quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Grêmio Empata com o São Paulo



05 de novembro de 2009 | N° 16146AlertaVoltar para a edição de hojeGRÊMIO
Empate pegado no Olímpico
O inimaginável aconteceu aos 24 minutos do primeiro tempo de Grêmio e São Paulo, ontem à noite, no Olímpico. Quando Rafael Marques saltou com estilo, aparou de cabeça o cruzamento de Douglas Costa e marcou para o time de Paulo Autuori, o colorado Carlos Donassolo ergueu os braços e comemorou como se fosse um gol de seu time.

Isso mesmo. Como, naquele momento, uma vitória do Grêmio impedia que o São Paulo disparasse na liderança, Donassolo, funcionário público de 51 anos, morador do bairro Santana, na Capital, festejou. Vestindo uma camisa branca, apoiou o Grêmio o jogo inteiro.

A rigor, ninguém no Olímpico parecia preocupado com o fato de o Inter ser beneficiado com uma vitória sobre o São Paulo. O público de 13.982, o segundo menor no Brasileirão, apoiou vigorosamente o seu time, como se ainda fosse possível ser campeão. É possível dizer que o São Paulo, por ter roubado o título do ano passado, desperta mais ressentimento.

– Futebol não é tão racional assim. Quando toca o hino do Grêmio e você vê aquelas crianças entrando em campo, a gente esquece tudo – emociona-se o músico Humberto Gessinger.

O apoio começou quando os jogadores tiveram seus nomes anunciados pelo alto-falante. Até mesmo Rafael Marques, que, três dias antes, havia marcado um gol contra, frente ao Santo André. Só o técnico Paulo Autuori não obteve essa trégua e foi apupado.

Com o jogo em andamento, os jogadores do São Paulo eram vaiados sempre que tocavam na bola. Aos dois minutos, quando Maxi López bateu pelo lado, com perigo, quatro torcedores deram saltos levaram as mãos à cabeça, como se fosse uma coreografia ensaiada.

Um passe errado de Adilson provocou protestos.

– Porque o alemão dá esses passes na frente da área? – queixa-se um.

Um pênalti não marcado sobre Maxi López, aos 17 minutos, gera uma onda de protestos e palavrões contra o árbitro baiano Jailton Macedo Freitas.

O Grêmio ataca pela esquerda, com Douglas Costa. Quando o garoto tenta o drible sobre Arouca e perde a bola, o colorado Donasssolo volta a falar como um autêntico gremista.

– Tem que passar essa bola, rapaz.

Aos poucos, os defeitos do time vão incomodando os torcedores. Alguns pedem para que a equipe avance com mais força, desconhecendo a competência defensiva do São Paulo.

Um drible de Jorge Wágner sobre Lúcio provoca um curioso diálogo:

– Esse cara é um perigo – diz um.

– Perigo é essa defesa do Grêmio.

Os fatos comprovam o segundo torcedor. Aos 31 minutos, Thiego não alcança uma bola, Dagoberto domina, chuta cruzado e o arremate desvia em Rafael Marques: 1 a 1.

Os problemas seguem no segundo tempo. Uma falta mal cobrada por Tcheco traz à tona um comentário recorrente entre os gremistas.

– O Tcheco não sabe mais qual o seu lugar no time. O treinador tirou a identidade do time - queixa-se o economista Juarez Meneghetti, 54 anos.

A confiança volta nas conclusões de Douglas Costa e Maxi López. E pouco depois, quando Douglas cabeceia e Rogério Ceni segura quase sobre a linha.

– Edilson, Edilson – berram os gremistas quando o árbitro não assinala pênalti claro sobre Fábio Santos. A referência, claro, era a Edilson Pereira, que protagonizou o escândalo da arbitragem em 2005.

Com três jogadores a menos, o São Paulo defende-se heroicamente nos minutos finais. A pressão, no entanto, é desorganizada. O empate não dá facilita a vida de ninguém.

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LUÍS HENRIQUE BENFICA
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