quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Revista Veja


21 de março de 2009



Eurípedes Alcântara

Diretor de Redação Caro leitor,

para ir diretamente ao índice completo da revista, o link é este: http://veja.abril.com.br/newsletter/newsletter.html


A capa de VEJA é sobre pedofilia, um dos crimes mais hediondos que as patologias mentais são capazes de planejar e executar. É monstruoso, para satisfazer um desejo, um adulto destruir psicologicamente uma vida que mal começa e subtrair dela as expectativas e as potencialidades futuras. Esse crime deveria ser punido com rigor no Brasil. Mas ocorre justamente o oposto. Essa modalidade criminosa é subnotificada nas delegacias brasileiras, e quando um caso chega ao conhecimento dos policiais raramente resulta em punição aos criminosos. A reportagem mostra que em muitas cidades do interior do Brasil a pedofilia é um esporte bárbaro a que se dedicam cidadãos poderosos, com a omissão e a submissão das pessoas de bem, que se calam por medo de atos de vingança.
Uma situação em particular, a da cidade de Catanduva, no interior de São Paulo, é analisada pelos repórteres da revista. A cidade, de 100 000 habitantes, está na mira da CPI da Pedofilia e, na semana passada, foi visitada pelos senadores que investigam esses crimes. É um caso sério. O manto do silêncio caiu sobre a cidade. A delegada encarregada de investigar os crimes de pedofilia cometidos pelos poderosos locais cuidou de alertar um dos suspeitos de que o computador dele seria apreendido, dando-lhe tempo de apagar as provas de seus atos ilegais. As mães de crianças atacadas pelos predadores sexuais de Catanduva viram-se obrigadas a depor aos senadores escondidas sob capuzes para disfarçar sua identidade e, assim, tentar escapar de retaliações. Uma situação medieval de crueldade exercida por mandatários contra uma população indefesa. Em pleno século XXI. Em São Paulo, o estado mais rico, moderno e industrializado do Brasil. Ficarão impunes?


Em MEMÓRIA, a última entrevista dada a VEJA pelo estilista, apresentador de televisão e deputado federal por São Paulo Clodovil Hernandes, morto na semana passada em decorrência de um derrame cerebral. Clodovil foi uma personalidade de ampla exposição pública e sua imagem e retórica venenosa não deixavam ninguém indiferente. Ele conversou longamente com o repórter de VEJA Diego Escosteguy. Abaixo, uma amostra do que a revista publica na reportagem sobre a morte de Clodovil.
VEJA – A Câmara dos Deputados está cheia?
Clodovil – Cheia e suja. Quando entrei aqui, comprovei um monte de coisa que eu já imaginava. Na Câmara, tem muita gente trabalhando com o ordinário, com aquilo que não precisaria, vendendo o país, vendendo a si mesma. Eu estou aqui para trabalhar. A maioria está aqui para se aproveitar das benesses da posição. Para conviver com essa gente toda, eu tenho de acreditar nos poderes nos quais acredito, que são mais fortes do que as atitudes deles. Eu gostaria de consertar a Câmara, mudar Brasília. Pode ser meu legado. Não sei como alguém pode ter prazer em esconder dinheiro na cueca, em levar dinheiro em malas. Não consigo entender para quê. Sei que as minhas idéias são meio utópicas, mas é preciso sonhar. Clique aqui para ler a entrevista completa.

Em diversas matérias, a presente edição de VEJA discute o estado atual da economia mundial, em especial a viabilidade do sistema capitalista depois do choque mundial provocado pelo colapso do sistema financeiro americano.


Um bom resumo do que se lerá na revista foi dado pela Carta ao Leitor:
"Desde o estouro da bolha americana, em setembro do ano passado, e a feroz crise financeira e econômica mundial que se seguiu, uma questão anda cada vez mais presente na cabeça das pessoas: afinal, a iniciativa privada e seu modo de produção, o capitalismo, baseado na perseguição individualista da riqueza, são o mal do mundo? Quatro matérias desta edição – duas reportagens, a entrevista das Páginas Amarelas com Gordon Brown, primeiro-ministro da Inglaterra, e a coluna do economista Maílson da Nóbrega – abordam essa perplexidade e, cada uma a sua maneira, dão a ela respostas realistas e satisfatórias. Brown diz com sabedoria que "os mercados devem ser livres, mas não livres dos valores éticos". Maílson lembra que toda a discussão atual visa a restituir a função essencial do capitalismo, "que é direcionar os recursos da sociedade aos fins mais produtivos".


Uma reportagem da editoria de Economia de VEJA fala da indignação geral com o pagamento de bônus milionários a empresas falimentares dos Estados Unidos salvas com dinheiro público e discute se a "santidade dos contratos", um dos pilares da economia de mercado, prevalece sobre a ética do senso comum, agravada nesse caso. A outra reportagem foi feita com base em uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) com membros das elites econômica, política e intelectual de países sul-americanos. Os números da pesquisa mostram que onde há estabilidade, como no Brasil, empresários e autoridades tendem a concordar no essencial, que a economia funciona bem quando os governos regulam os mercados mas é um desastre quando os querem substituir.
Ou seja, as notícias sobre a morte do capitalismo foram grandemente exageradas, como diria Mark Twain.

Meu caro leitor, fico por aqui.

Se quiser mandar-me comentários, sugestões e críticas, por favor, use o endereço
diretorveja@abril.com.br

Um forte abraço e até a próxima semana,


Eurípedes Alcântara
Diretor de Redação




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