quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Inter vence o Nautico



08 de outubro de 2009 | N° 16118AlertaVoltar para a edição de hojeÉ O HOMEM
D’Alessandro viveO recomeço do Inter no Brasileirão, agora com Mário Sérgio, tem um nome: D’Alessandro. O argentino foi o destaque do time no sofrido 3 a 1 sobre o Náutico, ontem, no Beira-Rio, que devolveu o clube ao G-4 (ao menos, até o complemento da rodada, hoje).

Com Andrezinho, DAle assumiu o jogo. Levou o time ao ataque, driblou, deu assistências, passes perfeitos, correu o campo todo, sofreu faltas duras sem reclamar, deu carrinho, recebeu cartão amarelo e fez um belo gol de falta o do desafogo, aos 46 do primeiro tempo. Uma grande atuação.

Um desempenho pessoal tão bom que faz um questionamento se impor: por que D’Alessandro não vinha sendo D’Alessandro? Ontem, aquele jogador desinteressado, indolente e omisso das últimas rodadas deu lugar a um líder, a um verdadeiro camisa 10. Se não fosse a birra do jogador com o ex-técnico Tite, com quem tinha problemas de relacionamento por não admitir ser substituído (mesmo jogando mal), o Inter estaria lutando para voltar ao G-4 ou estaria brigando com o Palmeiras pelo título?

Assim que o ônibus do Inter desembarcou a delegação no Beira-Rio, 80 minutos antes da partida, o meia argentino desceu feliz com os aplausos recebidos da torcida e, ao passar pelos repórteres, comentou:

– Vida nova, vida nova.

Logo em seu primeiro dia de Inter, Mário Sérgio avisou que D’Alessandro não teria atenção especial, que não agiria com “paternalismo” e, sim, trataria o jogador como “homem”.

O recado do novo treinador estava dado: ou D’Alessandro voltaria a se interessar pelo time, ou estaria fora do grupo. Mário Sérgio lembrou que, quando jogador, tinha personalidade forte como D’Alessandro. Houve conexão entre os dois. E D’Alessandro resolveu jogar. Ainda sob a gestão de Tite, o meia e seus representantes chegaram a contatar com os xeques dos Emirados Árabes, a fim de colocá-lo no futebol dos petrodólares. A negociação poderá evoluir ou não dependendo do interesse de D’Alessandro no Inter.

– Precisávamos ganhar de qualquer jeito, a qualquer preço, mesmo jogando mal – disse o argentino, ao final da partida. – Tínhamos uma dívida com o próprio grupo dentro do vestiário. Hoje (ontem), começamos a reverter a situação.

A torcida agradece. Ontem, D’Alessandro foi o meia dos sonhos dos colorados.

leandro.behs@zerohora.com.br

LEANDRO BEHS

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