segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Angola

ANGOLA DEVE BUSCAR DRIBLAR A CRISE PARA MANTER CRESCIMENTO?
EFEITOS INDIRECTOS DA CRISE, A SAÍDA ESTÁ NO CURTO OU NO LONGO PRAZO?
Contrário a comentários anteriores, a crise já afecta a economia do País desde o final de Novembro. A economia de Angola , embora ainda aquecida por fortes gastos do governo, investimentos privados e cenário interno/externo favoráveis, apresenta sinais de enfraquecimento do seu ritmo de aceleração de crescimento. Apesar disso, investimentos privados em fase inicial de funcionamento poderão não sofrer retração, porém sem perder seus retornos efetivos, devido ainda a fraca competição no setor e grande capacidade de demanda interna dado o alta propensão a consumir dos Angolanos. Do lado Estatal, embora já revisto o orçamento para baixo, os investimentos públicos não diminuirão o ritmo dado ao cronograma de investimentos a ser cumprido, fazendo com que as empresas ancoradas ao ramo da infraestrutura continuem a obter seus ganhos, dado o efeito derivado dos gastos do Governo.Na iniciativa privada, a prudência torna-se norma. O ideal é procurar gerenciar as receitas advindas dos exercícos passados, mantendo -as capitalizadas em bancos ou contas remuneradas e de pouco risco. Manter a rentabilidade das empresas procurando adiar seus programas de expansão dos investimentos em market share.De modo geral, a imprudência e o consensual debate anterior acerca da imunidade da economia de Angola se mostra frágil, a medida que entramos no ano 2009, com a disparadas dos preços internos dos produtos alimentício, encarecimento da importação, queda no preço do petróleo mantida e corte da produção de petróleo abaixo de 2 milhões de barris diários. A confirmação foi dada pela revisão para "baixo" do orçamento do Estado pelo conselho dos ministros na primeira semana de Janeiro.
Visualiza-se um "arroxo" de política fiscal para 2009, que resultará em menor do crescimento do PIB, igual ou menor a 10%, redução na renda e consumo das pessoas menor.
Para o cidadão comum, a subida dos preços dos alimentos e demais itens de consumo é o ponto sensível, dando a noção de que o "cinto" terá de ser apertado para os próximos meses. A aprovação da revisão do orçamento para baixo neste 2009, é a certeza de que cenários desfavoráveis Receitas do Estado, sendo logicamente demonstrada a recente aprovação da revisão "para baixo" do orçamento geral do Estado para 2009, embora o Tesouro Nacional já a muito trabalhar num cenário conservador com base no preço do barril de petróleo aUSD 50,00, porém mostra-se necessário dado a oscilação em torno do USD 47,00.
Deliciam-se aqueles que, a bem pouco tempo alertaram sobre a necessidade de diversificar a economia de Angola, ou seja, se livrar da dependência das receitas externas PETRÓLEO E DOAÇÕES, e que ainda prevalece moderadamente em relação Dívida/PIB.
O Estado tem gastado, e aumento sua dívida interna atráves da venda dos títulos públicos, para financiar gastos e segurar a cotação do câmbio e inflação baixa, ritmo impulsionado pelo petróleo no, o gera estabilidade e garante ao investidores maior confiança no retorno dos seus investimentos, embora de declinante devido a crise.As perspectivas internas de continuidade dos projectos de zona industrial de Luanda e o decorrer das obras viárias Viana- Luanda, orçadas em 214 milhões e já dois anos no ritmo do anda para - anda para fragiliza os sectores correlacionados .A necessidade de manutenção de gastos para a conclusão de projectos torna-se um desafio ao orçamento que se prevê menor, associada uma arrecadação ainda menor e elevada envio de divisas para o exterior. Um orçamento menor implica em menor despesas, menor renda, menor consumo e menor crescimento do PIB via gastos do governo. Com isso, os compromissos com créditos pagos por petróleo, como é o caso com CHINA tendem a onerar mais ainda as receitas do governo e diminuir o crescimento das despesas com as obras públicas e de uma maneira geral dos serviços que necessitam do crescimento para se financiarem, embora haja garantido empréstimos de variadas ordens para contribuir para o crescimento do país embora comprometedoras para a estabilidade da Dívida/PIB, hoje em 14%.Além da dívida pública interna, a queima de reservas é vidente, visto a necessidade se manter os preços internos ( dentro das metas, dois dígitos) estáveis, o mecanismo poderá dar-se através do controle cambial, via injecção de moeda forte e/ou venda de título da dívida pública. A dívida externa poderá se tornar uma válvula de escape para a manutenção da actividade económica, porém evitável neste momento o que implica não comprometer a actividade futura do país, e nem aumentar a relação DIVIDA/ PIB, indicar de risco do país. Relação hoje inexpressiva dado o acumulo de reservas em moeda forte, solvência do país e forte crescimento apresentado. Finalizando: A VÁLVULA DE ESCAPE DA ECONOMIA ESTÁ NO LONGO PRAZO, NO CURTO PRAZO O GOVERNO DEVE REDUZIR OS GASTOS E O ENDIVIDAMENTO PÚBLICO, MANTENDO O CRONOGRAMA DE RECEITAS AJUSTANDO-AS A NOVA REALIDADE. EM RELAÇÃO AS EMPRESAS REDUZIR AS DESPESAS E EVITAR COMPROMISSOS DE LONGO FINANCEIROS QUE COMPROMETAM A ESTABILIDADE DA EMPRESA. Por: Paulo Burity-www.angolavi saoeconomica. blogspot. com/

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