sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Honduras

HONDURAS – O POVO NAS RUAS – EXÉRCITO (COM AGENTES NORTE-AMERICANOS E DE ISRAEL) SEQUESTRA, TORTURA, ESTUPRA E MATA – EMBAIXADA DO BRASIL GUARDADA POR HONDURENHOS





Laerte Braga





Sob ameaça de demissão servidores públicos hondurenhos foram obrigados pelo gangster Roberto Michelleti a sair às ruas para apoiar o governo golpista. Um tiro no pé. Mais de 150 mil pessoas, neste momento, marcham pelas ruas da capital Tegucigalpa em apoio à volta do presidente legítimo do país. Os manifestantes estão se dirigindo à embaixada do Brasil, onde está Manuel Ze laya e lá pretendem ficar até a volta do presidente constitucional.



Tropas do exército hondurenho assessoradas por agentes norte-americanos e de Israel estão seqüestrando, torturando, estuprando e matando pessoas. Os feridos são arrastados pelas ruas pelos militares. Nada disso arrefece o ânimo e a disposição dos manifestantes.



A RÁDIO GLOBO de Honduras, que não tem nada a ver com a quadrilha GLOBO do Brasil, transmite enquanto consegue (há forte censura imposta pelos golpistas).



A manifestação do povo hondurenho pode ser acompanhada ao vivo nos seguintes endereços:



http://www.youtube. com/watch? v=YartPc2UBjI

e





http://radioprogres ohn.com/

http://www.radiomun doreal.fm/ Honduras- libre?lang= es

http://www.radioglobohonduras.com/

http://www.telesurtv.net/




Organizações populares estão denunciando o uso de armas químicas e biológicas fornecidas pelos EUA e Israel para os golpistas. A chamada grande mídia em países latino-americanos como o Brasil está sendo convocada por grupos empresariais que apóiam o golpe a não noticiar fatos favoráveis ao presidente legítimo de Honduras e a criticar a posição do governo brasileiro.



Foi o caso do jornal/quadrilha de Minas Gerais ESTADO DE MINAS. Matéria tentando distorcer e confundir os fatos e objeto de repúdio dos movimentos populares no estado.



A bestialidade dos militares hondurenhos só encontra paralelo nas forças repressivas do nazi/fascismo e das ditaduras militares das décadas de 60 e 70 na América Latina, inclusive no Brasil. Ou das práticas sionistas contra palestinos.



O secretário geral da OEA – ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS - declarou a jornalistas que o governo do Brasil tem total apoio da organização para garantir a integridade de sua embaixada e qualquer tentativa de violação do direito internacional que assegura o caráter de inviolabilidade de embaixadas estrangeiras seria desastrosa para o governo de militares assassinos, a soldo de interesses de banqueiros, empresários e latifundiários do país e dos EUA.



O presidente Barack Obama até o momento tenta passar batido sobre o assunto. Como o expediente na Cervejaria Casa Branca termina mais tarde, quando sai o último bêbado (nada contra bêbados), Obama deve estar atarefado no serviço de atender às várias mesas próximas ao salão oval. A dos grandes latifundiários, dos banqueiros, das empresas de armas, das petrolíferas, do esquema WALL STREET, aqui no Brasil conhecido como FIESP/DASLU. Ou tucano/DEMocrata.



O jornalista Alexandre Garcia, modelo da revista ELE E ELA nos tempos do governo Figueiredo não se pronunciou até agora, mas William Bonner já deve estar dando um jeito para ludibriar o que chama de Homer Simpson na edição de hoje do JORNAL NACIONAL.



Há mais de cem mortos desde a volta de Ze laya, ao contrário do que divulgam as bestas fardadas de Honduras e a grande mídia podre e corrompida em países como o Brasil.



Tudo indica que Obama, em nome da democracia deve mandar mais tropas ao Afeganistão.



A resistência hondurenha é símbolo da luta pela integração latino-americana.



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(da Carta Capital)





O Brasil e a crise política em Honduras



O Brasil vive um momento de respeitabilidade internacional sem precedentes e que tem contribuído para sedimentar novos consensos junto a organismos internacionais. Diante da imprevisibilidade com que atuam os golpistas em Honduras, a gestão da crise dependerá fundamentalmente da perícia diplomática brasileira e do cuidado técnico em não contribuir para o aprofundamento da violência militar. O artigo é de Carol Proner.

Carol Proner (*)

A atual crise vivida por Honduras constitui um caso importante a ser estudado pelo direito internacional do nosso país. Primeiro porque se trata de um conflito que repercute mundialmente e que implica de modo amplo a América Latina e particular o Brasil. Também porque a análise requer a ponderação de diversos aspectos que incluem a legalidade do governo hondurenho e a aplicação de medidas e normas por uma autoridade que não é reconhecida internacionalmente como legítima e, ao mesmo tempo, um amplo espectro geopolítico que vem determinando as ações adotadas por outros países.

O Brasil atualmente está no centro da crise por haver recebido José Manuel Zelaya Rosales em sua Embaixada na condição de convidado por ser o presidente legítimo de Honduras. Zelaya não foi recebido na condição de asilado político, mas de Presidente legítimo. Essa condição de autoridade constitucional já havia sido confirmada por outros 192 países nas Nações Unidas que, por unanimidade, votaram uma resolução de repúdio ao Golpe de Estado exigindo a restauração imediata e incondicional do Presidente Zelaya. No âmbito interamericano a decisão unânime foi no sentido da suspensão de Honduras da Organização dos Estados Americanos com base na ruptura da ordem democrática e no fracasso de iniciativas diplomáticas (Carta Democrática Interamericana).

Outros Estados também adotaram medidas concretas como forma de pressionar o governo golpista a restabelecer a legitimidade. A Comissão Européia anunciou o congelamento de um fundo de ajuda orçamentária ao governo de Honduras e, após haver chamado para consultas todos os embaixadores de seus países-membros com representatividade no país, ratificou a suspensão das negociações de um acordo comercial com os países da América Central até que o presidente deposto retorne ao poder. França, Espanha e Itália tomaram medidas de repúdio ao golpe e o embaixador da Alemanha deixou o país.

A Espanha comunicou a expulsão do embaixador hondurenho em Madri depois de sua destituição pelo presidente Zelaya e destacando ser um ato de coerência com o compromisso da comunidade internacional de manter a interlocução oficial com o governo constitucional de Honduras.

O Departamento de Estado norte-americano, embora pressionado por setores ultraconservadores, anunciou a suspensão da concessão de vistos não emergenciais a cidadãos hondurenhos e planejam cortar mais US$ 25 milhões em assistência caso Zelaya não seja restituído à Presidência.

O caso de Honduras já seria interessante pelo ineditismo de canalizar o amplo repúdio da comunidade internacional a golpes militares e a interrupções bruscas e ditatoriais da normalidade democrática. Mas outros elementos o fazem especialmente chamativo, como o posicionamento do Departamento de Estado norte-americano até o momento e a expectativa pelos gestos futuros, a mudança de postura da OEA que também responde a uma renovação trazida pelo governo de Obama e a coordenação latino-americana em torno de causas comuns.

O Brasil vive um momento de respeitabilidade internacional sem precedentes e que tem contribuído para sedimentar novos consensos junto a organismos internacionais, mas diante da imprevisibilidade com que atuam os golpistas, a gestão da crise dependerá fundamentalmente da perícia diplomática brasileira e do cuidado técnico em não contribuir para o aprofundamento da violência militar. Não há razões para suspeitar que o Itamaraty seja incapaz de enfrentar o ineditismo desse desafio, apesar da resposta covarde dos golpistas e dos saudosistas de regimes militares. Estes não apenas em Honduras.

(*) Carol Proner é doutora em Direito, Professora de Direito Internacional da UniBrasil e Pesquisadora da l'École des hautes études en sciences sociales em Paris, Professora do Programa de Direitos Humanos e Desenvolvimento da Universidade Pablo de Olavide, Sevilha. carolproner@uol.com.br.









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Um comentário:

  1. Faces do golpismo

    Há duas atitudes aparentemente distintas perante o golpe de Estado hondurenho.
    Uma destila o tradicional veneno antidemocrático, de retórica agressiva e valores distorcidos. Encontramo-la no udenismo renovado que aflorou no vácuo moral das classes médias urbanas. Para a vertente, Zelaya caiu porque mereceu, porque o “chavismo” deve ser combatido a porrete.
    A outra face, enganadoramente inofensiva, escuda-se na apatia manhosa do pior provincianismo. Prefere a omissão do colonizado jeca, escancarando a banguela, tirando o chapéu para o painho estadunidense. Tem vergonha de ser brasileiro e defende que o país ocupe seu lugar na latrina do mundo subalterno. Convenientemente ignóbil, não “consegue” perceber que as próximas eleições hondurenhas vão justamente sacramentar o golpe, tornando-o irreversível e impune.
    Ambas as posturas são complementares e indissociáveis. Mescladas nas diversas gradações combinatórias possíveis, constituem o estofo ideológico de todo movimento golpista: sempre há uma vanguarda atuante, apoiada na massa de manobra servil, que lhe garante a ilusão da legitimidade.
    É importante entender esse mecanismo em funcionamento durante episódios externos e distantes, para reconhecê-lo quando operar em nosso próprio ambiente.

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