segunda-feira, 22 de março de 2010

Mensagens aos Brasileiros

Mensagem aos Brasileiros

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“Plante essa Semente Mario Presidente”.



Afirmavam que a disputa para a Presidência da República em 2010 seria entre os mesmos partidos que se revezam no poder há anos, os quais nunca resolveram os problemas que atormentam a população brasileira: Segurança, Saúde, Educação, Corrupção, Habitação e muitos outros. Ou seja, as mesmas idéias e promessas, os personagens de sempre. Eles e seus aliados já estão desgastados e antagonizados entre si, não têm projetos para o país, promovem a divisão dos brasileiros entre ricos e pobres, brancos e negros, civis e militares, sulistas e nordestinos, partidarizam as instituições de estado, consomem as energias da sociedade em debates inúteis. Enfim, reduzem tudo a um jogo de interesses menores, de disputa pelo poder, e quem de fato perde são os Brasileiros.
Agora existe uma alternativa moderna e corajosa, que não teme os poderosos, sem os vícios e deformações da política tradicional, e com foco na Prosperidade, Bem Estar e Dignidade de todos os Brasileiros: é o MARIO OLIVEIRA.

MARIO é Engenheiro, Advogado, Pós-Graduado em Administração e Finanças, Escritor, Professor Universitário. Foi engenheiro da Petrobras, executivo de grandes empresas, presidente de empresa multinacional, trabalhou no Brasil e no Exterior. Fala várias línguas, é culto e esportista. Elaborou um Projeto de Governo com idéias e propostas viáveis e modernas para levar o Brasil ao Primeiro Mundo em oito anos. Tem experiência, qualificação, integridade, maturidade, energia e paixão para liderar este novo tempo.

MARIO propõe que, para trilharmos o caminho do desenvolvimento rápido, permanente e vigoroso, é preciso acabar com as políticas atrasadas, viciadas e corruptas, incluir as mulheres de forma igualitária nos centros de decisão, implantar o ensino básico em período integral, reduzir os impostos, restabelecer a autoridade, a segurança e os valores morais e cívicos. E especialmente unir e mobilizar os brasileiros em torno de um autêntico projeto de nação, em que as instituições funcionem, as leis sejam respeitadas, o dinheiro público seja utilizado em beneficio da população e as pessoas possam prosperar e criar seus filhos em total segurança.
Convidamos as mulheres e os homens, para que ACREDITEM e VENHAM conosco, para juntos construirmos um novo tempo. É necessário e é possível.
Nós, as pessoas do BEM, somos a maioria, e vamos TRANSFORMAR o BRASIL no país que queremos e merecemos. A hora é agora, vamos fazer acontecer.

Amigos do Mario Presidente
Acesse www.mibrasil.com.br para conhecer as propostas de mudanças e o www.mariooliveira.com.br para participar da Grande Corrente da Mudança.


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Caro(a) Amigo(a),

nesta mensagem deixo claro o candidato de minha preferência à Presidência da República. Infelizmente a melhor opção política, em termos de propostas político-partidárias, ainda não se tornou realidade no Brasil, o Partido Federalista ainda está em formação (http://www.federalista.org.br/) e o Brasil segue uma República Federativa somente no nome.

O meu candidato à Presidência é o Engº e Adv. Mário de Oliveira Filho, a quem recomendo que deem especial atenção.


http://mibrasil.com.br/

http://www.mariooliveira.com.br/video/programa-fala-serio-alltv


É a minha opção, como eleitor, como brasileiro. Mas isso não quer dizer que concorde com ele em todos os pontos, o que é e deve ser normal, pois entendo que cada brasileiro deve ter seu pensamento próprio, individual, buscando preservar seus valores e nunca pensar no coletivo quando este visa subjugar as pessoas. E outra questão é a da rota da desresponsabilização, isso quando passamos a entende que cabe ao Estado isso ou aquilo, deixamos de atuar no contexto econômico. Karol Józef Wojtyła - Johannes Paulus II levantou muito bem a questão quando alertava os teólogos latino-americanos que se deixaram encantar por uma profanação, aceitando como verdadeiros conceitos e teorias socialistas, as quais inseriram no que denominaram de "Teologia da Libertação". Em especial quando ele citou que quando "interesse individual é violentamente suprimido, acaba substituído por um pesado sistema de controle burocrático, que esteriliza as fontes da iniciativa e criatividade”.


Mas ele é o melhor candidato. Não opto e não oPTo pela a continuidade da submissão do Brasil ao Foro San Pablo e a divisão da sociedade pela luta de classes ou falsos direitos, não aceito o clientelismo político como prática política, seja com seu "republicano" capitalismo de comparsas ao qual se somou o socialismo de privilegiados.

Não opto pela política também desastrosa do PSDB, que no meu entender, com o PT, são cabeças de um mesmo monstro. Quanto a potencial candidato José Serra, a aproximação até pode fazer sentido em muitos pontos, em especial quando é a única alternativa para nos afastarmos de um totalitarismo. Mas cito que são cabeças de um mesmo monstro, em especial quando não vejo compromisso em eliminar os entraves ao nosso desenvolvimento e vale a reflexão, particularmente recomendo que leia, além dos anexos o texto abaixo e ouça atentamente aos comentários que o nosso amigo Luciano Pires nos apresenta:

http://www.kanitz.com.br/impublicaveis/defesa_da_classe.asp

o qual foi comentado pelo Luciano Pires:

http://www.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast/?pagina=/2010/01/14/falando-sobre-nacao/

E mais importante ainda, em especial quando estamos escolhendo o nossos candidatos à próximas eleições majoritárias:

http://www.ordemlivre.org/?q=node/80


Entendo que os principais problemas brasileiros são a discriminação espacial, que requer Planos Diretores que rejeitem programas de exclusão como o Programa "Minha casa, Minha vida", ou a conivência com as favelas, e que requer também compromisso e boa gestão frente às Agenda 21 Local, que sejam apoiados pela população; a justiça, a qual inclui principalmente a polícia judiciária, que no Brasil está indevidamente na esfera da segurança pública e subordinadas ao executivo, sendo políticamente administradas e são conhecidas pelas Polícias Federal, Polícia Civil e Polícia Técnico-científica; a Defesa Nacional; a Segurança Pública, que é desenvovida pelas Polícias Militares ou Brigadas Militares, mas que inclui também toda uma gama de entidades, observando o princípio da subsidiariedade, que podem e devem também incluir entidades privadas, como a empresas de vigilância, escolta, proteção a autoriedades etc., mas que não podem fugir do controle da sociedade como ocorre atualmente, principalmente quando as nossas polícias, as polícias, inclusive a judiciária, são propositadamente mal remuneradas, que além de não atrair bons profissionais, submente os policiais à necesssidade de empreenderem dupla ou tripla jornada de trabalho para terem o mínimo de dignidade, o que é feito a serviço, na maioria dos casos privilegiando políticos, quando não a serviço de entidades que fogem ao controle da sociedade devido a falta de uma Agência Nacional, quando não são "privatizadas" e a serviço de marginais como as milicias; a educação fundamental e uma série de entraves, os quais cito os quatro principais:

Os entraves no meu entender são:


O primeiro entrave, e o mais perverso deles, está no baixo investimento na área do ensino fundamental, que não é universal e muito menos de qualidade. Optamos por privilegiar os gastos na área da educação para o ensino superior gratuito, criando um dos mais perversos mecanismos de concentração de renda, dos impostos pagos pelos mais desfavorecidos, a maior parte é destinada às universidades estatais e através destas, por meio de políticas populistas aos que lá estudam, onde seguramente a totalidade dos mais pobres não tem acesso, mesmo com as políticas revestidas de falta de meritocracia, demagógicas e populistas de cotas. Pior é que se cria na mentalidade do universitário brasileiro, a futura elite intelectual, que é honesto e moral viver à custa do Estado, deixando de lado a compreensão clara que qualquer gasto público é coberto pelos impostos, que como sabemos impede também o nosso desenvolvimento. O ensino superior deve ser sempre pago, pois existem meios para tal, entre os quais temos:

1. sistema de crédito educativo eficaz e justo;
2. bolsas por parte do governo atreladas ao desempenho no ensino básico ou outro critério de competência e não de privilégio, como se verifica agora nos sistemas de cotas, nos casos dos brancos, negros, mestiços, amarelos, ruivos, laranjas ou polacos – sendo livre a escolha por parte do aluno a entidades de ensino superior, podendo optar por uma federal, estadual, confessional e particular, aquela que melhor mostrar sua competência;
3. bolsas por parte das empresas;
4. financiamento direto, tal qual hoje nas particulares ou confessionais;
5. pago pela própria instituição mediante prestação de serviços de monitoramento e outros - o aluno presta serviços à entidade;
6. prestação de serviço civil ou militar obrigatório, no qual seriam remunerados pelo piso mínimo da categoria, mas teriam que prestar serviço nas localidades em que forem designados pelas forças armadas ou entidades civis a serem organizadas pela sociedade e não pelo Estado;
7. fundos de investimentos;
8. através das ONGs ligadas aos direitos dos afro-descendentes, indígenas, etc.;
9. ou outra forma criativa, afinal somos mestres nesta questão ...

A criação de fundos de investimentos seria seguramente a melhor alternativa, pois se cria a mentalidade da poupança interna, é a modalidade que poderia servir de modelo para um processo de transição, no qual o Estado capitalizaria o potencial aluno durante, digamos uma década ou até mesmo uma geração, até que o sistema adquirisse a sua gestão independente.

"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)

"O dia em que o cidadão comum compreender que é ele o verdadeiro e único contribuinte, de todos os impostos, certamente vai arregaçar as mangas e ajudar a corrigir muitos absurdos da nossa sociedade, a começar pelo ensino superior gratuito.” (Gerhard Erich Böhme).

A cultura do "dinheiro do Governo" foi reforçada pelos "benefícios sociais" (vale-coisa e cesta-de-coisa), e ao governo é atribuída a responsabilidade por manter o cidadão vivo (ainda que na miséria).

O assunto é polêmico, eu sei, mas temos que romper o modo brasileiro de pensar em viver à custa da "coisa" pública, na realidade dos outros que trabalham ou já trabalharam, usando talento, criatividade, dedicação e esforço próprio. Deve começar com "as chamadas elites", que seja a intelectual, em especial a que está sendo formada para criar um Brasil onde o clientelismo¹ não tenha mais espaço.

O professor José Márcio Camargo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, fez as contas sobre a natureza das despesas sociais (educação, saúde, previdência e assistência social), chegou à conclusão que do total de recursos gastos com educação, por exemplo, mais de 60% se destinam às universidades estatais (Federais e Estaduais), onde estudam os mais favorecidos. Seguramente este é um dos processos mais nefastos de concentração de renda, pois cria a mentalidade de se servir do Estado, na realidade dos que pagam impostos, pois o Estado é uma entidade virtual que muitos teimam em torná-la parte do seu dia-a-dia. Temos sim é o brasileiro, as comunidades e o povo brasileiro. O Estado foi criado para servir ao povo, não o contrário.

Pior agora com a Reforma Universitária proposta pelo Presidente Lula, que ampliou a dotação orçamentária dos atuais injustos 60% para 75% dos gastos com educação serem destinados ao ensino superior gratuito. Ele não é apenas conivente com esse processo de concentração de renda, como é também responsável por ele.

A título de reflexão, a minha proposta é, para que possa ser "socialmente" justa, que todo o cidadão brasileiro, dos 17 as 24 anos, tenha durante 5 anos uma bolsa, digamos "bolsa projeto de vida" e cabe a ele decidir se deve:

a. utilizá-la para pagar os seus estudos;
b. para uma poupança permitindo abrir seu negócio próprio;
c. para investir em ações, se optar por ser ou continuar a ser empregado.

Esta é uma proposta "socialmente" justa, termo tão em voga atualmente ... ...não entendo essa mania de se colocar o termo social em tudo, é como se não vivêssemos em sociedade ... ..., pois alcançaria a todos os que vivem no Brasil nesta faixa etária. Afinal, como consta na nossa Constituição: todos são iguais perante a lei. Ou devemos ser coniventes com os privilégios ou mecanismos concentradores de renda?

Justa, sim... .... mas quem paga?
Uma proposta justa, porém não seria suportável pela sociedade que trabalha e paga impostos e que seguramente iria causar muito mal a nossa juventude, tirando dela o principal desafio que é o de batalhar no início de sua carreira profissional e obter a sua dignidade através do esforço próprio.

Quanto às ações, temos que pensar em democratizar o mercado de investimentos, a proposta é de se criar um novo mercado de ações que financie idéias, projetos, empreendimentos e empresas sem burocracia e restrições: http://www.if.org.br/.

O resultado deste entrave é que ensinamos aos nossos jovens, os irão que formar a elite intelectual brasileira, que é "justo" viver à custa do Estado, na realidade dos outros que trabalham e pagam impostos, sem contar que lhes retiramos uma das principais oportunidades para obter dignidade através do esforço próprio, logo no início de suas carreiras.

Luz no fim do túnel

Felizmente temos em curso algumas das mais importantes mobilizações nacionais, não em defesa de interesses de minorias ou grupos de pressão, mas sim de toda a sociedade que se vê refém de nossos políticos corruPTos e clientelistas: http://www.deolhonoimposto.com.br/ e a mobilização a partir de um representantes da iniciativa privada, educadores, economistas, comunicadores e gestores públicos da educação passaram a se reunir para discutir caminhos e alternativas para a efetivação do direito à educação pública de qualidade no Brasil (http://www.todospelaeducacao.org.br/).

2º [entrave]
O segundo deles diz respeito à legislação trabalhista e à forma de solução dos conflitos trabalhistas. O ônus imposto aos empregadores do mercado de trabalho formal desestimula novas contratações. A evolução tecnológica e das relações interpessoais tornou obsoleta a legislação fascista brasileira, imposta ainda durante a ditadura Vargas. Nem ela, nem a Justiça do Trabalho, criada na mesma ocasião, atendem às necessidades de arranjos mais flexíveis entre patrões e empregados, em que todas as partes sairiam ganhando. Os milhões de processos trabalhistas que se arrastam por anos também representam um custo injustificável, tanto para a União, que tem a obrigação de manter essa onerosa estrutura, como para os empregadores. O resultado é que mais da metade da população brasileira trabalha hoje na informalidade, sem contar os excessos como o trabalho escravo, que é ainda verificado no Brasil, até mesmo na cidade de São Paulo, com o trabalho ilegal de imigrantes bolivianos e asiáticos e o pior deles, a pressão para a prostituição, inclusive a infantil. Sem perspectivas de emprego centenas de milhares de jovens são empurrados para a criminalidade e prostituição, inclusive em outros países.


O terceiro entrave diz respeito à Previdência Social. O atual sistema de repartição (no qual as contribuições previdenciárias dos atuais empregados e empregadores financiam os benefícios dos aposentados e pensionistas) precisa ser urgentemente alterado para o sistema de capitalização (no qual as contribuições dos atuais empregados e empregadores são depositadas em contas de fundos de pensão que irão servir para pagar os futuros benefícios). Entre várias vantagens que essa reforma trataria, destaca-se o da formação de uma poupança significativa, que dinamizaria o mercado de capitais e de outros investimentos. O resultado é que os que efetivamente contribuem têm seus benefícios diminuídos ano-a-ano. Enquanto isso os parasitas de Brasília e os amigos guerrilheiros do Sr. Silva obtêm aposentadorias milionárias, inclusive ele próprio.


O quarto entrave institucional refere-se ao sistema tributário. Além de ser um verdadeiro manicômio, a carga de impostos, taxas e contribuições cobradas das pessoas e empresas drena todos os recursos da sociedade que poderiam estar sendo aplicados na produção e consumo, sem contar que limitam os juros, os recursos para criar e desenvolver os negócios, criar novos produtos e principalmente remunerar dignamente aqueles que optaram por se abdicar do consumo no passado confiando no empreendedorismo e a realização profissional.

Assim, além de simplificar a legislação tributária, a União, os estados e municípios deveriam se comprometer em reduzir significativamente a carga de impostos. Este entrave expõe o brasileiro à escravidão, pois contribui e os recursos não retornam à sociedade através de serviços públicos de qualidade, em especial o ensino básico de qualidade e a segurança pública. Atualmente temos a perda de liberdade de ir e vir em muitos lugares e períodos do dia, sem contar o elevado custo de vida resultante com as despesas para conferir ao cidadão melhores condições de segurança. O cidadão é triplamente penalizado, paga impostos para ter segurança pública, aloca recursos na segurança pessoal e sofre os resultados (prejuízos materiais, morais, físicos, sem contar as vidas humanas que são imensuráveis) da violência e a impunidade devido a falta de justiça. O resultado é o custo de vida crescente, piores condições de qualidade de vida e a sonegação, a corrupção e falta de transparência nas contas públicas.

Bem, até as eleições temos um longo caminho, entendo que antes de sairmos em defesa deste ou daquele candidato, façam como eu, reflitam sobre as propostas de cada um deles, para então poderem decidir sobre o que apresenta as melhores propostas e que assim possamos fugir do lugar comum, ou o que é pior, agindo em defesa de um ou outro como se fosse uma forma de ganharmos, tornando o nosso candidato vitorioso, agimos que se esta vitória nos pertencesse. O brasileiro deve saber que a vitória de um candidato não é sua vitória, a sua vitória será somente quando mesmo optando por um candidato derrotado, tenha a certeza de ter feito a melhor esconha.

Infelizmente de um lado temos um Brasil sem rumo, pautado hoje pela mentira, embustes, principalmente pela discriminação espacial¹, agora promovida pelo programa “Minha casa, Minha vida”, esta como uma das principais causas da escalada da violência, temos a supressão da liberdade individual e a divisão da sociedade pela luta de classes e das etnias que a compõe. É o circo que sustenta o clientelismo político.

"E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45)

Mas teremos este ano mais uma oportunidade de mudança , quando teremos a oportunidade de escolher nossos representantes, e mais importante que isso, muito mais importante, a oportunidade de lutarmos pela nossa liberdade. E nesta luta teremos um fator motivador, as comemorações do Ano Nacional Joaquim Nabuco.

Eu tenho comigo que de todos os brasileiros, o que mais dignificou o termo "brasileiro" foi o engenheiro André Pinto Rebouças, hoje ele seria lembrado por ser afrodescendente, não pela sua grandeza, idealismo e capacidade de empreender.

Se o alemão Johann Moritz von Nassau-Siegen é denominado pela “história” de o "brasileiro", Rebouças deu outro sentido ao termo, ou melhor deu sentido ao termo.

De um lado comemoramos o dia 20 de novembro, que com a lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluído no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra, que é também feriado em muitas cidades brasileiras.

Mas não nos damos conta de que devemos também ter a consciência de sermos brasileiros, mesmo porque a defesa de uma pretensa pureza étnica não nos pode ser aceitável, a história da humanidade mostra como isso é falso e produz muito sofrimento, dor e mortes e esta está longe de uma realidade, pois atende somente a falsas propostas e programas de políticos demagogos. Um povo não pode ser separado pela cor da pele ou etnia da qual descende, muito menos pela religião que professa.

Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência, não antiescravagista, mas sim em defesa da liberdade. Muitos o consideram um mito, e a partir desta realidade o enaltecem ou criticam a escolha, pois deixa de ser um exemplo, um referencial, como o foi Martin Luther King para os Estados Unidos da América, como o foi Rebouças para o Brasil, que souberam deixar seu legado de luta pela mudança em toda sociedade, não se apartando dela, mas se inserindo e promovendo as mudanças necessárias.

Quanto a Zumbi, infelizmente temos poucos registros históricos, algumas pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Não está claro se ele conquistou a sua liberdade nos conflitos entre os portugueses e os remanescentes da transnacional WIC. Mas é certo que ele nasceu durante o período da insurreição pernambucana. A insurreição pernambucana, também referida como Guerra da Luz Divina, registrou-se no contexto do segundo período de atuação da WIC, indevidamente chamado de invasões holandesas do Brasil, culminando com a expulsão dos neerlandeses da região Nordeste do Brasil. O movimento integrou forças lideradas pelos senhores de engenho André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira, pelo africano Henrique Dias e pelo indígena Felipe Camarão.

Para entendermos o “Brasil” da época de zumbi, recomendo que acessem: http://www.culturabrasil.pro.br/holanda.htm

A Restauração Portuguesa em 1640 conduziu à assinatura de uma trégua de dez anos entre Portugal e os Países Baixos. Com este abalo ao domínio espanhol, a guerra de independência dos Países Baixos prosseguiu.

Na América, o Brasil se pronunciou em favor do Duque de Bragança (1640). Na região Nordeste, sob domínio da WIC, Maurício de Nassau foi substituído na administração. Ao contrário do que preconizara em seu "testamento" político, os novos administradores da companhia passaram a exigir a liquidação das dívidas aos senhores de engenho inadimplentes, política que conduziu à Insurreição Pernambucana de 1645 e que culminou com a extinção do domínio neerlandês após a segunda Batalha dos Guararapes.

Formalmente, a rendição foi assinada em 26 de Janeiro de 1654, na campina do Taborda, mas só provocou efeitos plenos, em 6 de agosto de 1661, com a assinatura da Paz de Haia, onde Portugal concordou em pagar aos Países Baixos oito milhões de Florins, equivalente a sessenta e três toneladas de ouro.

Isso mesmo, sessenta e três toneladas de ouro.

Este valor foi pago aos Países Baixos, em prestações, ao longo de quarenta anos e sob a ameaça de invasão da Marinha de Guerra. De acordo com uma corrente historiográfica tradicional em História Militar do Brasil, o movimento assinalou ainda o germen do nacionalismo brasileiro, pois os brancos, africanos e indígenas fundiram seus interesses na expulsão do invasor.

Nesta conjuntura é que estudos nos indicam que em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados portugueses e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de português e latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco.

Era um período de intensos conflitos, e em linhas gerais, a atuação da WIC no Brasil, erroneamente denominadas de invasões holandesas podem ser recortadas em dois grandes períodos:

1624-1625 - Invasão de Salvador, na Bahia
1630-1654 - Invasão de Olinda e Recife, em Pernambuco
1630-1637 - Fase de resistência ao invasor
1637-1644 - Administração de Johann Moritz von Nassau-Siegen
1644-1654 - Insurreição pernambucana

Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Francisco (Zumbi). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta pela liberdade, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.

O nome Palmares foi dado pelos portugueses, devido ao grande número de palmeiras encontradas na região da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje estado de Alagoas. Os que lá viviam chamavam o quilombo de Angola Janga (Angola Pequena). Palmares constituiu-se como abrigo não só de negros, mas também de brancos pobres, índios e mestiços. Os quilombos, que na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de luta pela liberdade, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.

O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase cem anos, entre 1600 e 1695. Período no qual tivemos também o desenvolvimento de boa parte do Brasil, não como colônia, mas como fruto da atuação de uma transnacional do então Sacro Império Romano-Germânico - Sacrum Romanum Imperium, a West-Indische Compagnie ou WIC, que por nós é conhecida como sendo a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais ou Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais. O século XVII vê um grande desenvolvimento da agricultura, que usa a mão-de-obra africana, com culturas de tabaco e especialmente da cana-de-açúcar na Bahia, Pernambuco, e mais tardiamente no Rio de Janeiro.

Neste período as expedições chamadas de Entradas e Bandeiras dos paulistas descobriram o ouro, pedras preciosas em Minas Gerais e ervas no sertão. As colônias nordestinas foram ocupadas pela em 1624 e entre 1630 e 1654, principalmente sob o comando de Johann Moritz von Nassau-Siegen, sendo enfim expulsos na batalha de Guararapes. Nessa época foi fundado o Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi, guerreiro, que congregava milhares de negros fugidos dos engenhos de cana do Nordeste brasileiro e alguns índios e brancos pobres ou indesejáveis. Este "submundo" foi finalmente destruído, não sem uma resistência heróica e violenta, por bandeirantes portugueses comandados por Domingos Jorge Velho, tendo seu líder sido morto e decapitado (segundo a tradição não-oficial, Zumbi teria conseguido escapar).

No Quilombo de Palmares (o maior em extensão), viviam cerca de vinte mil habitantes. Nos engenhos e senzalas, Palmares era parecido com a Terra Prometida, e Zumbi, era tido como eterno e imortal, e era reconhecido como um protetor leal e corajoso. Zumbi era um extraordinário e talentoso dirigente militar. Explorava com inteligência as peculiaridades da região. No Quilombo de Palmares plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas. Em meados do século XVII, calculavam-se cerca de onze povoados. A capital, era Macaco, na Serra da Barriga.

A Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista, vulto de triste lembrança da história do Brasil, foi atribuído a tarefa de destruir Palmares. Para o domínio colonial, aniquilar Palmares era mais que um imperativo atribuído, era uma questão de honra. Em 1694, com uma legião de 9.000 homens, armados com canhões, Domingos Jorge Velho começou a empreitada que levaria à derrota de Macaco, principal povoado de Palmares. Segundo Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vítima da traição de Antônio Soares. “O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabeça foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste até ser consumida pelo tempo”.

O Quilombo dos Palmares foi defendido no século XVII durante anos por Zumbi contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão. O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.

Sobre a morte de Zumbi existem inúmeros relatos, mas nada oficial, seguindo os historiadores, que se baseiam em documentos da época;
- no final da Guerra dos Palmares, um membro do exército luso-brasileiro escreveu que viu Zumbi jogar-se do alto de um penhasco para não ser aprisionado;
- outro afirma que o feriu e matou durante um dos combates;
- um terceiro garante que depois de morto cortou a sua cabeça e a levou para Recife;
- ninguém afirmou que Zumbi tenha levado dois tiros mas conseguido escapar;
o que nos leva a concluir que haveria vários Zumbi em Palmares, ou que o termo Zumbi designasse por exemplo um capitão ou chefe de um quilombo.

Ainda as mesmas fontes afirmam que para acabar com a resistência - heróica, sem dúvida - dos palmarinos, foi pedido ao Governo que mandasse canhões, mas quando estes finalmente chegaram, tinha já acabado a guerra e nem um só tiro de canhão foi disparado.


A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003 também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, já começaram a propiciar o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

Assim como Zumbi dos Palmares, temos a história do engenheiro André Pinto Rebouças, parte de nossa história mais recente, de uma história que dignifica os brasileiros, e muitas de suas obras estão ainda presentes para homenageá-lo. O engenheiro André Pinto Rebouças era brasileiro e foi, e ainda hoje, é exemplo. Em Curitiba temos ruas e um bairro em homenagem a ele e seu irmão, também engenheiro.

No ano de 1891, o engenheiro e intelectual liberal André Rebouças desenhou em seu Registro de Correspondência um triângulo equilátero, nomeando cada um dos lados: Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (Liberal), Taunay (Conservador) e André Rebouças (sem partido). Por meio de uma tênue linha pontilhada, os ângulos da figura uniam-se em uma pirâmide, em cujo vértice encontrava-se o nome de Dom Pedro II. Assim ilustrava Rebouças suas relações com seus companheiros de campanha abolicionista e militância reformadora, reunidos pelo exílio europeu: divergentes em suas escolhas partidárias, mas unidos em sua lealdade a Dom Pedro II.

Estudei a vida e as obras do engenheiro André Pinto Rebouças e assim pude entender a sua grandeza, o fiz quando ainda estudava no Colégio Estadual de minha cidade natal, depois disso cursei engenharia (UFRJ), administração (UFPR), fiz alguns cursos de pós-graduação, etc... Mas sempre com admiração crescente para com a vida e a obra de Rebouças, e assim passando a entender as razões do fracasso do Brasil republicano, quando todo um idealismo, e não apenas isso, mas todo um exemplo, passou a ser deixado de lado, com a quartelada que muitos chamam de "Proclamação da República", deixamos de ter espaço para não apenas o engenheiro André Pinto Rebouças, mas também dos demais nomes que compunham o grupo que viria a se destacar no nosso III Reinado. Tivéssemos um Duque de Caxias ainda vivo, a vergonhosa quartelada não teria ocorrido. Os republicanos se anteciparam e impediram que as indenizações aos recém libertos fossem feitas, a exemplo do que se debateu e tornou realidade nos Estados Unidos e em outros lugares do mundo.

Recomendo que, ao longo deste Ano Nacional Joaquim Nabuco, não apenas leiam as obras de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, mas também o livro "O quinto século: André Rebouças e a construção do Brasil", de Maria Alice Rezende de Carvalho, que foi publicado pela editora Revan.

O tema da obra é a trajetória de André Pinto Rebouças (1833-1898). Filho de um advogado mulato autodidata e da filha de um comerciante, ele nasceu em Cachoeira, na Bahia. Depois de formar-se como engenheiro no Rio, foi estudar na Europa em 1861. De volta ao Brasil, trabalhou na reforma de portos e edificações no litoral. De 1865 a 1866, serviu como engenheiro na Guerra do Paraguai. André Rebouças teve papel importante nas obras do plano de abastecimento de águas para o Rio e na construção das docas da Alfândega. Como empresário, envolveu-se, sem sucesso, em vários empreendimentos que visavam a modernização do país. Na década de 1880, Rebouças engajou-se no movimento abolicionista ao lado de amigos como Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo e o engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay.

Rebouças era muito ligado a D. Pedro II, viu com hostilidade o movimento militar que levou à República. Embarcou para a Europa no Alagoas, acompanhado o imperador na viagem para o exílio. E o que vemos hoje que esta continua a ser uma das, senão a maior perda que todos nós brasileiros tivemos e assim demos oportunidade para oportunistas republicanos e inúmeros políticos que se alternaram e também hoje ocupam o Palácio do Planalto, com suas realizações pautadas pelo clientelismo político, com seu capitalismo de comparsas, e agora com seu socialismo de privilegiados.

"E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45)

Perdemos o ideal da liberdade, hoje os brasileiros são escravos de outra forma, agora o somos pela abusiva carga tributária, que retira de nós 40% do resultado de nosso trabalho e ao contrário do que o engenheiro André Pinto Rebouças nos ensinava, perdemos o compromisso com as futuras gerações, pois não valorizamos o ensino fundamental, pois por conta da falta de nosso compromisso como brasileiros, retiramos ou anulamos o potencial dos brasileirinhos.

Trazendo para os dias atuais o idealismo de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, o nosso desafio é e deve ser a luta contra a excessiva carga tributária que nos é imposta, pois além de ser um verdadeiro manicômio, a carga de impostos, taxas e contribuições cobradas das pessoas e empresas drena todos os recursos da sociedade que poderiam estar sendo aplicados na produção e consumo, sem contar que limitam os juros, os recursos para criar e desenvolver os negócios, criar novos produtos e principalmente remunerar dignamente aqueles que optaram por se abdicar do consumo no passado confiando no empreendedorismo e a realização profissional.

Assim, além de simplificar a legislação tributária, a União, os estados e municípios deveriam se comprometer em reduzir significativamente a carga de impostos. Este entrave expõe o brasileiro à escravidão, pois contribui e os recursos não retornam à sociedade através de serviços públicos de qualidade, em especial o ensino básico de qualidade e a segurança pública. Atualmente temos a perda de liberdade de ir e vir em muitos lugares e períodos do dia, sem contar o elevado custo de vida resultante com as despesas para conferir ao cidadão melhores condições de segurança. O cidadão é triplamente penalizado, paga impostos para ter segurança pública, aloca recursos na segurança pessoal e sofre os resultados (prejuízos materiais, morais, físicos, sem contar as vidas humanas que são imensuráveis) da violência e a impunidade devido à falta de justiça. O resultado é o custo de vida crescente, piores condições de qualidade de vida e a sonegação, a corrupção e falta de transparência nas contas públicas.

Muito embora os atuais políticos queiram nos fazer acreditar, no Brasil nunca tivemos luta de classes de verdade; a tensão social sempre foi entre o Estado, ou seus donos, e a Sociedade, especialmente os brasileiros desprovidos de privilégio. E não será com poucos privilégios, como a questão de cotas nas universidades que iremos fazer a diferença. Não descarto que a questão das cotas tenha um impacto positivo, seguramente, mas também tem um impacto negativo muito grande, é e está sendo mais um motivo para nos desviarmos do compromisso com a educação fundamental, para que ela seja o grande diferencial na vida de todos sos brasileiros.

Já que estamos nos aproximando da Copa do Mundo, inclusive no Brasil, e das Olimpíadas, aqui vale uma reflexão, até hoje, exceto o primeiro grande craque brasileiro do futebol, Arthur Friedenreich, que defendeu inicialmente o Sport Club Germânia, equipe que disputou 26 vezes o Campeonato Paulista de Futebol, conquistando o título nos anos de 1906 e 1915, foram raros os esportistas brasileiros que tiveram seus talentos despertados e aperfeiçoados em suas respectivas escolas. E isso também deve nos encher de vergonha, pois esta realidade mostra como as escolas não fazem parte de nossas vidas, como o potencial de milhões de brasileiros são destruídos, escondidos ou ...

Hoje vivemos dando sustentação a um circo promovidos pelos nossos políticos, promovem uma falsa luta entre esquerda e direita, uma falsa luta de classes, uma falsa luta entre as etnias dais quais descendemos, etc... ... perdemos assim a possibilidade de discutirmos aspectos éticos, os nossos princípios e valores. E como bem nos lembra o Luciano Pires, temos os nossos refugiados éticos.

Não podemos inverter as coisas, como bem nos lembra o Luciano Pires, recomendo, portanto, que leiam o novo livro de Luciano Pires: "Nóis...qui invertemo as coisa."
Este livro foi lançado este ano. É mais um divertido bestseller.

“No Brasil de hoje não é mais o mérito que determina o valor das pessoas, mas sua ideologia. Sua cor. Sua raça. Falar bem o idioma é motivo de piada. Ser elite é quase uma maldição. Música de sucesso é aquela que for mais escatológica. O homem honesto aparece na televisão como se fosse algo inédito. Roubar é normal. Bala perdida é normal. Corrupção é normal. Vivemos uma inversão de valores sem precedentes e é contra esse estado das coisas que devemos gritar” (Luciano Dias Pires Filho)

http://www.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast/?Pagina=/2009/12/04/refugiados-eticos/

Com a república, passamos a ter a sociedade dos privilegiados. Este negócio de direita e esquerda permite que entrem em cena atores de um enredo menor num país onde o Estado sempre soube definir-se como um fim em si mesmo, como uma encarnação falsificada da Nação. O Estado sempre foi propriedade privada de poucos, e por isso Brasil nasceu e cresceu desigual. A maioria, ou o povo, esta entidade sem rosto, multidão silenciosa e amorfa, sempre foi coadjuvante da sociedade do privilégio e, basicamente, é gente demais para dividir a pouca riqueza existente.

A democracia de massa no Brasil, a oclocracia, é fenômeno muito recente, e seu aparecimento em meados dos anos 1980 tem a mais inesperada conseqüência: a hiperinflação. O leitor já parou para pensar por que a inflação vai de 100% anuais para 84% mensais de 1984 a 1989 durante os primeiros anos de democracia depois de três décadas de ditadura?

A resposta para este enigma é simples: o Povo quis participar da Sociedade do Privilégio, anseio absolutamente legítimo, pois se as políticas públicas eram dirigidas a setores “especiais” ou “estratégicos”, por que exatamente alguém, qualquer pessoa, deve ser excluído desta categoria? Por que apenas alguns e não todos não são merecedores das benesses do Estado?

Os primeiros anos da nossa democracia de massa produziram a hiperinflação por que a dinâmica política foi a de “incorporar” todo mundo que aparecesse, todos que quisessem podiam ter a sua Emenda no Orçamento, a sua “Conquista” consagrada na Constituição, seu programinha de apoio no contexto da “Política Industrial”, todo o país passou a ser “estratégico”, e por força do Princípio da Isonomia, todos passaram a merecer o direito a algum pequeno Cartório pelo menos igual ao do vizinho. Todos se tornaram Credores do Estado, e portanto cobradores implacáveis da Dívida Social.

O novo Estado Democrático, diante destes anseios, adotou um modelo de “Clientelismo de Massa”, cujo espírito ainda permanece muito vivo, e que consiste em estender a todos os brasileiros algum Privilégio, via orçamento, ou via regulação, por que todos têm direito. É o Espírito (da Constituição) de 1988.

Todavia, como o Estado não é criador de riqueza, apenas um veículo de transferência, o modelo rapidamente se revelou impraticável. O nobre propósito de “incluir os excluídos” a qualquer custo, acabou corrompido pelo fato de que o dinheiro advinha da tributação do próprio “excluído” através da inflação. Ou das futuras gerações através de dívidas crescentes.

Todos têm direito, mas simplesmente não é possível conceder tantos privilégios a tanta gente; não vamos acabar com a Sociedade do Privilégio multiplicando Direitos e Privilégios de forma irreal.

Com efeito, quem vai terminar com a sociedade do privilégio é a economia de mercado, e isso assusta as esquerdas, e não é outro o motivo pelo qual a estabilização, a abertura, a desregulamentação, e a privatização geraram tantas tensões.

A economia de mercado é subversiva numa sociedade do privilégio pois propugna a competição, a impessoalidade e a meritocracia, e dispensa, tanto quanto possível a interveniência de um Estado cheio de vícios.

Só uma verdadeira e bem urdida sociedade do privilégio consegue o prodígio de alijar a economia de mercado do sistema político-partidário, e consegue nos impor quatro candidatos a desancar o que chamam de “o modelo neoliberal”, cada qual propondo, em diferentes vestimentas, a extensão de novos privilégios e o crescimento do Estado.

Uma coisa é certa, como o Luciano Pires nos alerta, nos faltam princípios e valores, e digo mais, nos falta entender nossa história, em especial a história brasileira, com os feitos do engenheiro André Pinto Rebouças, do engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay e em especial, de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, principalmente por termos o ano de 2010 como o Ano Nacional de Joaquim Nabuco.

Desejo boa leitura:

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=55



“No Brasil de hoje não é mais o mérito que determina o valor das pessoas, mas sua ideologia. Sua cor. Sua raça. Falar bem o idioma é motivo de piada. Ser elite é quase uma maldição. Música de sucesso é aquela que for mais escatológica. O homem honesto aparece na televisão como se fosse algo inédito. Roubar é normal. Bala perdida é normal. Corrupção é normal. Vivemos uma inversão de valores sem precedentes e é contra esse estado das coisas que devemos gritar” (Luciano Dias Pires Filho)



¹http://www.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast/?Pagina=/2009/12/04/refugiados-eticos/




Abraços,

Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
(41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba - PR

"Não se conhece nação que tenha prosperado na ausência de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado." (Prof. Ubiratan Iorio de Souza)

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