quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Boletim do Sindicato dos Jornalistas


Jornalistas e deputados federais em prol da volta do diploma


Profissionais e estudantes participaram, na manhã de segunda-feira do café da amanhã promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS em parceria com a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), através, do Conselho dos Assessores Municipais de Comunicação Social (Ceascom). A atividade reuniu parlamentares da bancada gaúcha na Câmara dos Deputados que manifestaram sua opinião e se comprometeram com o pleito da categoria, a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.

O presidente do sindicato, José Nunes abriu o encontro dizendo que além de marcar os dois meses da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o evento serviria para traçar uma estratégia dos parlamentares gaúchos em relação à aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que pede a volta da exigência do diploma. Participaram do encontro, e fizeram parte da mesa os deputados Paulo Pimenta e Henrique Fontana (PT), Luis Carlos Heinze (PP), o presidente da Famurs Marcus Vinícius de Almeida, o vice-presidente da ARI Batista Filho, a presidente do Ceascom Genoveva Penz e o representante do Núcleo de estudantes do Sindicato Fernando Rotta. Os deputados federais Onix Lorenzoni (DEM) e Germano Bonow (DEM), enviaram representantes.

O presidente da Famurs Marcus Vinícius, afirma que a entidade está posicionada institucionalmente a favor do diploma de jornalista. "Não se pode imaginar que num mercado onde se busca e se exige – cada vez mais – a especialização, se possa considerar o exercício do jornalismo sem qualquer qualificação", salienta. Ele enfatiza ainda que as prefeituras estão sendo orientadas a buscar a exigência do diploma para seus profissionais do jornalismo. "Estaremos juntos com o sindicato nesta luta para a reversão desta decisão do STF".

Foto | Fernando Rezende - Famurs



Henrique Fontana salientou que é incoerente a decisão do STF. "Não se pode admitir que uma categoria tão importante e estratégica como a dos jornalistas seja tratada desta maneira. Não há lógica nas argumentações dos ministros do Supremo quando afirmam que não é necessária qualificação adequada para o exercício da profissão de jornalista". Para ele, é necessário a reversão deste quadro. "Vou trabalhar junto ao deputado Pimenta para que isso se concretize", afirma.

Autor da PEC em discussão Paulo Pimenta observou que há espaço para a restituição da obrigatoriedade do diploma. "Existem muitas dualidades entre os próprios ministros do STF. Só o fato de alguns considerarem que para concursos públicos é necessário exigir o diploma, já mostra que eles não sabem ao certo no que votaram", enfatizou. Segundo o deputado, ainda há espaço para se alterar este quadro. "Buscamos o apoio da OAB para que seja possível desenvolver uma argumentação decisiva junto ao STF. A OAB também entende que os ministros se precipitaram com a decisão e que mostraram não saber os detalhes primordiais sobre o assunto julgado", salienta.

Luis Carlos Heinze, que faz parte da comissão de agricultura da Câmara dos Deputados, não concorda com a posição do STF e vê sim a necessidade de qualificação universitária para o exercício da função de jornalista. "Não vejo como se possa entender que a função de jornalista seja tão fácil de ser exercida como diz o STF. Sou totalmente a favor do diploma", disse Heinze. Ele argumentou que é importante que a categoria pressione e faça com que o Congresso perceba o grande equívoco cometido pelos ministros do STF. "Os jornalistas precisam fazer a sua parte neste processo para reversão. A aprovação da PEC do deputado Pimenta na comissão de Constituição e Justiça para ir a votação dependerá de um grande empenho de todos. Entendo que seja possível, mas precisamos fortalecer a Frente Parlamentar em prol ao diploma", afirma Heinze.

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Globo e Record trocam denúncias em horário nobre de TV

Desde terça-feira (11/8), as redes de TV Globo e Record expõem em seus principais programas jornalísticos denúncias e acusações mútuas. A Globo enfatiza ação do Ministério Público Federal do Estado de São Paulo contra a cúpula da Igreja Universal. E a Record destaca a histórica e questionável relação da Globo com a ditadura militar instaurada no País em 1964 e com sucessivos governos que lhe favoreceram. Para além da disputa de audiência e de mercado, as acusações merecem atenção e apuração das autoridades brasileiras.



Foto | Arte - Arquivo

Iniciando a polêmica, o Jornal Nacional veiculou, na terça-feira (11), extensa reportagem com as denúncias do Ministério Público de que o bispo Edir Macedo e outras lideranças da Igreja Universal se beneficiam das doações de fiéis, operam lavagem de dinheiro e investimento irregular de recursos na Rede Record. Para esquentar o clima, foi exposta também a denúncia de formação de quadrilha. E tudo com direito a requentar imagens e denúncias já veiculadas em anos anteriores.

Sem titubear, o Jornal da Record mostrou o histórico de relações da adversária com o poder. Caprichou, também, em denunciar financiamentos do BNDES a Globo, apontados como irregulares, registrar casos onde a emissora teria sido favorecida com informações privilegiadas a partir de órgãos públicos, casos marcantes do envolvimento da emissora na manipulação de informações com relação a processos eleitorais e seu objetivo de monopolizar a comunicação no país.

Não faltaram registros de ações judiciais que colocam a Igreja Universal e a Rede Globo no centro do foco, muitas delas inconclusas, paralisadas ou tramitando vagarosamente nos tribunais, ou ainda arquivadas. Não faltaram, tampouco, as misturas de ingredientes de interesses religiosos, econômicos e políticos. Com uma clara pitada de promiscuidade.

Fato é que denúncias antes sustentadas por intelectuais e ativistas políticos e olimpicamente ignoradas ou colocadas em segundo plano pelos grandes veículos de comunicação no País ganharam, em uma semana, a visibilidade social não alcançada durante décadas, inclusive com repercussões no Congresso Nacional. Resta agora saber se tudo o que foi denunciado será meticulosamente investigado ou colocado embaixo do tapete.

A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul entende que essas discussões devem ser colocadas como pauta da 1.ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), uma vez que será o Fórum adequado para toda a sociedade brasileira se manifestar.

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IPA oferece pós em Comunicação Estratégica

Planejar estrategicamente a comunicação é um grande diferencial para as empresas, principalmente em tempos de globalização. Pensando nisso, o Centro Universitário Metodista, do IPA, oferece o curso de pós-graduação em Comunicação Estratégica. As aulas são voltadas para profissionais de organizações públicas ou privadas interessados em comunicação organizacional. O prazo para a inscrição vai até o dia 20 de setembro pelo site institucional (http://www.metodistadosul.edu.br/pos/hotsite_lato/).

O pós em Comunicação Estratégica, que já está em sua quarta edição, tem como objetivo levar ao aluno uma visão atual da comunicação e de seu papel estratégico nas organizações. "Nesta edição serão convidados profissionais de mercado para ministrar as disciplinas de tópicos especiais", explica a coordenadora da pós, Laura Glüer. O investimento na pós-graduação é de 18 parcelas de R$ 330. O valor da inscrição é de R$ 100, que serão abonados no pagamento da mensalidade do curso. As matriculas podem ser realizadas de 23 a 26 de setembro, na Secretária de Pós-Graduação, localizada no prédio A da Unidade Central ( Rua Cel. Joaquim Pedro Salgado, 80).

As aulas começam em 02 de outubro e ocorrem quinzenalmente, nas sextas-feiras, das 17h30 às 22h50, e nos sábados, das 8h20min às 12h, na Unidade Central. Outras informações pelo telefone (51) 3316-1227.

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Sustentabilidade: O Papel da comunicação

A Coletiva EAC vai realizar no dia 19 de setembro, o curso ‘Sustentabilidade: O Papel da Comunicação", visando debater a urgência da sustentabilidade ao mundo empresarial, enfocando nas diferenças entre investimento social privado, responsabilidade social e sustentabilidade. O curso será proferido pelo professor Rodrigo Vieira da Cunha e terá 6h/aula. Os primeiros 15 inscritos receberão 20% de desconto.

Quando: 19 de setembro, das 9h às 16h.

Onde: Esade (Tel.: 3313.5278)

Quem: Dirigido a todos os profissionais da área de comunicação.

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