segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Camisa Dourada


INTER
Nem tão douradoNem a mudança de esquema nem a camiseta dourada devolveram brilho ao futebol do Inter. O empate em 1 a 1 com a Universidad de Chile, ontem, no Beira-Rio, na estreia da Copa Sul-Americana, esteve longe de reanimar o time para enfrentar o Flamengo no domingo, pelo Brasileirão.

Com a vitória do Palmeiras sobre o Cruzeiro, por 2 a 1, e o distanciamento do time paulista, que chega a 47 pontos, contra os 43 do Inter (São Paulo tem 44), a luta pela ponta do Brasileirão está mais difícil no Beira-Rio.

E o empate de ontem em nada animou o torcedor. Nem tanto pela situação na Sul-Americana. Afinal, na quarta-feira a equipe terá chance de se classificar com um empate a partir de 2 a 2, em Santiago. Mas, se os chilenos fizeram frente em Porto Alegre, o que o Flamengo de Adriano poderá fazer domingo no Beira-Rio?

Os dois chutes a gol dos chilenos contra Lauro, com apenas 15 minutos de jogo, pareciam antecipar novos problemas para o Inter. Com duas derrotas em sequência no Brasileirão, a Sul-Americana surgia na vida dos colorados como uma chance de reabilitação.

Aos poucos, o meio-campo da Universidad dominou o setor – D’Alessandro não ajudava na marcação e tampouco conseguia levar a equipe ao ataque. Somado aos erros de passe do time dourado, em todos os setores, formava um quadro preocupante. Quando Alecsandro errou um gol cara a cara com Miguel Pinto, a torcida suspirou.

Inter amarga duas derrotas e um empate consecutivos

A ansiedade dos 6.031 torcedores nas arquibancadas (o menor público do ano no Beira-Rio) transformou-se em revolta quando Guiñazu foi desarmado na intermediária de ataque. Em quatro toques, o argentino Walter Montillo surgiu na entrada da área, livre, desmarcado, chutou forte, Lauro sequer esboçou reação. O Inter sofreu seu sexto gol em três jogos.

Logo após, Tite mexeu no time. Com o lado esquerdo marcado e o direito livre para criar, mas sem grande inspiração, ele tirou Danilo Silva, colocou Andrezinho, e o esquema passou do 3-5-2 para o 4-4-2. Apesar das trocas, nada se alterou. A Universidad seguiu sólida, sem correr riscos nos chutes de fora da área do Inter – quase todos para fora.

Mesmo com as vaias e muxoxos das arquibancadas no intervalo, o segundo tempo do Inter parecia tão desesperançoso como o primeiro. O ingresso de Taison no lugar do parado Alecsandro, aos 10 minutos, melhorou a o ataque. Miguel Pinto defendeu chutes de Edu e Andrezinho. Guiñazu e Sandro ainda perderam gols da pequena área, e Índio concluiu na trave.

Aos 31, porém, Kleber invadiu a área e, finalmente, conseguiu vencer o goleiro chileno. Mesmo com a pressão ao final do jogo, o Inter não teve forças para virar. Jamais virou um jogo nesta temporada.



LEANDRO BEHS

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