sábado, 7 de março de 2009

Mulheres na Luta



Mulheres iniciam jornada de lutas em Belo Horizonte


Concentradas na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, mulheres de movimentos sociais do campo e da cidade, sindicatos e centrais sindicais, partidos políticos e movimentos feministas iniciavam os acordes dos batuques e as músicas no carro de som para começar mais um ato de luta das mulheres. A apresentação da Associação Cultural Odum Orixás e a intervenção teatral do grupo Obscenas marcaram a abertura da manifestação das mulheres no dia 06 de março (sexta-feira), véspera do Dia Internacional da Mulher.

Pela Avenida Afonso Pena, cerca de 200 lutadoras caminharam protestando “Contra a violência do capital e do Estado patriarcal”, “em solidariedade à vida e ao trabalho das mulheres”. O percurso tinha como pontos de protesto a Igreja São José, a Prefeitura, o Tribunal de Justiça e o supermercado Carrefour.

Apesar da chuva, que acompanhou as manifestantes durante todo o trajeto, as faixas erguidas e as palavras de ordem não cessaram, e o ato que iniciou às 14h, terminou às 17:30, com as bandeiras lilás tremulando e o manifesto feminista ecoando pelas ruas.

Dando continuidade às atividades de luta das mulheres, no dia 07 (sábado) ocorrerão Assembléias Populares e oficinas em alguns bairros de Belo Horizonte e região metropolitana, como um espaço formativo e de mobilização para o dia seguinte.

No domingo, a concentração está marcada para as 8h da manhã no Parque Municipal da capital mineira. As mulheres em luta de Minas Gerais realizarão intervenções na Feira Hippie, na Avenida Afonso Pena, com distribuição de panfletos e a batucada feminista.

O ato segue em marcha até o Departamento Estadual de Operações Especiais (DEOESP), onde funciona um presídio feminino. A bandeira de protesto levantada é contra a revista vexatória, que provoca desde constrangimentos às mulheres que vão visitar familiares e amigos encarcerados, quanto danos mais graves, como problemas psicológicos e complicações físicas. A falta de higiene e à violência com que são revistadas, chegando a casos extremos de prolapsos retais e até abortamentos, são relatadas por essas mulheres que decidiram pedir um basta a tal situação.

Concluindo o processo de luta marcada pelo 8 de março, as mulheres se reunirão no Centro Cultural da UFMG, próximo à Praça da Estação, para realizar debates sobre a revista vexatória e a crise mundial, e os impactos desta na vida das mulheres. Feira de trocas e apresentações culturais encerram o dia, que muito além de uma comemoração se tornou a demonstração da luta feminista.





Vivian Neves Fernandes

Comitê mineiro do Brasil de Fato



Fotos: Danielle Martins




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