sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Bons Tempos

Eu sempre ngadiama (pobrezinho) , tão kandenge (menino) filho da kitandeira da kitanda do "Brinca na areia" nos tempos do kaputo ali no bairro da lixeira, no musseque Sambizanga. Eu, filho do homem que do processo 50 que passou ao São Nicolau ( Cadeia-colonial na Província do a tual Namibe e antes Moçãmedes) e que foi para a cadeia de tarrafal ( Cabo Verde) antes de eu nascer, e me conhecendo depois dos 9 anos de idade que eu tinha e que vinha de muito longe e trazendo lágrimas no meio de todos quanto estavam embrulhados da ilimitada saudade , choravando em 1974,o dia todo chorando. Eu ainda estou aqui tão pobrezinho em terras extranhas, sem pão e sem água que me permita dizer que ainda sou Angolano. Aqui estou em busca do mesmo sonho, fazendo o mesmo sonho a que a nova geração procura fazer para o bem de muitos e fundamentalmente de uma nação chamada Angola. Este menino eu, tão longe da vida que o pertence, não para de sonhar assim como a quem sonhou com os olhos secos à liberdade, desenvolvimento e bem estar, que pela dor escreveu as realidades da vida do seu povo. Este menininho, depois do Kwandu-Kwbango, Moxico e Biê a serviço de quem o cassou para os conflitos entre Angolanos, este menino de 40 anos e recusado por motivos de idade a uma bolsa de estudos pela instituição a mando da SONANGOL no Brasil, estudante de engenharia civil e matemática em duas duas diferentes universidades federais no Brasil, está sempre presente para um dia dizer ao sociedade que o pertence se realmente existe um governo ditatorial ou progressista em Angola.
Por este sábado sou inspirado a saudades dos anos setenta enque eu poderia dar uma graxa aos sapatos dos kilamas(vaidosos) da banda para comprar os meus rebuçados no capo do acadêmica aonde poderia estar o volante(cinema popula) e ver Charle Chaplin e no domingo ver meu kutonoka(show musical ao vivo), aonde poderia eu ver Urbano de Castro do Cazenga, Arthur Nunes do Sambizanga, David Zé da Funda, Luís Visconde e tantos outros.
Carro de praça, Zinha, Malalanza e tantas outras múzicas não escuto porque nem Salú Gonçalves e nem o Afonso kintas coloca no ar.ç Asim eu fico com o Mam-Prole:

Amba masoxi malundumukê
Mukudila oh mona
Mama usanga yudila
Mukubanza oh mona

Amba masoxi malundumuka
Mukudila oh mona
Mama yusanga udila
Mukubanza oh mona

Eme ngambe kumudilê
Uavuala oh mona
Uondofua ny ndolo
Muene wambe ngavualele monamy
Ngi mujimbami

Mama kudile-dilê undofua ny ndolo
Muene uambe ngavualele monamy
Ngi muji,bami



Jihenda já ngivula...!! !

Kizembe

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