaram a reunir 10.400 pessoas contra a criminalização dos movimentos sociais. O festival de música também pretende fortalecer e dar visibilidade a nove movimentos indígenas, camponeses e de trabalhadores. São eles: o Consejo Autónomo Regional de la Zona Costa de Chiapas; Consejo de Ejidos y Comunidades Opositores a la Presa La Parota; Consejo Indígena Popular de Oaxaca Ricardo Flores Magón; Coordinadora Regional de Autoridades Comunitarias - Policía Comunitária; Frente de Pueblos en Defensa de la Tierra de San Salvador Atenco; Frente Popular Francisco Villa Independiente – UNOPPI; Radio Ñomndaa; SME; e as Viudas de Pasta de Conchos.


Ao mesmo tempo, rádios livres e comunitárias de pelo menos quatro países (México, Colômbia, Brasil e Argentina) interligaram suas programações ao Festival. Entre si, as emissoras trocaram conteúdos e retransmitiram a programação pela internet e em ondas eletromagnéticas. No Brasil, o "arrastão" contou com a rádio livre da Universidade Federal de São Carlos (SP) e com a rádio Porto Área, do Rio. Esta última fez sua primeira transmissão teste, além de realizar um encontro com participantes de rádios livres de vários coletivos.





Memória


O Quarto Estado






“E assim, o quadro conseguiu ser do jeito que eu o queria: um quadro social que representasse o fato mais importante da nossa época, que é o avançar fatal dos trabalhadores”.


[Trecho da carta escrita pelo pintor italiano Pelizza da Volpedo,

que pintou O Quarto Estado por volta de 1890].


O quadro “mostra, através da perfeição das personagens e da paisagem, a segurança da classe trabalhadora, consciente de seu papel histórico. É um quadro de gestos contidos. Quase um manifesto da entrada em cena da classe operária naquele começo do século 20” . Leia o texto completo sobre a imagem-símbolo do NPC em nossa página.





Pérolas da edição


Karl Marx


“O homem feliz é aquele faz os outros felizes; a melhor profissão, portanto, dever ser a que proporciona ao homem a oportunidade de trabalhar pela felicidade do maior número de pessoas, isto é, pela humanidade”



Dissertação de Karl Marx, aos 17 anos, no Ginásio de Tréves.




Vito Giannotti




Disputar a hegemonia significa, primeiro, disputar a visão de mundo, os valores, e levar a novas atitudes para se contrapor à atual forma de organização do mundo. Ou seja: mudar. Nessa nossa batalha contra-hegemônica, nós precisamos de duas coisas, como dizia Gramsci: precisamos ter convencimento da classe com a qual nós queremos fazer a transformação. E também precisamos de força, como a organização em partidos, em centrais, em sindicatos, em governos. Mas , para isso, temos que convencer vários milhões de que é necessário mudar os rumos do mundo, participar, se mobilizar e tomar o poder das mãos dos nossos inimigos de classe. E como se convence? Comunicando. Em que língua? Na que todos entendem.

Em entrevista a Sheila Jacob sobre o livro Dicionário de Sindicalês.





Novas entrevistas em nossa página


"É mais fácil trabalhar o diálogo e a transformação nos meios alternativos do nos comerciais"

[Por Marília Gonçalves] Em entrevista ao BoletimNPC, a jornalista Fernanda Pereira fala sobre a importância da teoria de Paulo Freire não apenas para os estudos em educação, mas também para a área de comunicação. Como ela mostra, o ideal defendido pelo educador de "diálogo" e "construção coletiva de conhecimento" pode ser aplicado à mídia. "A prática de ensino dirigista, em que um professor dita as fórmulas - assim como a mídia unilateral, de mão única - não possibilitam uma verdadeira educação - nem uma verdadeira comunicação", afirma.




Em sua dissertação de mestrado Comunicação do Oprimido: movimentos populares midiáticos nas favelas do Rio de Janeiro, defendida na Escola de Comunicação da UFRJ, ela analisa a questão da opressão nos dias de hoje e mapeia os meios de comunicação comunitários no Rio de Janeiro. Apesar dos problemas que possuem, ela constatou que é mais fácil trabalhar o diálogo, a participação e a transformação nesses veículos do que na mídia empresarial, que possui objetivos comerciais. Confira a entrevista.




Novos artigos em nossa página


A imprensa brasileira e Cuba: Os fariseus e a dignidade
[Por Emir Sader] O que sabem os leitores dos diários brasileiros sobre Cuba? O que sabem os telespectadores brasileiros sobre Cuba? O que sabem os ouvintes de rádio brasileiros sobre Cuba? O que saberia o povo brasileiro sobre Cuba, se dependesse da mídia brasileira? O que mais os jornalistas da imprensa mercantil adoram é concordar com seus patrões. Podem exorbitar na linguagem, para badalar os que pagam seu salários. Sabem que atacar ao PT é o que mais agrada a seus patrões, porque é quem mais os perturba e os afeta. Vale até dar espaco para qualquer mercenário publicar calúnias contra o Lula, para, depois jogá-lo de volta na lata do lixo. Leia o texto completo em nossa página.




O rosnar golpista do Instituto Millenium

[Por Gilberto Maringoni] Não é bom subestimar os pitbulls da imprensa brasileira. A direita não costuma se unir apenas para tomar chá com torradas. Só não articulam um golpe por sua legitimidade social ser reduzida. Vale a pena refletir mais um pouco sobre os significados e consequências do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, realizado pelo Instituto Millenium em São Paulo, na segunda-feira, 1º de março. A grande questão é: por que os barões da mídia resolveram convocar um evento público para discutir suas idéias? Leia o texto completo.





Expediente


Núcleo Piratininga de Comunicação

Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130
Tel. (21) 2220-56-18 / 9923-1093
www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br

Coordenador: Vito Giannotti

Edição: Claudia Santiago (MTB.14915)

Redação: Sheila Jacob e Vito Giannotti.





Web: Luisa Santiago



Colaboraram nesta edição: Camila Marins (RJ), Gabriela Moncau (SP), Jéssica Santos (RJ), Leandro Uchoas (RJ), Marília Gonçalves (RJ), Mario Camargo (RJ), Tatiana Lima (RJ) e Sérgio Domingues (RJ).








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ÍNDICE
Clique nos ítens abaixo para ler os textos.

Notícias do NPC
Linguagem para transformar o mundo
Fórum Social Urbano debate Direito à Comunicação e importância da mídia alternativa
Curso de Oratória em 10 e 11 de abril
Lançamento de Dicionário de Politiquês será no dia 20/04

A Comunicação que queremos
Lançada cartilha em defesa dos direitos de moradores de favelas
Blog da Reforma Agrária já está no ar

Proposta de Pauta
Direita se reúne em ataque ao Plano Nacional de Direitos Humanos

De Olho Na Mídia
O Globo veta anúncio em defesa das cotas nas universidades
Mais uma análise sobre os significados do Fórum realizado pelo Instituto Millenium

NPC Informa
Livro analisa avanços e contradições da comunicação em rede
Brasil de Fato realiza curso de formação política em parceria com ENFF
Simpósio em Londrina (PR) discute política no continente latino-americano
Livro sobre a resistência nos quilombos vai para Feira na Itália

Imagens da Vida


De Olho Na Vida
Fórum Social Urbano reivindica democracia urbana e direito à cidade
Ato público encerra 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres
Chacina da Baixada: não esqueceremos!

Dicas
Vídeo na internet sobre a vida do militante Octavio Brandão
Livro de Rubim Aquino torna inesquecíveis os anos de chumbo
REVISTA DA QUINZENA – Revista Sem-Terra n°54

De Olho No Mundo
Hugo Chávez amplia acesso à internet e anuncia criação de blog
No México houve o Festival das Resistências e Arrastão Latino Americano de Rádios Livres

Memória
O Quarto Estado

Pérolas da edição
Karl Marx
Vito Giannotti

Novas entrevistas em nossa página
"É mais fácil trabalhar o diálogo e a transformação nos meios alternativos do nos comerciais"

Novos artigos em nossa página
A imprensa brasileira e Cuba: Os fariseus e a dignidade
O rosnar golpista do Instituto Millenium

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