sexta-feira, 19 de março de 2010

China Expõe Política de Direitos Humanos

Mundo
18 de Março de 2010 - 18h09
Embaixador chinês na ONU expõe política de direitos humanos
A China respeita a universalidade dos direitos humanos e acredita que todos eles são "universais, indivisíveis, interdependentes e interrelacionados", disse na última quarta-feira (17) He Yafei, novo embaixador da China no escritório da ONU de Genebra.

"O princípio da universalidade foi incluído na Carta da ONU, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em outros instrumentos internacionais de direitos humanos", disse He à Agência Xinhua.

"A China ratificou mais de 20 acordos internacionais de direitos humanos, inclusive sete dos oito principais instrumentos de direitos humanos. Isso demonstra claramente a vinculação da China à universalidade dos direitos humanos", disse o embaixador, que era vice-ministro de Relações Externas da China antes de assumir seu novo cargo em Genebra, no início deste mês.

O representante governamental reconheceu a universalidade dos direitos humanos e insistiu que os países possam ter julgamentos distintos sobre a questão e sobre as formas e meios diferentes de promover e proteger esses direitos, pela diversidade "de cultura, história, religião e diferença de sistemas sociais e níveis de desenvolvimento".

De acordo com o embaixador chinês, o Conselho de Direitos Humanos da ONU, que tem sua sede em Genebra e que é integrado por 47 estados membros, é uma agência destinada a promover e proteger os direitos humanos por meio do diálogo e da cooperação.

He afirmou que o Conselho analisou inteiramente todos os pontos da agenda e deu respostas oportunas aos assuntos substanciais da matéria.

Além disso, o Conselho analisou a situação dos direitos humanos em 112 estados membros da ONU, inclusive a China, por meio de seu mecanismo de Análise Universal Periódica, que é um resultado "que vale a pena mencionar".

O representante admitiu que o Conselho não é uma agência "perfeita" que segue sofrendo problemas como critérios duplos e politização.

O funcionamento do Conselho necessita ser analizado para que seu trabalho possa ser melhorado e melhor alinhado à letra e ao espírito das resoluções da ONU, afirmou.

Não obstante, o embaixador expressou sua oposição a qualquer tentativa de "reconstruir" a agência ou de "renegociar o que já está acertado".

Na entrevista, He também sublinhou a crescente contribuição da China à ONU e sua integração mais profunda ao sistema internacional.

A China é há muito o maior contribuinte de tropas dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, agregou. Atualmente, mais de 2.100 soldados chineses participam em cerca de 10 missões de manutenção da paz da ONU.

O embaixador sublinhou que a China nunca figirá dos seus papéis internacionais e que continuará cumprindo suas obrigações mundiais.

Fonte: Xinhua

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sim