terça-feira, 31 de março de 2009

Falecimento

Companheiros e companheiras,

Acabo de receber a nota abaixo, comunicando a morte da Isabel. É um daqueles momentos que, de fato, não há muito a dizer. Há muito a sentir. Que o coração dela não tenha resisitido a tanta intensidade, é um daquelas absurdas ironias da vida. E para nós, que a conhecemos, a concretização de um temor há muito conhecido.

No decorrer da vida, foram muitas as coisas que podem ter, pra cada um de nós, nos aproximado ou nos distanciado da Isabel Cristina. Talvez, o único elemento comum a todos tenha sido ter compartilhado com ela a certeza de que é preciso mudar este mundo, varrendo dele toda e qualquer forma de opressão e exploração. A certeza de que poderíamos viver mum mundo mais feliz, uma "lembrança" que a Isabel sempre soube trazer estampada em seu contagiante sorriso.

Como fazer isto, com certeza, muitas vezes nos colocou em embates dolorosos. E, talvez, também essa seja uma das melhores lembranças que possamos ter da Isabel: sua defesa apaixonada de suas idéias. Um reflexo de quem, certamente, viveu sua vida de forma apaixonada e intensa.

Por isso, neste momento de perda e dor, como militante e amigo, só posso estender minha sincera solidariedade a todos e todas aqueles que conviveram com a Isabel e sentiram sua falta, em particular sua família e seus companheiros na organização política.

Como negro, socialista, ateu convicto e materialista incorrigível, só posso lembrar que a luta da companheira nos acompanhará para sempre. Até a vitória. E, independente de nossas crenças (ou descrenças) ela certamente estará conosco no momento em que conquistarmos a vitória e o mundo com que ela também sonhou: um mundo socialista, sem preconceitos, sem racismos e, fundamentalmente, um mundo onde seu inesquecível sorriso possa brotar com mais frequência.

Wilson H. da Silva
Sec. de Negros e Negras do PSTU

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