quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Policias chegaram Gritando

05/10/2009 | N° 10549AlertaVoltar para a edição de hoje HOMICÍDIO
‘Os policiais chegaram gritando’
ENTREVISTA: Clodoaldo Antonio Pinto da Silva O dono do bar onde Everton Zenato foi morto, Clodoaldo Antonio Pinto da Silva, o Vacaria, já prestou depoimento à Polícia Civil e, nesta entrevista, relata ao Pioneiro o que viu dentro de seu estabelecimento na noite de sexta-feira. Confira:

Pioneiro: Como estava o bar quando os policiais chegaram?

Clodoaldo Antonio Pinto da Silva: Havia umas 30 pessoas porque fizemos uma janta. Havia famílias, crianças. Estava tudo tranquilo. Os policiais chegaram gritando, chutando tudo. Não havia necessidade.

Pioneiro: Alguém reagiu à revista?

Silva: Ninguém reagiu. Foi todo mundo encostado na parede. Até minha mulher, que estava com nossa nenê de dois anos no colo, foi empurrada. Revistaram tudo, mas não encontraram nada.

Pioneiro: Você viu como Zenato foi morto?

Silva: Eu presenciei de frente, bem de perto. Nem gosto de me lembrar. O Zenato estava de frente para o policial. O policial chegou nele gritando: “já te falei vagabundo, posição de revista”. Quando o policial tentou virar o Zenato para a parede, a pistola caiu. Depois de ser atingido, o Zenato ainda falou: “bah, levei um tiro”. Ele foi levado logo para um hospital pelos próprios policiais, mas saiu daqui já muito mal. Nem gosto de me lembrar.

Pioneiro: Na sua opinião, foi despreparo ou fatalidade?

Silva: Acho que foi uma fatalidade, mas poderia não ter ocorrido. Essa morte é fruto também de despreparo. Inadmissível.



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