sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Bastardo


Bastardos Inglórios dá novo olhar para a 2ª Guerra
Qui, 08 Out, 09h07



Por Carla Navarrete, do Yahoo! Brasil


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Em tudo o que dirige, Quentin Tarantino sempre homenageia o passado cinematográfico. Conhecedor a fundo de vários gêneros, é capaz de revisitar os filmes de gângsteres, como em "Cães de Aluguel", ou as produções de "Blaxploitation", vide "Jackie Brown", até o cinema asiático de artes marciais, explorado em "Kill Bill". Há quem torça o nariz para um cineasta que vive de referências, mas é inegável que o americano conquistou o seu próprio lugar na história da sétima arte.



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Em "Bastardos Inglórios", que estreia nesta sexta-feira nos cinemas, Tarantino se uniu a ninguém menos que Brad Pitt - que aqui volta a assumir sua faceta de anti-galã - para narrar uma história fictícia passada durante a 2ª Guerra Mundial. A produção passa longe da seriedade que o tema propõe, mas dá um novo - e revigorante - sentido aos filmes bélicos.





A ideia para o longa surgiu de um filme do italiano Enzo Castellari, de 1978, chamado em inglês de "The Inglorious Bastards" (no Brasil, "Assalto ao Trem Blindado"). Só que ao invés de usar o mesmo título, Tarantino propositalmente escreveu errado o nome do seu, transformando-o em "Inglourious Basterds". A trama também é bastante parecida, apesar de não se tratar de um remake propriamente dito.


A referência foi recompensada: Castellari gostou tanto da homenagem que fez uma ponta no longa. O público também aprovou a empreitada e transformou a produção em uma das mais rentáveis da carreira do diretor de "Pulp Fiction".


O filme


A sequência inicial da fita é digna de entrar no hall das melhores da obra de Tarantino. Em meio à ocupação nazista na França, o coronel Hans Landa (o austríaco Christoph Waltz, que rouba a cena do longa) chega à casa de um fazendeiro atrás de famílias judias escondidas na região. Ao constatar que o camponês realmente esconde pessoas em sua propriedade, o alemão promove uma matança da qual só se salva a jovem Shosanna.


Em meio a isso, Brad Pitt surge como o tenente Aldo Raine, líder dos "Bastardos", um grupo do Exército americano formado apenas por soldados judeus. Sua missão é atacar os nazistas da maneira mais cruel o possível, para ensinar ao inimigo "um pouco de humanidade". Logo, os rumores sobre o esquadrão se espalham e chegam a incomodar o próprio Hitler.


Três anos depois, Shosanna é dona de um cinema em Paris, que acaba sendo escolhido pelos nazistas para a première de uma importante produção da UFA (principal estúdio da Alemanha durante a 2ª Guerra), intitulada "O Orgulho da Nação". A jovem vê na exibição a oportunidade de se vingar dos responsáveis pela morte de sua família. E os "Bastardos" têm a mesma ideia.


Apesar de Pitt ser a estrela do filme, é no elenco internacional que Tarantino encontrou as melhores atuações. Além de Christoph Waltz como o coronel Landa, a francesa Mélanie Laurent é o outro grande destaque do filme como a judia Shosanna.


O longa ainda conta com a bela Diane Kruger, no papel da atriz alemã Bridget Von Hammersmark, que age como espiã para os britânicos e ajuda os "Bastardos", além de Daniel Brühl (de "Adeus, Lênin!") no papel de um soldado nazista. Mike "Austin Powers" Myers e Julie Dreyfus (a Sofie Fatale de "Kill Bill") também fazem participações especiais.


Como é comum na obra do diretor, a trilha sonora é outro destaque. A música "Cat People (Putting Out Fire)", lançada por David Bowie em 1982, embala uma das melhores passagens do longa. Quem é fã de cinema não vai se decepcionar.

Confira a opinião da crítica da revista Veja Isabela Boscov:

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